quarta-feira, 8 de maio de 2019

Olavo de Carvalho volta a atacar militares do governo Bolsonaro



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O ideólogo Olavo de Carvalho voltou a atacar os militares que fazem parte do governo do presidente Jair Bolsonaro e, desta vez, se referiu de maneira desrespeitosa ao general Villas Bôas, ex-comandante do Exército.
O ideólogo Olavo de Carvalho virou a noite disparando nas redes sociais, não deu trégua aos militares. Usou xingamentos e palavrões. Em uma das postagens, disse:
“Há coisas que nunca esperei ver, mas estou vendo. A pior delas foi altos oficiais militares, acossados por informações minhas que não conseguem contestar, irem buscar proteção escondendo-se atrás de um doente preso a uma cadeira de rodas”, numa referência ao general Villas Bôas.
O general, apesar de sofrer de esclerose lateral amiotrófica, uma doença grave e degenerativa, cumpriu sua missão como comandante do Exército e, hoje, continua trabalhando como assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.
Horas depois do ataque de Olavo de Carvalho a Villas Bôas, o presidente Jair Bolsonaro tentou mais uma vez encerrar a discussão e foi enfático em elogios ao ideólogo nas redes sociais.
Escreveu: “Olavo, sozinho, rapidamente tornou-se um ícone. Seu trabalho contra a ideologia insana que matou milhões no mundo e retirou a liberdade de outras centenas de milhões é reconhecida por mim. Sua obra em muito contribuiu para que eu chegasse no governo”.
O presidente manifestou respeito pelos militares, mas se limitou a chamar as ofensas de Olavo de Carvalho de desentendimentos.
Ele disse que “os desentendimentos públicos contra militares, aos quais devo minha formação e admiração, espero que seja uma página virada por ambas as partes”.
Mesmo diante pedido do presidente, Olavo de Carvalho continuou os ataques e os filhos de Bolsonaro, o vereador Carlos e o deputado Eduardo, também usaram as redes sociais para defender Olavo de Carvalho.
No Congresso, manifestações em defesa de Villas Bôas.
“Realmente, as ofensas que o general Villas Bôas tem sofrido não vêm tendo limite e, gaúcho como eu, o general Villas Bôas é um dos militares mais respeitados da história do Rio Grande do Sul”, disse o senador Lasier Martins (PODE-RS)
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do Democratas, também prestou solidariedade.
“Eu fui hoje de manhã no Palácio do Planalto, no quarto andar, no gabinete do ministro Augusto Heleno dar um abraço de solidariedade em nome do Senado da República no general Villas Bôas”.
O presidente Bolsonaro recebeu no fim da manhã o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto Santos Cruz - uma segunda reunião em menos de 48 horas para tratar do mesmo assunto. À tarde, em reunião ministerial, o presidente recomendou à sua equipe que evitasse polêmicas.
O ministro Santos Cruz pediu a palavra: além de falar das questões da sua pasta, disse que foi vítima de ataques, que respeita Bolsonaro e os filhos dele, e que não desiste das suas missões no meio do caminho.
A ordem no Palácio do Planalto é virar a página. Em entrevista à repórter Cristiana Lôbo, o ministro do GSI. Augusto Heleno, confirmou:
“A postura do presidente é muito clara e muito lúcida. Diante de todos os fatos que já aconteceram, ele determinou que a gente virasse a página disso e deixasse de alimentar essa discussão, que não tem acrescentado em nada e que a melhor solução daqui para frente é o silêncio”.
Ao ser questionado sobre os ataques de Olavo, o próprio presidente rompeu o silêncio.
“Olavo é dono do seu nariz como eu sou do meu e você é do seu. Eu recebo críticas muito graves e não reclamo. O pessoal fala muito em engolir sapo. Eu engulo sapo pela fosseta lacrimal e estou quieto aqui”.
O presidente da comissão especial da reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PR-AM), disse que essa discussão atrapalha a aprovação da proposta.
“Nós precisamos que o presidente fale todo dia sobre reforma da Previdência, demonstre convicção do governo nessa proposta, convença cada vez mais pessoas que acreditaram nele durante o processo eleitoral de que esse é o caminho, um primeiro passo pelo menos para o Brasil retomar o caminho do desenvolvimento”.
O governo federal anunciou nesta terça-feira que, assim como outros ministérios, o da Defesa vai sofrer um corte no orçamento de 44%.

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