terça-feira, 14 de agosto de 2018

Chefe do Pentágono visita o Brasil em missão para conter influência chinesa

Jim Mattis no PentágonoCom os olhos na China, o secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, começou no domingo sua primeira viagem à América do Sul. Em suas paradas no Brasil, Argentina, Chile e Colômbia, o objetivo do chefe do Pentágono será fortalecer as relações militares com Washington e conter a crescente influência de Pequim na região. “Essas relações são críticas para um hemisfério ocidental [o continente americano] colaborativo, próspero e seguro”, disse o Departamento de Defesa.
Nesta segunda-feira, Mattis se reuiu em Brasília com com os ministros Joaquim Silva e Luna, da Defesa, e Aloysio Nunes Ferreira, das Relações Exteriores. Na pauta do encontro estão as alternativas para avançar na cooperação nas áreas técnica, científica, político-militar e indústria de defesa. 
Nos encontros oficiais no Brasil, o secretário de Defesa americano tratou de três temas que são discutidos há ao menos dois anos entre as duas nações: o aproveitamento do centro de lançamento de satélites de Alcântara (Maranhão), a cooperação na área de defesa cibernética e a ajuda humanitária à Venezuela que estava numa situação. “Alinhamos algumas percepções sobre o que pensamos sobre defesa no continente americano”, disse o ministro de Defesa do Brasil, Joaquim Silva e Luna.A Casa Branca declarou 2018 o “ano das Américas” e, de acordo com o Pentágono, a viagem do general reformado dos Fuzileiros Navais reflete os “fortes laços de defesa” com os quatro países que visitará. Laços que, no entanto, parecem não interessar ao presidente Donald Trump, que não viajou para a região. Iria fazê-lo em abril, mas cancelou sua participação na cúpula das Américas, no Peru, para preparar a operação militar contra o regime sírio por conta do uso de armas químicas.
A Casa Branca mantém um bom relacionamento com seus principais aliados latino-americanos, em parte graças a sua forte posição em relação à crise venezuelana, mas também provocou tensões na região com sua política anti-imigraçãoe sua deriva protecionista.
A viagem de Mattis, que em setembro do ano passado esteve no México, começa no Brasil, onde terá reuniões com altos comandantes militares e fará um discurso. De lá, seguirá para a Argentina e o Chile para finalmente chegar à Colômbia, onde se encontrará com membros do novo Governo de Iván Duque.
A crise na Venezuela vai pairar sobre a viagem, especialmente na Colômbia, mas também no Brasil, que reforçou significativamente sua cooperação militar com os Estados Unidos nos últimos anos. De fato, soldados norte-americanos participaram em novembro de treinamentos conjuntos com seus colegas brasileiros como preparação para possíveis crises humanitárias.
Como parte de sua estratégia expansionista, a China reforçou nos últimos anos seus laços com alguns dos países que Mattis visitará, como a Argentina, onde Pequim construiu uma base espacial. “Estamos preocupados que a China tem uma maneira de fazer negócios que não necessariamente responder da melhor forma possível aos interesses dos nossos parceiros no hemisfério”, explicou a um grupo de jornalistas o subsecretário adjunto de Defesa para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Sergio de la Peña, informa a agência Efe.
Como também fez na África, Pequim multiplicou seus investimentos na América Latina na última década e também a concessão de créditos, o que lhe permite ganhar peso diplomático. “Eles são generosos com seus empréstimos, mas se você não puder pagar, eles receberão algum tipo de compensação em troca”, avisou de la Peña.

