O ex-astro do Barcelona e da seleção brasileira Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto Assis foram detidos pela polícia do Paraguai na noite desta quarta-feira sob acusação de ter entrado no país usando supostos passaportes falsos. A informação foi divulgada pelo 'La Nación' e confirmada pela polícia paraguaia.
Euclides Acevedo, ministro do Interior do Paraguai, informou que investigadores entraram na suíte presidencial do Hotel Yacht y Golf Club, onde Ronaldinho estava hospedado, e encontraram dois passaportes adulterados. Um estava em nome do ex-jogador e o outro no do irmão.
— Vamos fazer cumprir a lei. Temos a informação de que ele tem documentação adulterada — disse o ministro em entrevista à Rádio Ñandutí, do Paraguai. Segundo a imprensa local, o jogador não foi detido no aeroporto para não criar alarde.
De acordo com o documento obtido pela reportagem, Wilmondes Sousa Lira, que teria fornecido os passaportes falsos para Ronaldinho e Assis, foi levado pela polícia. Ronaldinho e o irmão estão sob custódia no hotel e irão depôr nesta quinta-feira, às 8h.
Ronaldinho chegou ao Paraguai nesta quarta-feira para o lançamento do seu livro "Gênio da vida" e participaria do lançamento de um programa social destinado a crianças organizado pela Fundação Fraternidade Angelical.
A reportagem tenta contato com os representantes de Ronaldinho, mas não obteve resposta.
Passaporte apreendido
Em 2018, os passaportes de Ronaldinho foram apreendidos até que fossem pagas multa e indenização fixadas em um processo por dano ambiental. Ele foi condenado por construir ilegalmente um píer, com plataforma de pesca e atracadouro, na orla do Lago Guaíba, em Porto Alegre. A estrutura foi montada sem licenciamento ambiental em Área de Preservação Permanente. A multa foi superior a R$ 8,5 milhões.
Em setembro do ano passado, um acordo foi feito com o Ministério Público do Rio Grande do Sul e os passaportes foram recuperados.
Fora dos gramados desde 2015, Ronaldinho foi nomeado no ano passado como embaixador do turismo pelo presidente Jair Bolsonaro.
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