segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Ato em São Paulo pede impugnação da candidatura de Bolsonaro

SÃO PAULO - Um protesto que pede a impugnação da chapa formada por Jair Bolsonaro (PSL) e o general Hamilton Mourão (PRTB) na eleição para a presidência da República fechou os dois sentidos da Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na tarde deste sábado. No início da noite, os manifestantes fizeram uma passeata até o centro da capital paulista.

Protesto na Avenida Paulista contra Bolsonaro fecha via em frente ao Masp Foto: Edilson Dantas / Agência O GloboCarregam faixas contra o candidato do PSL, bandeiras do PT, PSOL, CUT, PSTU e outros partidos, pessoas que estavam no ato também protestaram contra João Doria (PSDB) , que concorre ao governo do estado de São Paulo.
- Ele não, e Doria também não - gritavam os manifestantes por volta das 17h.
Outras variações de gruto incluem o nome do candiato petista:
- Ele não, Haddad sim.
Uma das motivações do protesto foi a reportagem publiaca pelo jornal "Folha de S. Paulo" na quinta-feira, que dizia que empresários teriam pago até R$ 12 milhões para disseminar notícias falsas sobre Fernando Haddad (PT) pelo WhatsApp, o que beneficiaria Bolsonaro.
Entre as faixas, muitas levam a inscrição #caixa2dobolsonaro, que tem circulado nas redes sociais e em campanhas contra o candidato do PSL.
O ato reúne vários grupos que fizeram chamados aos manifestantes pelas redes sociais.
Em 29 de setembro, no Largo da Batata, Zona Oeste da capital paulista, alguns desses grupos já haviam organizado uma manifestação contra Bolsonaro sob a hashtag #elenao.
Os organizadores do proteste deste sábado disseram que o ato reuniu 50 mil pessoas. A Polícia Militar não informou o número de manifestantes.

sábado, 12 de janeiro de 2019

Criminosos destroem torre de transmissão e atacam concessionária no 11º dia de onda de violência

Criminosos derrubaram uma torre de transmissão de energia e explodiram uma bomba em uma concessionária de veículos no 11º dia seguido da onda de violência no Ceará. A ação contra a torre ocorreu na madrugada deste sábado (12), em Maracanaú, na Grande Fortaleza, e deixou bairros da região sem energia. Já o ataque à concessionária foi registrado nesta manhã, na capital.
Parte da base da torre foi explodida e o equipamento caiu — Foto: Arquivo pessoalA onda de violência no estado chegou ao 11º dia seguido com 194 ataques confirmados em 43 municípios. O Ministério da Justiça confirmou que, desde o início da sequência de crimes, 35 membros de facções criminosas foram transferidos para presídios federais.
De acordo com a Polícia Militar, nesta madrugada, parte da base de uma torre de transmissão no município de Maracanaú foi explodida e o equipamento caiu. Fios de energia ficaram espalhados na via próxima ao local, que está isolado por equipes policiais.
Por conta do ataque, foram registradas queda e oscilação de energia em bairros de Fortaleza e cidades da Região Metropolitana como Cascavel, Eusébio, Maranguape, Itaitinga e Maracanaú. Policiais contam com apoio de um helicóptero na busca dos suspeitos e para prevenir novos ataques.
Em Fortaleza, criminosos provocaram uma explosão em uma concessionária na manhã deste sábado. Segundo informações da polícia, o ataque aconteceu por volta das 5h e atingiu parte da estrutura do estabelecimento, além de veículos que estavam no local. Não há registro de feridos. Os suspeitos fugiram e estão sendo procurados.
Equipes da Polícia Militar e do esquadrão antibombas estiveram no local após o ataque a torre de transmissão — Foto: Rafaela Duarte/Sistema Verdes MaresEquipes da Polícia Militar e do esquadrão antibombas estiveram no local após o ataque a torre de transmissão — Foto: Rafaela Duarte/Sistema Verdes Mares

Ações do estado contra a violência

A Secretaria da Segurança Pública do Ceará comunicou que 319 suspeitos de envolvimento nos crimes foram detidos. Os atentados começaram após o anúncio de medidas do governo para tornar mais rígida a fiscalização nos presídios cearenses.
O Governo do Estado promete acabar com a entrada de celulares nos presídios e com a divisão de facções dentro das unidades prisionais. O governador do Ceará, Camilo Santana, afirmou que “não há recuo”.
Camilo Santana também destacou que vai apresentar um projeto de lei que beneficia pessoas que denunciarem autores de ataquesviolentos no estado. O projeto será votado neste sábado (12), em uma sessão extraordinária, durante o recesso parlamentar.
A Lei da Recompensa prevê pagamento em dinheiro por informações repassadas pela população à polícia e que resultem na prevenção de atos criminosos e prisão de bandidos envolvidos nas ações.

