quarta-feira, 4 de março de 2015

Em visita à China, príncipe William pede fim do comércio de marfim

O príncipe William, da Grã-Bretanha, pediu nesta quarta-feira o fim do comércio de marfim durante visita a um santuário de elefantes na província de Yunnan, no sudoeste da China, no final de uma viagem de três dias ao país, a qual teve entre seus objetivos a conservação da vida selvagem.
William tem criticado a China por seu consumo de marfim. Grupos de defesa dos direitos dos animais dizem que o crescente apetite do país por material de contrabando tem provocado o aumento da caça ilegal na África.
No mês passado, a China anunciou uma proibição de um ano da importação de esculturas de marfim africano, poucos dias antes da visita de William.
"Um golpe poderoso que podemos impor aos traficantes é reduzir a demanda por seus produtos. A demanda incentiva os traficantes. Ela alimenta sua ganância, e gera os seus enormes lucros", afirmou William em um discurso divulgado pela família real britânica.
"Em última análise, eliminar a demanda por marfim é essencial para os cidadãos em todo o mundo", disse William, que elogiou as medidas “que a China já adotou" para combater o comércio.
A extinção de animais como elefantes e rinocerontes seria uma "perda incomensurável" para a humanidade, disse ele.
A viagem de William à China é a primeira por parte de um membro de alto nível da família real britânica desde que a rainha Elizabeth e seu marido, o príncipe Philip, estiveram no país, em 1986. Ela ocorre depois de um período de mal-estar entre Londres e Pequim por causa das manifestações pró-democracia no ano passado na ex-colônia britânica de Hong Kong.
William, neto da rainha Elizabeth e segundo na linha de sucessão ao trono, disse ao presidente chinês, Xi Jinping, na segunda-feira, esperar que a China possa tornar-se líder na proteção de animais.

A China eliminou no início do ano passado 6,2 toneladas de marfim confiscado, na primeira destruição pública de alguma parte de seu estoque. No entanto, o país ainda é classificado como o maior mercado do mundo para o marfim obtido com a matança ilegal de animais, de acordo com o World Wildlife Fund.

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