sexta-feira, 30 de junho de 2017

Aécio é Inocente/George Pell/Cristão bate em Muçulmana com Bacon

O Desafio Fatal.

Ministro Marco Aurélio Mello derruba afastamento de Aécio Neves

Resultado de imagem para aecio rindoO ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou nesta sexta-feira (30) o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) das funções parlamentares. Com isso, Aécio poderá retomar as ativades no Senado.
Na mesma decisão, o magistrado negou um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) para prender o senador.
Aécio havia sido afastado em maio por determinação do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, após a Operação Patmos, fase da Lava Jato baseada nas delação da JBS. A Procuradoria Geral da República apontou risco de o senador usar seu poder para atrapalhar as investigações e havia pedido a prisão de Aécio. No entanto, Fachin entendeu que a Constituição proibia a prisão do parlamentar e determinou o afastamento.
Ponto a ponto: saiba o que os delatores da JBS disseram sobre Aécio
O caso de Aécio ficou com o ministro Marco Aurélio após Fachin fatiaras investigações da delação da JBS. A defesa de Aécio havia entrado com um recurso no tribunal e desde então ele aguardava uma decisão para saber se poderia retomar as atividades de senador.
O ministro também derrubou outras restrições aplicadas ao senador, como a proibição de falar com outras pessoas investigadas junto com Aécio – como sua irmã, Andrea Neves – e também de deixar o país.
Ao atender pedido da defesa, Marco Aurélio reproduziu voto que daria numa sessão do último dia 20, quando a Primeira Turma do STF decidiria, de forma conjunta, por cinco ministros, a situação do senador. No entanto, a turma não definiu o caso.
Em vez de aguardar a deliberação colegiada, o que poderia ocorrer só em agosto, em razão do recesso do Judiciário em julho, Marco Aurélio decidiu sozinho nesta sexta.
Mais cedo, ao deixar a última sessão do STF no semestre, Marco Aurélio foi questionado por jornalistas sobre o pedido da PGR para prender o senador. O ministro foi indagado sobre a questão ser deixada para agosto, em razão do recesso.
“Que tal o retorno dele à cadeira de senador?”, respondeu o ministro. Naquele momento, ainda não tinha sido divulgada a decisão de Marco Aurélio sobre derrubar o afastamento de Aécio. A decisão se tornou pública minutos depois.

O que diz o senador

Desde que foi afastado do mandato parlamentar, Aécio Neves tem divulgado notas à imprensa e vídeos na internet para rebater as acusações dos delatores da JBS.
O tucano já disse, por exemplo, que irá provar o "absurdo dessas acusações" e o "equívoco das medidas" contra ele. Aécio também já afirmou que buscará resgatar "a honra e a dignidade" que ele diz ter.

Parlamento aprova casamento gay na Alemanha

Parlamento da Alemanha aprovou nesta sexta-feira (30) um projeto de lei que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A aprovação acontece menos de uma semana depois de a chanceler alemã, Angela Merkel, que votou contra, liberar os integrantes do seu partido para votar de acordo com sua convicções.


Mulheres se abraçam em manifestação em frente ao Portão de Brandenburg, em Berlim, nesta sexta-feira (30) (Foto: Tobias Schwarz / AFP)A nova lei, que precisa ser ratificada pela Câmara Alta do Parlamento para entrar em vigor, o que deve acontecer até o fim do ano, concederá aos casais homossexuais o direito à adoção.
O projeto de lei foi aprovado por 393 deputados, integrantes de três partidos de esquerda representados na Câmara Baixa do Parlamento - social-democratas, Verdes e esquerda radical - e parte dos deputados da ala conservadora de Angela Merkel, segundo a France Presse.
Entre os deputados conservadores, 226 votaram contra o projeto, incluindo Merkel. Porém, a chancelere, que buscará um quarto mandato na eleição nacional no dia 24 de setembro, ponderou: "Eu espero que a votação de hoje não apenas promova respeito entre as diferentes opiniões, mas também traga mais coesão social e paz", de acordo com a Reuters."Para mim, o casamento é, segundo nossa Constituição, uma união entre um homem e uma mulher. Por isto votei contra o projeto de lei", afirmou Merkel à imprensa.

