segunda-feira, 9 de março de 2020

Porta-voz do governo militar culpa Dilma pelo PIBinho de Bolsonaro

O correto seria afirmar que o jornalista Alexandre Garcia foi porta-voz do último presidente brasileiro da ditadura militar, o general João Batista Figueiredo. Porém, as atuais análises políticas do jornalista levam a crer que ele continua porta-voz dos militares, agora no governo Bolsonaro.  
Depois de trabalhar no Jornal do Brasil, TV Manchete e ter sido comentarista na TV Globo, por 30 anos, Alexandre Garcia escreve atualmente para a Gazeta do Povo, em Curitiba. No ano passado, tornou-se colunista do Estado de Minas, jornal do grupo Diários Associados, também proprietário do Correio Braziliense.
Os comentários sobre o PIBinho de 1,1%, no primeiro ano de  mandato de Jair Bolsonaro, confirmam a visão e posicionamento de Alexandre Garcia, considerado um dos “10 maiores influenciadores digitais da direita”.
Em 2019, o governo Bolsonaro divulgou um relatório em que previa um crescimento de 2,2% para o PIB, se houvesse Reforma da Previdência. A Reforma foi aprovada, o PIB não cresceu. Nesta quinta-feira, 05.03, o ministro da Economia, Paulo Guedes desconsiderou o relatório do governo, no ano passado, e afirmou que o PIB de 1,1% está dentro do previsto e comprova que a economia está reacelerando.
Com diplomacia, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, apontou falhas no Ministério da Economia. “A gente não consegue organizar um país apenas fazendo reformas e fazendo cortes.” Faltaram investimentos públicos por parte do governo, que são essenciais para o crescimento econômico.
Ao responsabilizar a administração de Dilma Rousseff pelo PIBinho de 2019 –  dois anos e meio depois que deixou a presidência – Alexandre Garcia ignora a gestão Michel Temer, que congelou gastos públicos e iniciou a privatização, exatamente como o mercado queria. E o PIB só descreve.
Nos 13 anos de governo petista, com Lula e Dilma, a média de expansão do PIB foi 2,9%.

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