quarta-feira, 11 de março de 2020

Por que o caso Ronaldinho inquieta Sergio Moro?

A Globo e Dráuzio Varella perceberam que a nota sobre o caso da transexual, lida no Fantástico, não havia sido suficiente para esclarecer a posição da TV e do médico em torno da controvérsia.

Tanto que Dráuzio teve de fazer o vídeo divulgado ontem com o pedido de desculpas à família do menino assassinado pela transgênero Suzy.
Sergio Moro terá de fazer o mesmo em relação ao caso de Ronaldinho no Paraguai. Moro emitiu uma nota em que afirma que “manteve contato com autoridade paraguaia com o intuito de conhecer os fatos”. Contato, assim mesmo, no singular? O ministro do Interior do Paraguai, Euclides Acevedo, diz que foram vários contatos.
O argumento de Moro é fraco. O ex-juiz diz que buscou informações porque Ronaldinho e seu irmão, Roberto Assis, “são cidadãos brasileiros”.
Moro telefona para autoridades de todos os países em que brasileiros estejam presos? Ou só quando o preso é o “embaixador do turismo”, o que não significa nada?
Diz a nota: “Em nenhum momento, houve interferência na apuração promovida pelo Estado paraguaio. O Ministério da Justiça e Segurança Pública preza pela soberania dos Estados e pela independência dos órgãos judiciários”.
É pouco. Como fez Draúzio Varella, dando inclusive detalhes de como foi o abraço em Suzy, o ex-juiz deve falar para dizer mais, em nome da transparência.

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