sexta-feira, 10 de julho de 2015

70 tumores letais desapareceram de paciente após usar medicamento revolucionário

Sofrendo de uma forma rara e agressiva de câncer, Ian Brooks foi dado com apenas mais algumas semanas de vida.









Com cerca de 70 tumores em todo o corpo, os médicos admitiram que já quase não tinham opções de tratamento.
Porém, incrivelmente, Brooks, de 47 anos, está agora “limpo" depois de que se tornou a primeira pessoa, fora dos EUA, a receber essa nova droga que consegue destruir tumores. Todos os tumores foram erradicados. As únicas manchas escuras visíveis sobre a varredura mostram o funcionamento normal dos rins e da bexiga.
O teste clínico no Hospital Christie, em Manchester, tem sido tão bem sucedido que a droga tem se tornado disponível na rotina de outros sofredores também. Agora, os pacientes com o mesmo linfoma raro Não-Hodgkin podem obter a droga através do Cancer Drugs Fund.
O linfoma Non-Hodgkin é um câncer que envolve os linfonodos, e são tratados cerca de 1.500 novos casos por ano - dados do Reino Unido. Brooks, que é técnico de reparação de motores, disse: "Eu não acho que eu estaria aqui hoje sem essa droga.”.
A droga Adcetris possui como princípio ativo o Brentuximab Vedotin e é controlada através de uma gota no braço a cada três semanas durando até um ano. Ela faz parte de uma nova onda de terapia-alvo, agindo em uma proteína na superfície das células cancerosas, onde ela adere e gera um composto que mata a célula.
Essa droga é oferecida aos pacientes que não têm outras opções de tratamento, e os resultados mostram que, em até um terço dos casos, elimina todos os sinais de câncer.
Ele ainda pode voltar, mas alguns pacientes chegaram a sobreviver por mais de três anos, o que levou a falar-se de uma possível cura. Porém, Adcetris pode ter efeitos graves ou secundários potencialmente fatais incluindo uma infecção cerebral rara. Foi dada aprovação condicional desse medicamento na Europa em 2012.
Brooks foi diagnosticado em 2001 e, no primeiro momento, respondeu bem ao tratamento, mas em 2008 o câncer voltou. Ele teve um transplante de células-tronco, porém, mais uma vez, o câncer voltou e se espalhou com ferocidade. Dado a ele apenas algumas semanas de vida, ele se ofereceu para participar do teste clínico. “Eu sabia que eu precisava de algo muito radical para sobreviver", disse ele.
Depois de apenas 12 semanas de tratamento, os médicos encontraram o corpo dele limpo de tumores e agora acreditam que ele está em "remissão completa". Seu médico, o Dr. Adam Gibb, um investigador clínico de linfomas no hospital, disse: "Este é provavelmente o conjunto mais impressionante de exames que já vi. Ele está em remissão e estamos cada vez mais confiantes sobre esse medicamento.".
O professor John Radford, diretor de pesquisa e desenvolvimento no hospital, disse: "Histórias como esta ilustram o valor de testes clínicos. Pacientes individuais podem se beneficiar e os conhecimentos que adquirimos nos permite seguir em frente para a próxima fase no desenvolvimento dos tratamentos de amanhã. Espero que mais pacientes peçam aos seus médicos essas oportunidades de estudos clínicos.”.
Brooks, emocionado, disse: “Eu não consigo agradecer o suficiente. Deram-me de volta a minha vida.".

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