Secretário dos EUA discute com brasileiros defesa na América do Sul

Pela primeira vez no Brasil, o secretário de Defesa dos Estados Unidos (EUA), James Mattis, desembarcou em Brasília e abriu a agenda oficial na manhã de hoje (13) ao se encontrar com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira. À tarde, o responsável pelo Pentágono tem uma reunião fechada com o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, seguida por vários encontros bilaterais dentro do Ministério da Defesa.
Mattis ainda tem agenda na América do Sul até sexta-feira (17) com visitas ao Chile e à Colômbia.
Ainda sem confirmação oficial, há expectativa de que Mattis conceda entrevista coletiva ao lado de Silva e Luna, por volta das 15h, para ressaltar temas tratados em torno de acordos e parcerias entre os dois países. Um assunto que interessa ao Brasil e pode vir à tona nas conversas é a retomada do acordo para a construção da base de lançamento de satélite de Alcântara (MA).Em seguida, Mattis embarca para o Rio de Janeiro. Na capital fluminense, ele fará palestra sobre defesa na Escola Superior de Guerra amanhã. Também está planejada visita ao monumento à Segunda Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo. Depois, ele segue para Buenos Aires, na Argentina.

Venezuela

Jim Mattis, como é conhecido pela imprensa norte-americana, ocupa um dos postos mais importantes do governo e está desde o início da administração Trump na pasta. Há expectativa de que na viagem à América do Sul seja tratada a crise na Venezuela.Nos últimos dias, a suposta tentativa de assassinato do presidente venezuelano Nicolás Maduro refletiu em uma série de medidas contra opositores locais. Uma delas foi a ordem de prisão de dois deputados de oposição e mais 19 suspeitos.
O Brasil e 11 países que integram o Grupo de Lima emitiram nota de repúdio à repressão de partidos de oposição e defenderam uma investigação transparente sobre o atentado.
Maduro sinalizou que aceita a colaboração do FBI nas investigações desde que apure também supostos vínculos nos Estados Unidos.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

José Serra é diagnosticado com câncer de próstata

O senador José Serra (PSDB), de 76 anos, foi diagnosticado com câncer de próstata. O tumor está localizado – ou seja, não saiu da glândula. Além disso, é de um tipo pouco agressivo. O câncer foi identificado durante exames de check-up realizados na semana passada.
De acordo com Miguel Srougi, professor titular de urologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e cirurgião do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, em casos desse tipo, por causa da baixa agressividade do tumor, a conduta médica é apenas monitorar o câncer.

sábado, 4 de agosto de 2018

Marta e Aécio, engolidos e cuspidos pelo golpe que ajudaram a dar na democracia.

Marta Suplicy e Aécio Neves foram cuspidos pelo golpe que ajudaram a engendrar.
Alguém falou em “maldição do impeachment”.
O caso de ambos mistura cálculo político de curto prazo, oportunista, movido, sobretudo, a ressentimento. E ressentimento, como se sabe, é um veneno que o sujeito toma esperando que o inimigo morra.
Marta anunciou sua saída do (P)MDB numa carta melancólica endereçada “aos paulistas”.
“A relação de grande parte dos partidos e de parlamentares com o Executivo na base de nomeações e vantagens levou ao insuportável ‘toma lá dá cá’, afrontando todos os padrões de dignidade e honradez da sociedade”, diz ela, fazendo a noviça, como se não tivesse sido sempre assim e se ela não houvesse se beneficiado disso.
Marta desiste da tentativa de se reeleger ao Senado e do confronto com o ex-marido Eduardo.
Em 2015, quando se filiou ao partido de Temer, Jucá, Geddel, Cunha, Eliseu Padilha et caterva, gritou que “a gente quer um Brasil livre da corrupção, livre das mentiras, livre daqueles que usam a política como meio de obter vantagens pessoais”.
O “doutor Michel” ia “reunificar o país”. Pois é.
Foi para a lata de lixo da história, juntamente com Aécio, o meninão que não aceitou o resultado das urnas e carregou o Brasil em sua louca cavalgada.
Se Marta fugiu de um embate com Eduardo, Aécio evitou um vexame com Dilma e vai disputar uma vaga na Câmara.
É o que lhe restou. Em janeiro, Aécio negava, orgulhoso, “a possibilidade de disputar uma cadeira de deputado federal”.
Na quarta, dia 3, sujeitando-se ao downgrade, alegava que “não foi, como podem imaginar, uma decisão fácil”.
Traidores da democracia, ambos se tornaram, em pouco tempo, um entulho da farsa que alimentaram.
Em algum lugar, Dilma está rindo.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Vaticano modifica catecismo e declara que pena de morte é inadmissível