Na segunda-feira (29), a chanceler declarou em uma entrevista que estava disposta a permitir que os deputados de seu partido conservador, União Democrata Cristã (CDU), votassem de acordo com sua consciência sobre a questão, ou seja, sem uma determinação partidária.
Berlim aprovou em 2001 uma união civil que concede os mesmos direitos que o casamento, com exceção de algumas vantagens fiscais ou no que diz respeito à adoção.
Quando passar a vigorar a nova lei, a Alemanha se unirá assim aos 20 países ocidentais, entre eles 13 europeus, que já legalizaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Um dos homens mais importantes do Vaticano é indiciado por pedofilia

Resultado de imagem para pellUm dos homens mais importantes do Vaticano, o tesoureiro George Pell, foi indiciado na Austrália por abuso sexual de menores.
O cardeal australiano, George Pell, de 76 anos, responsável pela economia do Vaticano e chamado pelo Papa Francisco no início do seu pontificado para moralizar as finanças da Cidade-Estado, é a maior autoridade vaticana a ser envolvida num escândalo de abuso sexual de menores.
Os supostos crimes teriam acontecido entre as décadas de 1970 e 1980, na sua cidade australiana, Ballarat, quando ele era sacerdote.
Contra ele, pesa também a suspeita de ter protegido padres pedófilos, quando era arcebispo em Melboune, de 1996 a 2001.
George Pell não foi à missa nesta quarta-feira (29), celebrada pelo Papa Francisco com cardeais para marcar o Dia de São Pedro e São Paulo. Em entrevista na sala de imprensa, Pell negou veementemente as acusações e disse que vai para a Austrália para se defender e provar a sua inocência.
O porta-voz do vaticano, Greg Burk, informou que o papa afastou o cardeal até que tudo seja esclarecido e deu permissão para que ele vá à Austrália acompanhar o processo. O cardeal deve se apresentar ao Tribunal de Melbourne no dia 18 de julho.
Há alguns anos foi constituída até uma comissão parlamentar de inquérito na Austrália para investigar denúncias de pedofilia dentro da igreja.

A notícia não pegou o Vaticano de surpresa porque o processo já tinha mais de dois anos, representa uma mancha e uma preocupação enormes. O cardeal George Pell é o terceiro na hierarquia vaticana, abaixo apenas do secretário de estado e do papa.

Temer teve encontro fora da agenda à noite na casa de Gilmar Mendes

Resultado de imagem para temer e gilmar rindoO presidente Michel Temer se reuniu nesta terça-feira (27) à noite, fora da agenda oficial, com o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Também participaram do encontro os ministros Moreira Franco (Secretaria Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil).

Procurado, o Palácio do Planalto confirmou o encontro e disse que eles trataram de reforma política. 

O encontro, sem divulgação, ocorreu na véspera da escolha de Raquel Dodge para a Procuradoria-Geral da República e da sessão do STF sobre a validade da delação da JBS. 

Três fontes da GloboNews disseram à reportagem que a sucessão de Rodrigo Janot foi discutida no encontro.

O Planalto não comentou se o tema foi discutido, mas não explicou por que o encontro não foi divulgado.

Segue a nota do Planalto: "O presidente Michel Temer marcou o jantar com o ministro Gilmar Mendes para discutir Reforma Política. Ao saberem do encontro, os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco resolveram participar".

O encontro repercutiu no Congresso. O senador Randolfe Rodrigues (AP), líder da Rede, disse que o encontro não foi republicano.

"Do mais alto mandatário da nação, se espera principalmente que ele não utilize o cargo como habeas corpus. O que ocorre é que hoje o presidente da República utiliza o seu cargo não mais para liderar o país, mas como habeas corpus atrás da imunidade que o cargo possui. Por parte de um ministro do Supremo Tribunal Federal, se espera que ele se abstenha de qualquer contato com alguém, que provavelmente será réu no Supremo Tribunal Federal", afirmou o senador.

O deputado Carlos Marun (MS), do PMDB, partido de Temer, não vê problema no encontro.

"Eu vejo como absolutamente normal que o presidente da República e o ministro do Supremo, presidente do tribunal superior, conversarem a respeito de temas relevantes para o país, inclusive a reforma política, que é uma necessidade. O parlamento discute isso, o país discute e nós temos que aprovar as novas regras eleitorais nos próximos meses. Então, vejo com absoluta normalidade a realização desse encontro", disse. 

Por meio de sua assessoria de imprensa, Gilmar Mendes afirmou que o tema do encontro foi reforma política, já que o ministro também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Gilmar Mendes disse que não vai comentar críticas a respeito desse encontro.

