domingo, 8 de março de 2020

A “FACADA” VAI VOLTAR AO NOTICIÁRIO

Resultado de imagem para momento da facada em bolsoanroA dez dias da eleição em seu segundo turno, surgem, com mais força de evidência, suspeitas sobre a veracidade da “facada” que teria vitimado o candidato do PSL à Presidência da República. 
Eu, como já dizia o Chapolin Colorado, “suspeitava desde o princípio”, e fundamentei minha desconfiança em texto que publiquei no meu site “Folha da PB” (www.folhadapb.com.br), no dia 08 de setembro, dois dias após o “fato”. Eis o texto:

“EM TEMPOS DE ‘FAKE NEWS’,QUALQUER FACA CEGA...
O atentado de que foi vítima o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, pelo leque de detalhes incomuns para coisas do tipo, é capaz de lançar dúvidas sobre a pobre mente do mais ingênuo observador.

Há flagrantes contradições nisso que classifico de ‘armação’, e que um futuro não muito distante possa me fazer afirmar que também foi mal feita.Para irmos direto aos detalhes, enumero aqui:

1 - O agressor, depois de preso, conseguiu excluir seu perfil no Facebook. Estranho, não? Como pode ter tido acesso a um smartphone ou computador, sob a custódia de policiais federais?
2 – O agressor, apresentado à sociedade como um desempregado e, além disso, passando por dificuldades financeiras, estava há 15 dias hospedado em uma pensão de Juiz de Fora. Pergunta-se: Como um desempregado estava custeando sua estada? Alguém o estava ‘bancando’?
3 – A imprensa noticia que o crime foi premeditado, segundo depoimentos do agressor. Até onde estamos vendo, as principais candidaturas ao Planalto, diante do curto período da campanha vêem-se impossibilitadas de agendar compromisso eleitoral com uma dilatada antecipação de mais de 15 dias. Como sabia o agressor Adélio, bem antes, que naquele dia o candidato estaria em Juiz de Fora?
4 – Dada a intensa aglomeração de pessoas em torno do candidato, é possível depreender, pelas imagens da televisão, que Adélio estava a cerca de 1 metro de distância do seu alvo, e havia pelo menos uma pessoa entre os dois, o que torna até certo ponto incompreensível  o ‘ferimento’ do ‘golpe’ na forma como se apresenta: de cima para baixo, bem no meio do abdome, quando a ‘vítima’ estava em plano mais alto, sentado sobre as costas de um correligionário.
5 – Além de tudo isso, a evidência mais curiosa, capaz de deixar quase todo mundo de queixo caído, é a completa ausência de sangue num ‘ferimento’ daquela proporção, apesar de médicos terem se apressado a explicar que isso pode ocorrer. Mas, nem uma gotícula sequer? 
Agora, vamos observar a repercussão das últimas 48 horas, como uso político do suposto atentado: 
Logo após o ocorrido, a pressa em envolver o suposto agressor a uma sigla partidária, foi a primeira tarefa dos aliados mais próximos do candidato.
1 - O candidato a vice, Mourão, fez uma fala, rotulando o agressor como filiado ao PT e militante da campanha de Dilma Rousseff.
2 - O senador Magno Malta produziu um ‘fake news’, inserindo a foto do agressor numa atividade com Lula, mas de pronto foi desmascarado nas redes sociais.
3 – O ‘atentado’ tem dupla função estratégica: o candidato é vitimizado e ainda é afastado dos debates, para os quais é completamente despreparado.
Prosseguindo com minhas cismas, alguém pode me perguntar: e a equipe médica? Ora, tal categoria, na sua grande maioria, tem ódio ao PT e faria esse papel da farsa com muita desenvoltura e prazer.
O agressor? Também tá no script da farsa, montada pela Globo.
Contextualizando, a candidatura preferencial da Globo bicou, sem chances reais de segundo turno. Falo do PSDB e seu ‘picolé de chuchu’, Geraldo Alckmin. Nesse sentido, restou ao PIG(Partido da Imprensa Golpista) investir tudo numa candidatura que possa chegar ao segundo turno e derrotar o candidato da esquerda.
O perfil do candidato/vítima, não consegue agregar e não tem capilaridade de ampliar, fora do discurso que impulsionou sua candidatura. 
Sem ser propositivo, numa agenda ampla que contemple questões macro de políticas públicas, seu discurso resumido não atinge outros setores da sociedade, tanto é que estacionou nos 20% e, mesmo sem Lula no cenário, aumentou 2%, chegando a 22%, mas com uma rejeição que não permite derrotar nenhum dos candidatos no segundo turno.
Restou apostar na comoção nacional, trazendo o caso a uma programação exclusiva nos noticiários.
Na continuidade do golpe tudo é possível, até mesmo essa farsa, fácil de ser desmontada a olho nu.”


Basílio Carneiro 
Radialista, Consultor e Analista Político

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