segunda-feira, 20 de abril de 2015

Conheça a história do serial killer que nunca cometeu assassinato

Quando pensamos em um serial killer, o que vem à nossa cabeça é a ideia de uma pessoa que assassina muita gente, não é? Bom, mas agora você verá que nem sempre é assim que acontece.
Sture Bergwall, que ficou conhecido como Thomas Quick, é famoso na imprensa sueca como Hannibal Lecter. Ele é considerado o serial killer mais famoso do país, e foi obrigado a viver em um hospital psiquiátrico em 1991.
Depois de ser condenado por oito assassinatos, Bergwall acabou assumindo ser responsável por mais de 30 mortes. Em um julgamento ele alegou ter matado homens, mulheres, crianças e praticado atos de canibalismo e estupro. Só que, na verdade, ele nunca cometeu assassinato algum.
Conheça a história do serial killer que nunca matou ninguém
Serial killer que nunca cometeu assassinato foi condenado por oito mortes, mas após várias investigações sua história foi recontada de maneira verdadeira.
Bergwall cresceu em um cenário familiar onde não recebia muita atenção. Durante anos ele foi obrigado a esconder que era homossexual para não ter problemas em casa.
Quando adolescente, o rapaz usou anfetaminas, e, a partir daí, as coisas se descontrolaram, e as primeiras acusações contra Bergwall começaram a acontecer. Ele foi supostamente ligado a abusos íntimos e assaltos – certa vez tentou roubar um banco usando roupa de Papai Noel.
Após ser internado em um hospital psiquiátrico pela primeira vez, Bergwall tentou criar uma forma impactante para atrair a atenção. Como gostava de ler, ele ficava em uma biblioteca estudando sobre assassinatos ainda não resolvidos.
Graças aos livros e recortes de jornais, Bergwall iniciou uma história chocante e se culpou de tudo que inventou. Ele se responsabilizou pelo assassinato de um garoto de 11 anos, que desapareceu na década de 1980 e nunca foi encontrado.
Durante sua confissão, o rapaz ainda disse ter estuprado e estrangulado o garoto, além de ter comido seus dedos e enterrado o corpo em um floresta.
Como a imprensa começou a fazer a cobertura da história, Bergwall se empolgou e se responsabilizou por outros assassinatos não resolvidos.
Suas declarações sempre pareceram verdadeiras, já que ele conhecia as histórias não resolvidas dos casos lidos nos livros.
Depois de ser condenado por oito crimes, Bergwall se tornou uma das pessoas mais famosas da Suécia. Só que, depois de todos os relatos, alguns buracos foram encontrados em suas declarações, levando à suspeita de fraude.
Depois de se confessar responsável pelo assassinato de Therese Johannessen, uma menina de nove anos, Bergwall disse que ela tinha cabelos louros, mas, na verdade, ela era morena.
Quanto ao assassinato de Yenon Levi, que aconteceu 1988, ele contou ter usado quatro armas diferentes antes de cometer o estupro. Só que especialistas recolheram amostra de esperma no corpo de uma de suas “vítimas” e descobriram que o DNA não pertencia ao rapaz.
Ele também contou onde havia enterrado suas vítimas, e mesmo após profundas buscas, nada foi visto.
Os investigadores acabaram intrigados com as declarações de culpa de Bergwall, que estava sob efeito de fortes medicamentos psiquiátricos. Os médicos e a polícia acabaram cortando os remédios e ouvindo novas declarações do jovem. Sem o efeito, ele parou de dar depoimentos incomuns.
O caso acabou atraindo a atenção do cineasta sueco Hannes Rastam, que pesquisou e conseguiu deixar a história mais clara. Ele provou que Bergwall não era culpado de nenhum dos crimes sobre os quais foi condenado, o que ajudou a tirar o rapaz do hospital psiquiátrico em março deste ano, depois de passar 23 anos no local.

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