PF conclui perícia no Alvorada após jovem invadir palácio e ser parado a tiros

Polícia Federal concluiu a perícia no Palácio da Alvorada após um adolescente invadir com um carro a residência oficial da Presidência e só ser parado a tiros, na noite desta quarta-feira (28). Ele ficou sob a guarda do Exército, que faz a segurança da área, até ser detido pela PF. O veículo deve ser rebocado ainda nesta quinta.
Imagens mostram que o carro acabou entrando na garagem interna do palácio, quebrando vidros do prédio. Até a última atualização desta reportagem, não havia informação sobre a identidade do rapaz e se ele continuava detido.
Segundo militares do Exército que faziam a guarda, o jovem parou em frente ao portão do Alvorada. Quando a segurança chegou perto, ele acelerou o carro e derrubou uma das grades. Os homens então atiraram contra o motorista, que invadiu a área restrita e andou por todo o gramado.
Barreiras de concreto que impedem acesso ao palácio não estavam erguidas na guarita. Isso porque elas são levantadas normalmente às 22h, sendo que o caso ocorreu por volta das 19h. 

Temer comemora resultado da reforma trabalhista

Temer comemorou o resultado da reforma trabalhista no SenadoO presidente Michel Temer estava no Palácio do Jaburu acompanhando a votação da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e comemorou o resultado. "Os 16 a 9 votos na CCJ do Senado na Modernização Trabalhista comprovam que a base do governo continua firme e forte", disse ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Já o ministro-chefe da Secretaria Geral, Moreira Franco, resumiu o momento dizendo que, com este novo passo, na CCJ, "as mudanças necessárias para que o Brasil supere a maior crise econômica de nossa história avançam". Para o ministro "este é o caminho que seguiremos sem vacilações pois é o caminho para recuperar os empregos e renda do povo trabalhador brasileiro".
O Palácio do Planalto já vinha considerando o dia positivo desde mais cedo. Primeiro, com a repercussão da dura fala de Temer na véspera, em reação à decisão do procurador Geral da República, Rodrigo Janot, de denunciá-lo. O apoio dos parlamentares no dia anterior e a romaria de deputados e senadores durante a quarta-feira sinalizavam que o presidente estava no caminho certo, informavam interlocutores, que já consideravam que o peemedebista tinha "saído das cordas".
Disseram, por exemplo, que deputados e senadores pediam cópia do pronunciamento de Temer, do dia anterior, que serviria de embasamento para a defesa do governo e deles próprios, para votar a favor do presidente, em suas bases.
"A onda está virando", comentou um outro assessor palaciano, ao listar resultados positivos de ontem. Nas redes sociais, a repercussão era considerada muito boa porque os comentários endossavam as críticas de Temer a Janot, principalmente condenando o acordo que beneficiou o empresário Joesley Batista, da JBS.
Outra vitória do governo foi a saída de Renan Calheiros da liderança do PMDB. Também foi considerado dado positivo o ministro do STF Edson Fachin não ter concedido os 15 dias que Janot queria para Temer se defender no Supremo, o que consideram apenas mais uma manobra do procurador para postergar a tramitação da denúncia.
Temer continua com pressa para votar e derrubar a proposta. Está convencido de que tem os votos necessários para rejeitar a denúncia. A nomeação de Raquel Dodge, a primeira mulher a assumir o cargo de procuradora-geral da República também foi considerada uma boa nova.
Por fim, agradou o numero de votos maior do que o esperado pelo governo, que chegou a pensar que poderia ser pelo apertado placar de 14 a 12. Depois de um mês de bombardeio dia pós dia, o presidente, de acordo com auxiliares, poderia dormir aliviado. Mas tanto Temer, quanto seus assessores sabem que novos retardos estão sendo preparados por Janot — e muitas outras batalhas terão de ser vencidas.

