Supremo deve aceitar a recomendação ainda nesta semana, fazendo com que Dilma e Aécio não sejam alvos do inquérito.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não abra investigações sobre a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), adversário dela nas eleições, segundo informações publicadas nesta quinta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo. Ambos foram citados em depoimentos dos delatores da Operação Lava Jato.
De acordo com a publicação, o Supremo deve aceitar a recomendação ainda nesta semana, fazendo com que Dilma e Aécio não sejam alvos do inquérito. O contexto das menções feitas a Dilma e Aécio não foram divulgadas, já que os documentos enviados por Janot ao ministro Teori Zavascki são sigilosos.
Em 2014, a revista Veja publicou que Alberto Youssef disse que Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabiam do esquema de corrupção da Petrobras. Já sobre Aécio, o doleiro afirmou ter ouvido que o senador tinha influência sobre negócios em uma diretoria da estatal Furnas, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Segundo a Folha, investigadores disseram que no caso de Dilma foi levado em conta o artigo 86 da Constituição, que define as situações em que um presidente pode ser investigado por crimes de responsabilidade e outras infrações. O artigo aponta que o presidente da República não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.
Ao jornal, Aécio afirmou que "setores do governo, que são os protagonistas desse escândalo" tentaram "envolver a oposição" no caso, completando que recebeu como “homenagem” a decisão de Janot. Procurado, o Palácio do Planalto não fez comentários sobre a decisão de Janot sobre Dilma.
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