“Fiz um apelo em nome da unidade do partido para que o senador Tasso Jereissati continue como presidente do partido e conduza aquilo que é essencial: uma grande discussão do programa partidário, junto com vários setores da sociedade civil, para que o PSDB volte a representar o que sempre representou e foi essencial ao País”, afirmou Aécio Neves .
Segundo os tucanos, a ideia é que o PSDB antecipe para o fim do ano a renovação do programa do partido e as convenções municipais e estaduais da legenda. Pelo cronograma acertado, inclusive com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, os peessedebistas querem fazer até dezembro a convenção nacional do PSDB para renovação de toda a direção e para apresentação do pré-candidato tucano à presidência da República em 2018.
Apoio ao governo
Defensor da saída do PSDB da base do governo Temer, Tasso Jereissati disse que o partido, que está no comando de quatro ministérios, não faz questão dos cargos. “Se o presidente da República quiser tirar todos os nossos ministros é problema dele. O partido não faz questão desses ministérios, que fique bem claro”, ressaltou.
Apesar disso, Jereissati declarou apoio às reformas que estão sendo discutidas. “Nós vamos continuar, independentemente de qualquer coisa, aprovando todos aqueles projetos que são do interesse do país. Como, por exemplo, a reforma da Previdência, reforma política, reforma tributária, como nós fizemos até hoje. O que nós não precisamos é de cargo para fazer isso”, disse destacando que nessas matérias os tucanos devem ter “votos homogêneos e maciços”.
Delação da JBS
Questionado se a decisão de manter-se licenciado da presidência do PSDB tem relação com as denúncias vinculadas à delação premida do dono da JBS, Joesley Batista, Aécio desconversou. “Essa questão está sendo tratada na Justiça”, afirmou.
Nas investigações, o senador foi gravado negociando com Joesley o recebimento de R$ de 2 milhões, entregues a seu primo Frederico Pacheco, que cumpre prisão domiciliar. Na última segunda-feira (31), Aécio Neves teve um novo pedido de prisão feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
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