Polícia Civil do RJ deflagra megaoperação para prender 96 PMs e 70 traficantes

A Polícia Civil realiza uma megaoperação na manhã desta quinta (29) para prender 96 policiais militares, 70 traficantes e outros criminosos suspeitos de integrarem um esquema de corrupção em São Gonçalo, Região Metropolitana do estado.
Quase uma centena de policiais que já esteve, e está, nas fileiras do efetivo do 7º BPM (São Gonçalo) é acusada pela polícia de fazer parte de um esquema de recebimento de propina que rendia, mais ou menos, R$ 1 milhão por mês aos militares.
A operação para prender os envolvidos, batizada de Calabar, contou com 800 agentes e 110 delegados, que deixaram a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, Zona Norte da cidade, às 5h. Por volta das 6h30, já havia policiais militares presos. A ação é, segundo a polícia, a maior da história relativa a casos de corrupção envolvendo PMs e traficantes.Os policiais que forem presos irão responder por organização criminosa e corrupção passiva. Já os bandidos respondem por tráfico, organização criminosa e corrupção ativa. O nome Calabar é uma referência a Domingos Fernandes Calabar, considerado o maior traidor da história do país.
A investigação mostra que os PMs atuavam como "varejistas do crime" e chegavam a ofertar serviços diversos a traficantes. Por exemplo, os militares escoltavam os chamados "bondes" de criminosos de um local a outro, e até alugavam armas da corporação, incluindo fuzis, aos traficantes.

Uma das conclusões do inquérito é que todas as semanas, de quinta-feira a domingo, as viaturas do batalhão circulavam por ruas de São Gonçalo exclusivamente para recolher o "arrêgo" que, no jargão, é a quantia paga por criminosos a policiais para não atrapalhar os negócios de bandidos. O valor cobrado pelos PMs variava entre R$ 1,5 mil e R$ 2,5 mil para cada equipe de policiais que estava de plantão.
Agentes que investigaram o esquema estimam que a venda de favores e cobrança de dinheiro a traficantes rendesse, pelo menos, R$ 350 mil por semana aos PMs, que estavam no Grupamento de Ações Táticas (GAT), Patrulha Tático Móvel (PATAMO), Serviço Reservado (P-2), do Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) e Ocupação (uma espécie de "UPP" de São Gonçalo).O esquema foi descoberto há quase um ano pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG). A primeira pista do esquema surgiu a partir da prisão de um dos suspeitos apontado como responsável por recolher a propina para os policiais.
O resultado só foi possível graças ao trabalho de escuta de agentes, que identificou dois mil diálogos entre PMs e traficantes considerados "chaves" pela polícia para elaborar o inquérito e indiciar os suspeitos. Para chegar ao resultado, policiais da especializada interceptaram mais de 250 mil ligações.

PMs buscavam dinheiro em favelas

Para não levantar suspeita, os PMs escolhiam pessoas "de confiança" para os serviços de "recolhe". Estas pessoas também recebiam dinheiro e falavam diretamente com os traficantes.
No entanto, várias vezes, os próprios militares buscavam as quantias nas comunidades, fardados ou à paisana. A propina, então, era distribuída em pelo menos sete bairros de São Gonçalo. O valor era pago pelos "atravessadores" em vários pontos: nas próprias DPOs, em padarias, viadutos ou até mesmo dentro do alojamento do batalhão.
Justamente por isso, ocorreu uma devassa no 7ºBPM (Alcântara), alvo de mandados de busca e apreensão. Lá serão presos pelo menos 12 policiais que vão estar de plantão. Outros oito já transferidos para o 12º BPM (Niterói) e serão presos na unidade.

Investigação teve início há mais de um ano

O trabalho de investigação, que também contou com o apoio do Gaeco do Ministério Público, foi iniciado a partir da morte de um policial reformado na Avenida do Contorno, em fevereiro de 2016.
Na ocasião, agentes da delegacia, que faziam um local de crime, desconfiaram de um veículo suspeito, que passou pelo viaduto diversas vezes. Após abordagem, foram apreendidos com o suspeito cerca de 28 mil reais em espécie, relativos ao pagamento de propina de traficantes a policiais do 7º BPM (São Gonçalo).O suspeito aderiu à delação premiada (algo inédito no âmbito de segurança) e detalhou o esquema que envolvia centenas de policiais em mais de 50 comunidades do município. A principal testemunha foi incluída no sistema de proteção à vítima e testemunha.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Temer escolhe Raquel Dodge para suceder Janot no comando da PGR

