domingo, 6 de setembro de 2020

Barcos naufragam em desfile de apoio a Trump

 Embarcações lotaram lago no Texas e geraram ondas ao se movimentarem juntas. Ao menos quatro delas afundaram e várias bateram contra rochas. Ninguém ficou ferido no incidente.

USA Texas Boote

Um desfile de barcos em apoio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terminou com o naufrágio de ao menos quatro embarcações neste sábado (05/09) no lago Travis, no Texas. O evento lotou o reservatório, agitando as águas e gerando ondas.

"Foi um número excepcional de barcos. Vários deles afundaram", disse a porta-voz do Departamento de Polícia do Condado de Travis, Kirsten Dark. "Ondas foram geradas quando todos eles começaram a se mover".

Imagens divulgadas pela imprensa americana mostra vários barcos com bandeira de apoio a Trump se movendo juntos. Segundo a porta-voz, com a agitação da água, algumas embarcações acabaram virando e afundando. Ela descarta ainda que o incidente tenha ocorrido devido à alguma espécie de sabotagem internacional.

Segundo as autoridades, não houve relatos de feridos. Além dos que afundaram, alguns barcos foram empurrados para rochas.

O desfile de barcos foi organizado por apoiadores de Trump pelo Facebook. A página do evento convocou a participação de embarcações de todas as formas e tamanhos e pedia que os donos as enfeitassem com "cores patrióticas" e bandeiras. Os organizadores afirmam que mais de 2,6 mil pessoas compareceram ao ato.

Reservatório do rio Colorado, o lago Travis é um local muito popular para passeios de barco, pesca, natação e outras atividades recreativas.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Moro diz que excesso de trabalho o impediu de ler documentos de processo de Lula

 O juiz Sergio Moro conseguiu que sua vara ficasse dedicada apenas às ações da operação “lava jato”, mas afirma que "as centenas de processos complexos” o impediram de ler os documentos da ação na qual condenou o ex-presidente Lula. Na sentença, publicada nesta quarta-feira (12/7), Moro assume que sua vara foi informada de que mandou interceptar o ramal central do escritório dos advogados de Lula, mas que os documentos “não foram de fato percebidos pelo juízo”, por causa do excesso de trabalho.

O caso veio à tona depois que a ConJur noticiou, em março de 2016, que o telefone central do escritório Teixeira, Martins e Advogados, que conta com 25 profissionais do Direito, havia sido grampeado por ordem de Moro.

No pedido de quebra de sigilo de telefones ligados a Lula, os procuradores da República incluíram o número da banca como se fosse da Lils Palestras, Eventos e Publicações, empresa de palestras do ex-presidente. O Ministério Público Federal usou como base um cadastro de empresas por CNPJ encontrado na internet.

À época das notícias, o juiz teve de se explicar ao Supremo Tribunal Federal. Em um primeiro ofício enviado ao Supremo, afirmou desconhecer o grampo determinado por ele na operação “lava jato”.

Em seguida, outra reportagem da ConJur mostrou que a operadora de telefonia que executou a ordem para interceptar o ramal central do escritório de advocacia Teixeira, Martins e Advogados já havia informado duas vezes a Sergio Moro que o número grampeado pertencia à banca.

Por causa da nova notícia, Moro teve de se explicar de novo ao Supremo. Dois dias depois de dizer não saber dos grampos, enviou outro ofício para dizer que a ordem de interceptação “não foi percebida pelo Juízo ou pela Secretaria do Juízo até as referidas notícias extravagantes” — sem citar nominalmente a ConJur, primeiro veículo a noticiar o problema.

Agora, na sentença do caso tenta se explicar novamente: “É fato que, antes, a operadora de telefonia havia encaminhado ao juízo ofícios informando que as interceptações haviam sido implantadas e nos quais havia referência, entre outros terminais, ao aludido terminal como titularizado pelo escritório de advocacia, mas esses ofícios, nos quais o fato não é objeto de qualquer destaque e que não veiculam qualquer requerimento, não foram de fato percebidos pelo juízo, com atenção tomada por centenas de processos complexos perante ele tramitando”.

O juiz tenta jogar a questão para a Polícia Federal, afirmando que nos relatórios da autoridade policial quanto à interceptação, sempre foi apontado tal terminal como pertinente à Lils Palestras. E diz que até poderia interceptar ligações de Roberto Teixeira, pois ele também seria investigado.

Ainda segundo a sentença, não foram apontadas ou utilizadas quaisquer conversas interceptadas de advogados do escritório. “Então não corresponde à realidade dos fatos a afirmação de que se buscou ou foram interceptados todos os advogados do escritório de advocacia Teixeira Martins”, afirma o juiz de Curitiba.

Vale lembrar que o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil pediu ao ministro Teori Zavascki (morto em janeiro), então relator da "lava jato" no STF, que decretasse o sigilo e posterior destruição das conversas interceptadas nos telefones dos advogados de Lula.

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Flordelis fez ensaio fotográfico romântico com pastor antes de assassinato

 Adeputada federal Flordelis (PSD), acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, fez um ensaio fotográfico romântico com ele três dias antes do crime. 

