A escavação é realizada no complexo de Behesht-e Masoumeh, o maior cemitério de Qom, cidade xiita a cerca de 180 quilômetros de Teerã, onde surgiram os primeiros casos de infecção no país. Em Qom estão mais de 800 casos confirmados de coronavírus.
De acordo com analistas e vídeos divulgados em redes sociais, a dimensão das valas e a velocidade com que foram construídas sugerem que os ritos fúnebres tradicionais foram abandonados. As estatísticas do governo foram mais uma vez colocadas em xeque — especialistas sugerem que o número de vítimas do coronavírus no Irã seja até quatro vezes maior do que o divulgado pelas autoridades do país.
No dia 3 de março, a BBC divulgou um vídeo de corpos sepultados em um cemitério de Qom. Nele, uma pessoa aponta uma "seção das vítimas do coronavírus": "Até agora, mais de 80 (pessoas) foram enterradas aqui, e eles (o governo) só falam em 34 mortes".
O Irã pediu nesta quinta-feira ajuda assistência financeira do Fundo Monetário Internacional (FMI) para combater a epidemia do coronavírus. Segundo o governador do Banco Central iraniano, Abdolnasser Hemmati, seriam necessários "aproximadamente US$ 5 bilhões". O país não recorre ao fundo desde 1962.
O patógeno provocou baixas até na cúpula do governo. O vice-ministro da Saúde, Iraj Harichi, e a vice-presidente da Mulher e de Assuntos Familiares, Massoumeh Ebtekar, estão entre os infectados no país.
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