O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, considerou hoje «parciais» e «inapropriadas» as declarações do papa sobre o genocídio arménio.
«Abordar estes acontecimentos dolorosos de forma parcial é inapropriado por parte do papa e da autoridade que representa», declarou Davutoglu em declarações na televisão, quando a Turquia anunciou ter convocado para consultas o seu embaixador no Vaticano.
A decisão de Ancara constituiu um novo passo no incidente diplomático suscitado depois de o papa ter usado a palavra «genocídio» para descrever o massacre dos arménios na I Guerra Mundial.
«O nosso embaixador no Vaticano, Mehmet Pacaci, foi chamado à Turquia para consultas», informou em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros turco, horas depois de ter anunciado que chamou o representante do Vaticano em Ancara para explicar as palavras do papa.
Repetindo declarações feitas também hoje pelo chefe da diplomacia turca, Mevlut Cavusoglu, o comunicado refere que as palavras do papa Francisco são «incompatíveis com os factos legais e históricos».
O texto acusa o papa de ter uma «visão seletiva» da I Guerra Mundial e de «ignorar as atrocidades sofridas pelos povos turco e muçulmano que perderam a vida» para beneficiar cristãos e arménios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário