segunda-feira, 16 de julho de 2018

Intervenção federal no RJ: chacinas aumentaram e apreensões de fuzis diminuíram, diz estudo

"Muito tiroteio, pouca inteligência". Essa é a definição dos cinco meses de intervenção federal no Rio de Janeiro para o Observatório da Intervenção do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes. O regime entrou em vigor em fevereiro.

Intervenção federal no RJ completa cinco meses (Foto: Apu Gomes / AFP)
Estudo divulgado nesta segunda-feira (16) mostra que, no período, as chacinas aumentaram 80% e as mortes em chacinas (três pessoas mortas ou mais) dispararam 128%. Outro dado é a diminuição das apreensões de fuzis, metralhadoras e submetralhadoras: 39% a menos entre fevereiro e maio de 2018, comparado ao ano anterior.
Segundo o Observatório, práticas violentas continuam predominando contra as favelas, e as operações, que mobilizam 5 mil homens, resultam em medo, mortes e poucos efeitos positivos.
Ainda de acordo com o levantamento, no período dos cinco meses de intervenção, os tiroteios e disparos aumentaram 37%.
Na última sexta-feira (13), uma adolescente foi baleada durante operação do Comando Conjunto nas favelas de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. A jovem teria sido atingida no momento em que tropas foram atacadas por criminosos, segundo o Comando Militar do Leste. Nova operação está em curso no município. No Rio, militares estão em confronto no Complexo do Alemão.

Mudanças na cúpula da intervenção

Em junho, o chefe de Gabinete da intervenção federal deixou o cargo. O general Mauro Sinott Lopes era o braço direito do general Walter Souza Braga Netto. Ele foi substituído por Paulo Roberto de Oliveira, que já era chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Leste.


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