O produtor e editor de moda Marco Antônio Ferraz foi o responsável pela sessão de fotos para as redes sociais do casal. Ele afirmou que não se conforma com os desdobramentos da investigação que acusa a deputada de ser a mandante do crime.


“Nunca vi nada que me provasse que eles não se amavam. Convivi com a família. Sei o nome de cada um dos 55 filhos. Tudo isso é muito chocante, mas eu acredito nas investigações”, afirmou.

Ferraz encontrou com o casal para o ensaio fotográfico três dias antes do assassinato e registrou momentos em que Flordelis e pastor Anderson se abraçaram e posaram juntos em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no centro da cidade.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

'Ninguém queria ficar perto do Bolsonaro', afirma diretor de filme com cena que viralizou na internet

Marcus Vetter 

 O diretor alemão Marcus Vetter, responsável pelo documentário documentário "O fórum", disse que Jair Bolsonaro "estava isolado" no Fórum Econômico Mundial de 2019, em Davos, na Suíça.

 "Ninguém queria ficar perto do Bolsonaro", afirmou ao jornal O Globo."Em outro momento a Jennifer Morgan, diretora do Greenpeace, grande porta-voz internacional, tenta falar com Bolsonaro. Quando ela se aproxima, ele a ignora e a repele imediatamente. E isso mostra como é difícil a diplomacia com este tipo de pessoa", acrescentou.

De acordo com o diretor, o filme é "sobre as elites e como homens com Bolsonaro são um sinal dos nossos tempos". "As pessoas estão furiosas com essas elites, com o establishment, e por isso votam em políticos como ele, como forma de protesto", disse.

sábado, 8 de agosto de 2020

Silas Malafaia é condenado por vídeos onde tentava difamar Marcelo Freixo

 

O pastor Silas Malafaia terá que indenizar o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) em R$ 15 mil, por determinação da 36ª Vara Cível do Rio.

A razão são quatro vídeos que o pastor postou na internet durante a campanha de 2016 disseminando boatos contra o político.

Silas Malafaia diz ser 'vergonha' decisão de desembargador sobre ...“O seu partido, o PSOL, é a esquerda radical que acredita naquele comunismo da União Soviética anterior a 1988. O PSOL apoia o governo da Coreia do Norte, Cuba, Venezuela. É esse sistema que apoiam e querem implantar no Rio de Janeiro”, disparou em uma das gravações, publicada na terça-feira (6).

“Marcelo Freixo é a favor de que crianças de seis anos aprendam sexualidade na escola”, continuou. “Vagabundos, deveriam estar na cadeia”.

Segundo o pastor, Freixo é “contra a PM e apoia os black blocks”. Para tentar conter a onda de boatos espalhados pelas redes sociais, a equipe do candidato lançou o site “A Verdade sobre Freixo”.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Ozônio pelo ânus: ministro da Saúde se reúne com defensores de tratamento experimental para Covid

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, recebeu em seu gabinete, na última segunda-feira (3), um grupo de defensores da ozonioterapia para tratamento da Covid-19.

O tratamento, que não tem eficácia comprovada e é utilizado apenas em caráter experimental, envolve aplicar ozônio pelo ânus.
“Nesta tarde, em Brasília, realizamos mais uma reunião com o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Acompanhado pela Dra Maria Emília Serra Presidente da Sociedade Brasileira de Ozonioterapia Médica (SOBOM), do Dr Everton Macedo, da Secretaria de Saúde de Brasília, do Dr Fernando Volkart, do Hospital de Parobé e a enfermeira Lilian Santos, de Brasília, juntamente com Dr Vinicius Nunes Azevedo, Diretor Departamento de Gestão da Educação da Saúde, apresentamos projeto de tratamento da Ozonioterapia em pacientes com Covid-19, e também projeto de pesquisa que teve sinal verde por parte do Ministerio”, escreveu o deputado federal Giovani Cherini (PL-RS), em seu Facebook, ao anunciar o encontro.
“Importante destacar que, com o nosso apoio, alguns hospitais do RS já estão implantando a Ozonioterapia como opção de tratamento. Um deles é o do Hospital Vila Nova, de Porto Alegre”, completou o parlamentar.
Na noite de segunda-feira, o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni (MDB), causou polêmica ao anunciar, em live pelas redes sociais, que pretende adotar o tratamento em sua cidade.
“Provavelmente vai ser uma aplicação via retal, uma aplicação tranquilíssima, rapidíssima, de dois minutos, num cateter fininho e isso dá um resultado excelente”, afirmou Morastoni, ressaltando que o tratamento será feito apenas “a quem desejar”.
O próprio Ministério da Saúde e a OMS (Organização Mundial de Saúde), no entanto, já divulgaram, mais de uma vez, que ainda não há cura para a covid-19 ou mesmo tratamento de eficácia científica comprovada. Além disso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) ressalta que a prática deve ser utilizada apenas em caráter experimental.
“Tratamentos médicos baseados nessa abordagem devem ser realizados apenas no escopo de estudos que observam critérios definidos pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep)”, informou o órgão em nota enviada ao site NSC Total.