O Facebook exige que o Faceglória "redireccione os utilizadores para outro site na Internet, que não se confunda com o Facebook, ou seja, que não contenha os termos Face ou Book, qualquer logo de propriedade do Facebook, ou utilize qualquer estilo ou aparência que possa criar risco de associação com a rede social Facebook", diz o pedido, a que o site O Globoteve acesso.
O Facebook exigiu uma resposta em sete dias – um prazo já ultrapassado – antes de avançar para os tribunais, mas, para já, não é conhecida se a empresa americana avançou realmente com um processo.
O Faceglória conseguiu 100 mil utilizadores num só mês, apresentando-se como uma rede social especialmente dirigida para os evangélicos, proibindo o uso de palavrões ou de imagens eróticas.
“Eu comparo o Zuckerberg ao Mussolini. Eu não vou falar Hitler porque é muito pesado. Por que não pode ter um Faceglória, um Facegay? Você percebe que vai ter aí uma guerra, não religiosa, mas virtual de existência”, reagiu em declarações ao Globo Acir Lopes, responsável pelo Faceglória, indicando que tentará um acordo com o Facebook para que as duas marcas existam simultaneamente.
Tudo começou há três anos quando funcionários da prefeitura (câmara municipal) de Ferraz de Vasconcelos, a 27 km de São Paulo, entraram no Facebook e, segundo eles, se depararam com conteúdos ordinários.
Esses amigos resolveram então criar uma rede social dirigida aos 42 milhões de evangélicos que vivem no Brasil, um país com 202 milhões de habitantes. Contaram com a ajuda, a título privado, do prefeito de Ferraz de Vasconcelos e formaram uma empresa que recolheu 16 mil dólares em doações para construir esta rede social.
A inscrição no Facegloria é gratuita, mas existem 600 palavras proibidas (palavrões, por exemplo), sendo vedados igualmente todos os conteúdos violentos e eróticos, além de fotos e vídeos de beijos entre homossexuais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário