sexta-feira, 12 de junho de 2015

Uma mulher Cristã ofendeu e esbofeteou o irmão homossexual no Paraná.

Uma mulher ofendeu e esbofeteou o irmão homossexual no Paraná, na noite de terça-feira (9/6), de acordo com o jovem agredido. Thiago Azambuja relatou o incidente em desabafo nas redes sociais. Ele diz que vai registrar Boletim de Ocorrência na polícia ainda na noite desta quinta-feira (11/6).

A história ganhou repercussão depois que Thiago postou no Facebook uma foto e um texto intitulado “Eu também fui crucificado”. Com pouco mais 24 horas, já são mais de 31 mil curtidas e 7 mil compartilhamentos. 

O título do desabafo remete à causa da discussão no Facebook: a atriz transexual ‘crucificada’ na parada LGBT em São Paulo, no domingo (7/6). A irmã compartilhou um post do pastor Silas Malafaia, criticando a atriz e alegando “cristofobia” e que seria sinal do apocalipse. Thiago, que é homossexual, sentiu-se ofendido e respondeu em comentário no post da irmã. “Até aqui parece apenas um conflito de opiniões dentro da família, mas o resultado disso foi além do que eu esperava de uma mulher cristã”, conta.



Depois do comentário do irmão, ao qual ela não respondeu, a irmã deletou a publicação, de acordo com Thiago. No dia seguinte, ela foi à casa de sua mãe, onde mora Thiago, para terminar a discussão que começou no Facebook. Segundo ele, ela ofendeu o jovem e o namorado dele, chamando-os de "lixo" e dizendo que gays deveriam “ser afastados da sociedade”. Quando Thiago revidou as ofensas, dizendo que “o amor que tanto se prega na igreja ela não prática” e pedindo que ela saisse da casa, foi surpreendido pelas agressões físicas. 

O marido dela segurou Thiago, enquanto ela esbofeteava o rapaz, ainda conforme o relato do jovem agredido. Enquanto isso, o sobrinho, de 9 anos, assistia a briga, e a mãe dos dois tentava, aos pratos e em vão, interromper as agressões – segundo o rapaz, a própria mãe não tem problemas com a sexualidade dele. A reportagem não obteve contato com a irmã e o cunhado de Thiago.

O rapaz termina o relato com um apelo aos que ainda se questionam sobre a legitimidade do protesto: “Pensem de novo, vejam o que aconteceu comigo por discordar da opinião de um cristão, vejam que não são os gays que machucam os cristãos, nenhum gay vai entrar na casa de um religioso e bater nele por ter suas convicções, e pensem que poderia ser um filho de vocês no meu lugar, apanhando por amar assim como Jesus”.

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