presidente Michel Temer escolheu nesta quarta-feira (28) a procuradora Raquel Dodge para o comando da Procuradoria Geral da República, em substituição ao atual procurador-geral, Rodrigo Janot. O mandato de Janot à frente da PGR termina em setembro.
Subprocuradora da República Raquel Dodge, em imagem da semana passada (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)O nome de Raquel Dodge foi anunciado pelo porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, em pronunciamento no Palácio do Planalto que durou 22 segundos (leia o perfil da procuradora ao final desta reportagem).
Ela foi a segunda procuradora mais votada na lista tríplice enviada a Temer pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
"O presidente da República escolheu na noite de hoje a subprocuradora-geral da República, dra. Raquel Elias Dodge para o cargo de procuradora-geral da República. A dra. Raquel Dodge é a primeira mulher a ser nomeada para a Procuradoria Geral da República", afirmou Parola no pronunciamento.
Com a indicação, Raquel Dodge será submetida a sabatina no Senado e precisará ter a indicação aprovada pelos senadores antes de ser oficializada no cargo. Caso seja aprovada, ela tomará posse em setembro, no lugar de Janot.

Tradição

Ao anunciar o nome da procuradora, Temer quebrou a tradição de indicar o nome mais votado na lista tríplice enviada pela ANPR ao Palácio do Planalto.
A lista é elaborada por meio de eleição interna entre os membros da ANPR. Raquel Dodge recebeu 587 votos e foi a segunda mais votada na lista, atrás do atual vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, que recebeu 621 votos.
Desde 2003, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de não ser obrigado, o presidente indica para o cargo o nome mais votado da lista.
Em maio de 2016, quando assumiu a Presidência da República, Temer disse que manteria a tradição de escolher o nome mais votado na lista tríplice.

O que está em jogo

O substituto de Janot chefiará, pelo período de dois anos, o Ministério Público da União, que abrange os ministérios públicos Federal, do Trabalho, Militar, do Distrito Federal e dos estados.
Cabe ao procurador-geral da República representar o MP junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele também desempenha a função de procurador-geral Eleitoral.
No STF, o PGR tem, entre outras prerrogativas, a função de propor ações diretas de inconstitucionalidade e ações penais públicas.
Cabe ao PGR, por exemplo, pedir abertura de inquéritos para investigar presidente da República, ministros, deputados e senadores. Ele também tem a prerrogativa de apresentar denúncias nesses casos.
O PGR pode ainda criar forças-tarefa para investigações especiais, como é o caso do grupo que atua na Lava Jato. Também pode encerrá-las ou ampliá-las.
O próximo PGR terá ainda a tarefa de conduzir as investigações da Lava Jato que envolvem políticos com foro privilegiado.

Perfil

A procuradora Raquel Dodge está no Ministério Público Federal desde 1987. Atualmente, atua junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em processos da área criminal. Também possui experiência em assuntos relacionados à defesa do Consumidor.
É conselheira do Conselho Nacional do Ministério Público e atuou na operação Caixa de Pandora e na equipe que investigou o chamado Esquadrão da Morte.
Em entrevista ao Blog do Matheus Leitão, ela afirmou que pretende aperfeiçoar o trabalho desenvolvido nos últimos três anos na Operação Lava Jato e disse que atuará para dar celeridade às decisões relacionadas ao caso.

Renan dispara metralhadora giratória, ataca Temer e deixa liderança do PMDB

Resultado de imagem para renanBrasília – Desde que Renan Calheiros (AL) assumiu a liderança do PMDB no Senado, a posição dele era vista como risco de combustão constante entre os peemedebistas e aliados do governo. Renan sempre teve divergências internas com Michel Temer, com quem disputou a presidência do partido. E suas declarações contrárias às tramitações das reformas trabalhista e da Previdência aumentaram os atritos entre o senador e seus colegas. Na tarde desta quinta-feira (28), Renan ocupou o plenário para renunciar ao cargo de líder. Mas continuou disparando sua metralhadora giratória, ao dizer que sai da liderança porque não quer ser “uma marionete”.
Ele argumentou que procurou atuar “com dignidade e pelos objetivos do país”. Mais uma vez, bancou um confronto direto com o Palácio do Planalto.
O estopim da saída de Renan Calheiros, que já tinha sido alvo de reunião da bancada do PMDB sobre sua permanência no cargo, recentemente (decisão na qual os peemedebistas decidiram que continuasse), foi uma briga protagonizada na noite de ontem com o atual líder do governo no Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR).
A discussão, também no plenário, passou por críticas de Jucá a posições do líder da legenda de trocar integrantes de comissões para favorecer votos contrários à reforma trabalhista a, até mesmo, sugestões de Renan para que o Senado reveja sua pauta futura, diante da denúncia formalizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Temer pelo crime de corrupção passiva.
“Esse atrito constante chegou ao limite. Ele não tem mais condições de ocupar a liderança do PMDB”, disse Jucá a colegas ontem, ao sair do plenário. Desde o início desta quarta-feira, aliados da legenda e até de outros partidos tentaram costurar uma conciliação. Renan não quis. 

