O ato começou por volta das 15h, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) e ocupou os quarteirões próximos ao prédio. O coordenador do MTST, Guilherme Boulos, disse que a PEC é um atentado ao povo brasileiro e que a declaração de Temer neste domingo, sobre a intenção de barrar a emenda da anistia ao caixa 2 é uma hipocrisia. "É a velha história de roubar a carteira e gritar 'pega ladrão'. Foram eles que criaram tudo isso", disse. Mais cedo, Temer e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciaram um acordo entre o Legislativo e o Executivo para impedir a anistia.
Além de Boulos e Freitas, participaram do ato o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), os deputados Ivan Valente e Luiza Erundina (Psol), a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, e o vereador eleito de São Paulo Eduardo Suplicy (PT).
Após a concentração, os manifestantes seguiram até a rua da Consolação e encerraram o ato na Praça Roosevelt, região central da capital paulista. Um das coordenadoras da mobilização, Natália Szermeta disse que a PEC 55, se aprovada, poderá "destruir direitos trabalhistas e sociais" e por isso é alvo de protesto. Entre os manifestantes, estava a estudante do ensino médio Ana Júlia curtis Tavares, 16 anos. “Vim aqui porque sou contra essa medida [PEC 55] que vai tirar os direitos de quem tem poucos direitos já conquistados. Vamos ter um retrocesso”, avaliou. José Tenório da Silva Filho, 39 anos, integrante do MTST, decidiu se juntar ao protesto para cobrar o direito à moradia. “Há cinco anos estou aguardando isso.”
Os manifestantes também fizeram um minuto de silêncio em homenagem a Fidel Castro, líder da revolução cubana, que morreu ontem (26), e logo em seguida gritaram "Viva Fidel".
A Polícia Militar de São Paulo não divulgou estimativa de público da manifestação.
Com informações de agências
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