Entenda o que está acontecendo no Ceará

  • O governo criou a secretaria de Administração Penitenciária e iniciou uma série de ações para combater o crime dentro dos presídios.
  • O novo secretário, Mauro Albuquerque, coordenou a apreensão de celulares, drogas e armas em celas. Também disse que não reconhecia facções e que o estado iria parar de dividir presos conforme a filiação a grupos criminosos.
  • Criminosos começaram a atacar ônibus e prédios públicos e privados. As ações começaram na Região Metropolitana e se espalharam pelo interior ao longo da semana.
  • O governo pediu apoio da Força Nacional. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou o envio de tropas; 406 agentes da Força Nacional reforçam a segurança no estado.
  • A população de Fortaleza e da Região Metropolitana sofre com interrupções frequentes no transporte público, com a falta de coleta de lixo e com o fechamento do comércio.
  • Onda de violência afastou turistas e fez a ocupação hoteleira no estado cair de 85% para 65%.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Mãe admite que afogou bebê em açude e alega que ele tinha HIV

Uma mulher de 25 anos, que não teve o nome divulgado pela Polícia Civil, foi presa após confessar ter afogado o filho recém-nascido em um açude de Itaquiraí, a 410 km de Campo Grande. O bebê foi localizado pelo avô no reservatório de água no Assentamento Aliança, dia 17 de dezembro de 2018.
Açude localizado em assentamento. (Foto: Divulgação)O avô da criança contou que foi ao pasto buscar as vacas leiteiras para ordenhar por volta das 7h, quando viu o bebê no açude que é usado como bebedouro dos animais. O sitiante chamou um vizinho para ver e confirmar se era mesmo o corpo de uma criança.
Após confirmar, eles acionaram a Policia Militar de Itaquiraí, que preservou o local até a chegada da Policia Civil e Perícia.
Durante as últimas três semanas de investigação, a Polícia Civil conseguiu identificar e localizar a mãe do recém-nascido. Em depoimento, a mulher afirmou ser portadora do vírus da Aids e admitiu ter matado o bebê porque ele teria sido contaminado com o HIV.
De acordo com o delegado da Polícia Civil de Itaquiraí, Edson Ruiz Ubeda, a mulher foi até o açude na propriedade do pai, logo após o nascimento do filho.
A perícia apurou que o corpo foi localizado no dia 17, mas já estava no açude entre 24 e 100 horas. O recém-nascido foi encontrado ainda com cordão umbilical. A mulher foi indiciada pelo crime de homicídio qualificado pelo motivo torpe. A Polícia Civil ainda não encerrou o inquérito, e aguarda materiais da perícia para conclusão do mesmo.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Novo chefe da Marinha diz que Brasil esteve com EUA em 3 guerras mundiais

Resultado de imagem para novo comandante da marinhaO novo comandante da Marinha, Ilques Barbosa Júnior, disse que o Brasil esteve junto aos Estados Unidos em "três guerras mundiais", e que "essa é a parceria que nós estamos dando continuidade". A frase foi dita durante o discurso que fez ao assumir a chefia da Força, nesta quarta-feira (9).
Durante a saudação a autoridades como embaixadores, ministros, ex-ministros, membros do poder Judiciário, Executivo e das Forças Armadas, citou membros da Marinha americana. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o vice Hamilton Mourão (PRTB) também estiveram presentes no evento.
"Também menciono a presença do Almirante John Richardson, chefe de operações navais dos Estados Unidos da América. O contra-almirante Sean Buck, comandante da quarta esquadra e forças navais do Comando do Sul [...]. Nós estivemos juntos em três guerras mundiais. Essa é a parceria que nós estamos dando continuidade", disse Barbosa.
O Brasil anunciou a participação na 1ª Guerra Mundial (1914-1919) após uma embarcação ser afundada pela Marinha alemã. A declaração de guerra contra o Império Alemão foi sancionada pelo presidente Venceslau Brás, em 1917.
O país teve participação também na Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945), quando tropas desembarcaram na Itália, em julho de 1944. A medida aconteceu após o presidente Getúlio Vargas entrou em acordo com o presidente americana Roosevelt.
Questionado em entrevista coletiva após a cerimônia sobre o que quis dizer ao falar em três guerras mundiais, o almirante afirmou que não mencionou isso em nenhum momento, citando em seguida a Guerra Fria.
"Eu não disse isso. Eu disse do ponto de vista histórico. A História diz que nós passamos a 1ª Guerra Mundial [...] a Marinha participou em apoio aos aliados. Na 2ª Guerra Mundial, a Marinha do Brasil, o Exército brasileiro e a Força Aérea Brasileira, nós combatemos do lado dos aliados, em prol da democracia contra a tirania. E durante a Guerra Fria, nós estávamos de um lado", declarou Ilques.
O novo comandante da Marinha destacou então que "nós somos o mundo ocidental". "E é importante nós termos laços de amizade e profissionais tanto do ponto de vista da Marinha, como do Exército e da Força Aérea, com a Marinha dos Estados Unidos da América, com a França, com a Alemanha, com a Inglaterra, com a Itália, com Espanha, com Portugal", afirmou.