'Libertação'

A posição do senador contra o governo não é nova, mas no discurso de renúncia ele chamou a atenção, principalmente, pelo tom forte com que acusou Temer – ao dizer que o presidente vinha se submetendo “aos desmandos do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso”. “A renúncia me liberta de uma âncora pesada e injusta. Me afasto para expressar meu pensamento e exercer minha função com independência”, afirmou.
Foi uma decisão anunciada, mas que pegou de surpresa parte dos parlamentares, que não esperavam a saída de forma tão agressiva. O gesto de Renan  provoca ainda mais fragilidade no apoio a Temer no Congresso. Principalmente pelo fato de, desta vez, a divergência ser observada dentro do seu próprio partido.

Igreja evangélica em Parnamirim é proibida de fazer “poluição sonora”

Denúncia contra Temer dá força a nova onda de pressão no PSDB

Michel TemerA denúncia apresentada pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer nesta segunda-feira, 26, ao Supremo Tribunal Federal reforçou o movimento de parte da bancada do PSDB na Câmara dos Deputados pelo desembarque do partido do governo.
Apesar do esforço do Palácio do Planalto para manter os tucanos, que comandam quatro ministérios, ao seu lado, o presidente não deverá ter o apoio em bloco da legenda na votação da admissibilidade de denúncia no plenário da Câmara.
Para ser aprovada, a solicitação para a instauração do processo precisa do apoio de 342 dos 513 deputados da Casa. Se ficar admitida a acusação, após a aprovação do parecer, será autorizada a instauração do processo no Supremo.
A reportagem ouviu 31 dos 46 integrantes da bancada do PSDB. Destes, 15 afirmaram que votarão pela admissibilidade da denúncia, sete contra e nove se disseram indecisos ou não quiseram opinar. Parte desse grupo prefere manter o posicionamento em sigilo por ora, mas muitos já falam abertamente.
“Vou votar favoravelmente. Não cabe à Câmara dos Deputados impedir a admissibilidade (da denúncia). O PSDB precisa de uma atitude independente em relação ao governo Temer”, afirmou o deputado Eduardo Barbosa (MG).
A reportagem apurou ainda que, dos sete tucanos que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde será realizada a primeira etapa do processo, pelo menos cinco tendem a votar contra o governo.
Consulta
O líder do PSDB na Câmara, deputado Ricardo Tripoli (SP), disse que avisou a cúpula do partido de que vai consultar a bancada e votará com a maioria. A interlocutores, porém, ele sinalizou que não pretende articular nenhum movimento em defesa do Planalto.
Aliado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o deputado Silvio Torres (SP), secretário-geral do PSDB, reconheceu que o ambiente mudou desde a reunião ampliada da executiva tucana no dia 12 que decidiu pela permanência no governo.
Em caráter reservado, até mesmo os mais conhecidos defensores de Temer na bancada declararam que o desembarque do partido da base do governo é uma “questão de tempo”.
A mudança de discurso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que passou a defender a renúncia de Temer, enfraqueceu o discurso dos tucanos mais alinhados com o Planalto.
O PSDB comanda, atualmente, quatro pastas na Esplanada dos Ministérios: Cidades (Bruno Araújo), Relações Exteriores (Aloysio Nunes Ferreira), Direitos Humanos (Luislinda Valois) e Secretaria de Governo (Antonio Imbassahy). Destes, Imbassahy e Nunes são os mais engajados em manter o PSDB no governo. O presidente licenciado do PSDB, senador afastado Aécio Neves (MG), também faz parte do grupo que pressiona o partido para permanecer ao lado de Temer.
Carta. Essa ala “pró-permanência” no governo no tem ainda o reforço do Instituto Teotônio Vilela, braço teórico do PSDB que é presidido pelo suplente de senador e ex-secretário estadual José Aníbal (SP).
Em uma “carta de formulação e mobilização política” divulgada nesta terça-feira, 27, o instituto disse que a eventual queda de Temer atende “às preces dos narradores do petismo”.
O mesmo documento faz coro com a defesa de Temer e afirma que não há, pelo menos por ora, “uma prova inconteste, uma evidência acachapante ou um depoimento irrefutável que leve a uma condenação inequívoca”.

