Pelo menos três igrejas cristãs tiveram suas cruzes removidas nos últimos dias, reporta o jornalTelegraph. A China tem sido muito criticada por causa da demolição de mais de 400 igrejas católicas e presbiterianas desde 2014 na província de Zhejiang, na costa leste do país.
Um bispo chinês afirmou no mês passado que o governo teria ordenado o fim da campanha que, segundo eles , é uma tentativa de combater "estruturas ilegais".
Em 2 de abril, autoridades retiraram a cruz de um edifício religioso em Cixi, localizada a aproximadamente 168 quilômetros de Xangai. Dois dias depois, em uma cidade vizinha palco de remoções anteriores, a cruz da igreja de Em Quan também foi recolhida. Uma terceira igreja foi alvo nesta segunda-feira, em Lishui, outra cidade de Zhejiang.
Segundo Zhang Mingxuan, chefe da Chinese House Church Alliance, uma organização que reúne dezenas de pastores de todo o país, o contínuo ataque às igrejas cristãs vem da crença de que "a religião pode ameaçar o regime". "Eu nunca acreditei naquela ordem [de suspensão da campanha]", afirmou.
O cristianismo é a religião que cresce mais rápido na China e alguns analistas preveem que em uma década o país asiático pode apresentar a maior congregação cristã do mundo. A maior parte das demolições e remoções de cruzes aconteceram em Wenzhou, uma cidade costeira conhecida como 'Jerusalém do leste', por sua grande população cristã. Funcionários chineses negam que estejam deliberadamente atacando igrejas, apesar de documentos oficiais apontarem que a campanha objetiva sufocar o progresso do cristianismo.
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