A jovem Kaylee Moats, de 22 anos, descobriu no final de sua adolescência, aos 18 anos, que sofria de agenesia Mülleriana, uma rara síndrome que a fez nascer sem útero, ovários e canal vaginal. Kaylee foi diagnosticada após procurar ajuda porque sua primeira menstruação ainda não havia acontecido.
"Eu fiquei de coração partido e confusa quando o médico me disse que ele não viu meu útero no ultrassom. Fiquei assustada sobre o futuro porque eu percebi que não poderia ter meus próprios filhos um dia", contou Kaylee em entrevista ao Mirror.
Como o primeiro exame que Kaylee fez foi o ultrassom, ela ainda não sabia que não tinha canal vaginal, mas ao realizar os outros exames para identificar qual era o problema a jovem acabou descobrindo. "Isso foi ainda pior, porque eu já tinha aceitado que não engravidaria, mas isso me trouxe outra série de preocupações", contou.
"Eles não tinham checado minha vagina ainda, então eu fiz minha própria pesquisa e percebi que tinha a pele ondulada onde deveria ser o furo. Fui até a minha mãe e disse: 'Eu não vejo uma abertura!'. Nós duas começamos a chorar", relembrou Kaylee de quando fez um autoexame e percebeu que não tinha a parte interna da vagina - mulheres com essa síndrome podem ter desde nenhuma abertura, até um mínimo de profundidade vaginal de 3,5 centímetros.
Namorando há quatro meses, ela contou que no início se sentiu muito insegura a respeito de sua condição, pois acreditava que Robbie Limmer, seu namorado, não saberia lidar.
"Demorei um mês para contar a ele. Ele ficou confuso no começo mas me apoiou e disse que isso não mudaria a forma como me via. Ele não foca na parte sexual do nosso relacionamento porque não podemos fazer nada, já que eu não tenho o mínimo de profundidade vaginal", contou a jovem, que agora procura uma forma cirúrgica para poder iniciar sua vida sexual.
Os médicos deram a Kaylee quatro opções de cirurgia. No entanto, o procedimento é considerado estético e, portanto, não é coberto pelo seguro de saúde.
Desde então, Amanda, irmã de Kaylee criou uma página de financiamento coletivo para arrecadar o equivalente a 47,827 mil reais, que deve cobrir os gastos da cirurgia. "Conseguir a cirurgia vai me ajudar a me sentir normal e ter todo o direito sobre meu próprio corpo como qualquer outra garota. Não quero esconder essa parte da minha vida. A parte que será arrumada", completou Kaylee.
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