Ataque com helicóptero ao Supremo agrava crise na Venezuela

Resultado de imagem para ataque na venezuelaInspetor da polícia furta aeronave, dispara tiros e lança granadas sobre prédios governamentais em Caracas. Governo investiga vínculos com a CIA, e Maduro classifica ato de "terrorista e golpista".Granadas foram disparadas contra o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela, e tiros foram disparados contra o Ministério do Interior num ataque realizado nesta terça-feira (27/06), em Caracas, a partir de um helicóptero sequestrado. Não forO presidente do país, Nicolás Maduro, classificou o incidente de uma tentativa "terrorista e golpista". O governo investiga possíveis vínculos com a Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA.
O ministro da Comunicação e Informação, Ernesto Villegas, afirmou que o helicóptero foi furtado da base militar de La Carlota, em Caracas, por um inspetor adstrito à divisão de transporte aéreo da polícia científica (CICPC), identificado como Óscar Pérez.
Em discurso, transmitido obrigatoriamente pela rádio e televisão, Villegas afirmou que a aeronave sobrevoou a sede do Ministério do Interior, no centro da capital, e "efetuou cerca de 15 disparos contra o edifício", enquanto no terraço decorria uma recepção com cerca de 80 pessoas.
O helicóptero seguiu depois para o Supremo Tribunal, "onde foram efetuados disparos e lançadas pelo menos quatro granadas, de origem colombiana e fabricação israelense, das quais uma não explodiu e foi recolhida", disse o ministro.
Villegas sublinhou que as Forças Armadas e as instituições de segurança do Estado foram destacadas para capturar o autor do duplo ataque e recuperar a aeronave, exortando os cidadãos a comunicar qualquer informação que tenham sobre o paradeiro do helicóptero e de Pérez.
Pérez foi fotografado a bordo do helicóptero com uma faixa na qual se lia "350 liberdade", alusão ao artigo da Constituição venezuelana que convoca a abnegar "qualquer regime" que viole garantias democráticas. Posteriormente, Pérez publicou no Instagram vídeos nos quais pede a renúncia de Maduro.
"Somos um agrupamento de militares, policiais e civis em busca de equilíbrio e contra este governo transitório criminal. Não pertencemos a nenhuma tendência política ou partidária. Somos nacionalistas, patriotas e institucionalistas", diz um trecho da mensagem de Pérez.
Conspiração da CIA?
O governo venezuelano afirmou que o incidente se trata de uma ação conspiratório executada pelos Estados Unidos. De acordo com Villegas, estes ataques são parte de uma "escalada golpista contra a Constituição e suas instituições".
Ele afirmou que Pérez está sendo investigado por seus "vínculos com CIA" e a embaixada dos EUA, "assim como seus vínculos com um ex-ministro do Interior, que recentemente confirmou publicamente seus contatos com a CIA", disse Villegas, referindo-se a Miguel Rodríguez Torres, que tem se manifestado contra o governo chavista.
Segundo Caracas, Pérez é piloto de Torres. O ex-ministro acusou de "falso" o documento publicado por uma mídia pró-governo que lhe relaciona à agência de inteligência americana.
Maduro ameaça pegar em armas
Mais cedo, antes do ataque com o helicóptero, Maduro disse que o chavismo deveria ir às armas para fazer o que não pode ser feito com votos, caso haja risco de a revolução bolivariana ser destruída.
"Se a Venezuela afundar no caos e na violência, se a revolução bolivariana for destruída, nós iríamos ao combate, nós jamais nos renderíamos e faríamos com as armas o que não se pode fazer com os votos. Libertaríamos nossa pátria com as armas", disse Maduro,durante ato político em Caracas.
O presidente pediu que o mundo escute esse alerta, transmitido em cadeia de rádio e televisão estatal, depois de três meses de protestos que deixaram 76 mortos, e afirmou que seu governo é a "única opção" de paz no país. "Que ninguém se engane: queremos a paz, somos homens e mulheres de paz, mas somos guerreiros", completou Maduro.
O líder da oposição Henrique Capriles disse que, com essa declaração, Maduro "declarou guerra" aos venezuelanos.am registrados feridos.