Papa Francisco participa de audiência geral no Vaticano, na quarta-feira (1º)  (Foto: Max Rossi/ Reuters)O Papa Francisco aprovou a modificação do Catecismo da Igreja Católica para declarar "inadmissível" a pena de morte em todas as circunstâncias e indicou o compromisso da instituição em encorajar sua abolição no mundo todo, informou o Vaticano nesta quinta-feira (2). Até então, essa prática era aceita em casos raros.
O Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Luís Ladaria, encontrou-se com o pontífice, em maio, ocasião em que a nova redação do artigo 2267 do catecismo foi aprovada.
“Durante muito tempo, o recurso à pena de morte, por parte da legítima autoridade, era considerada, depois de um processo regular, como uma resposta adequada à gravidade de alguns delitos e um meio aceitável, ainda que extremo, para a tutela do bem comum”, diz o texto.
O artigo afirma que difundiu-se "uma nova compreensão do sentido das sanções penais por parte do Estado" e foram desenvolvidos sistemas de detenção mais eficazes, que "garantem a indispensável defesa dos cidadãos, sem tirar, ao mesmo tempo e definitivamente, a possibilidade do réu de se redimir".
No novo texto ressalta que "a Igreja mostra, à luz do Evangelho, que a pena de morte é inadmissível, porque atenta contra a inviolabilidade e a dignidade da pessoa, e se compromete com determinação para sua abolição no mundo todo".

Pena de morte no mundo

China é o país que mais aplica a pena de morte em todo o mundo, segundo levantamento anual da ONG Anistia Internacional (AI) divulgado em abril deste ano. Os números não são conhecidos, porque condenações do tipo são consideradas segredos de estado. Mas a instituição acredita que milhares foram executados ou condenados à morte na China em 2017.
Excluindo a China, a Anistia diz que 84% das execuções documentadas no mundo ocorreram no Irã, na Arábia Saudita, no Iraque e no Paquistão. Alguns países chegaram até mesmo a retomar a aplicação da pena de morte em 2017. Entre eles, estão Bahrein, Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Jordânia.
Em abril deste ano, o Gabinete do Governo da Índia aprovou uma emenda para que os culpados de estupro de menores 12 anos possam ser condenados à morte, em meio à indignação no país pelo abuso e assassinato de uma menina de 8 anos.
Especialistas da Anistia Internacional dizem que não há provas de que a pena de morte funcione como elemento de dissuasão para o crime. Ao todo, 142 países já aboliram a pena de morte em suas leis ou na prática.

Mulher foge de casa de amante pela janela, cai e tem morte cerebral

A costureira Vera Lúcia Moreira de Sousa, de 61 anos, caiu da janela e bateu a cabeça na madrugada de domingo (29) ao tentar fugir do apartamento do amante por uma corda feita com lençóis presa à janela. O caso aconteceu no bairro Três Meninos, em Sorocaba, a cerca de 110 quilômetros da capital. Segundo a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Sorocaba, que investiga o caso, a mulher foi internada no Hospital Regional e teve morte cerebral.

O amante, o empresário Antônio Filho, de 68 anos, compareceu à delegacia na manhã desta quarta-feira (1), acompanhado de seu advogado, para prestar esclarecimentos, e foi liberado horas depois.
Segundo relato de Filho à Polícia Militar no dia da ocorrência, Vera estava passando a noite na casa dele, quando a namorada chegou. Para que ela não fosse vista, os dois tiveram a ideia de a costureira sair pela janela, a uma altura de 3,5 metros, por uma corda feita com lençóis. Quando já tinha descido por 2 metros, a mulher se desequilibrou e bateu a cabeça no chão. O idoso teria chamado o irmão, que é seu vizinho, para levá-la ao hospital.
O caso foi registrado como lesão corporal gravíssima e suspeita de violência doméstica no plantão da Delegacia Norte de Sorocaba. Agora, a investigação segue na Delegacia de Defesa da Mulher, que aguarda os laudos para os próximos dias.