“Assumo a responsabilidade total e pessoal pelas maneiras que abordei um tema que, sem que eu soubesse até recentemente gerou desconforto em algumas pessoas”, disse Franks, um dos congressistas mais conservadores da Câmara, através de um comunicado.
“Quero deixar uma coisa completamente clara. Absolutamente nunca intimidei fisicamente, coagi ou tentado fazer, nenhum tipo de contato sexual com nenhum funcionário meu no Congresso”, acrescentou.
Trent Franks fez este esclarecimento “dada a natureza de numerosas acusações e informações (de assédio sexual) em todo os Estados Unidos nas últimas semanas”.
Deputado pelo Arizona desde 2003, Franks confessou em seu comunicado que sua esposa e ele enfrentaram problemas de fertilidade e sofreram três abortos, então eles já recorreram a uma barriga de aluguel para conceber aos seus dois filhos, que são gêmeos e nasceram em 2008.
Depois disso, “continuamos com o desejo de ter pelo menos mais um filho. Devido à minha familiaridade e experiência com o processo de sub-rogação, claramente me tornei insensível em como a conversa de um tema tão pessoal poderia afetar outros”, afirmou.
Antes do anúncio de sua renúncia, que entrará em vigor no próximo dia 31 de janeiro, o Comitê de Ética da Câmara tinha anunciado a abertura de uma investigação contra ele por “participar de uma conduta que constitua assédio sexual”.
Precisamente nesta quinta, o senador democrata Al Franken também anunciou sua renúncia, após ser acusado de beijar e tocar pelo menos oito mulheres sem seu consentimento.
No início desta semana, outro congressista democrata, John Conyers, anunciou que não tentará a reeleição nas eleições de 2018, após mais de 50 anos no Legislativo por outra série de acusações de abuso sexual.
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