A reivindicação da autoria do ataque à Nice apareceu cerca de 30 horas depois do atentado. O comunicado foi publicado hoje de manhã por uma agência de notícias mantida pelo Estado Islâmico. Ela dizia que o autor da operação em Nice agiu em resposta aos apelos do grupo para atacar cidadãos de países que fazem parte da coalizão internacional, que bombardeia locais tomados pelo grupo na Síria e no Iraque.
Segundo autoridades francesas, o comunicado não mudou o rumo das investigações que tentam definir como e por que Mohamed Bouhlel conseguiu alugar um caminhão e arremessá-lo contra as 30 mil pessoas que festejavam o Dia Nacional da França, na avenida Passeio dos Ingleses, emNice, na quinta-feira à noite.
O ministro do interior, Bernard Cazeneuve, afirmou hoje que Bouhlel não era conhecido do Serviço de Informações Francês porque não tinha nada de relevante contra ele. Nem em relação a crimes comuns nem sobre alguma adesão a ideologias radicais, mas que parece que ele teria se radicalizado muito rapidamente. Essa informação foi obtida a partir do depoimento de uma pessoa detida pela polícia.A polícia deteve e interrogou até agora cinco pessoas ligadas a Bouhlel. Em uma entrevista à agência Reuters, uma irmã dele afirmou que Mohamed tinha problemas psicológicos e estava em tratamento há vários anos. Ela disse que tem documentos médicos que comprovam o tratamento.
Mohamed Bouhlel, de 31 anos, nasceu na Tunísia e se mudou para a França há alguns anos, onde vivia legalmente como motorista de entregas. Vizinhos da família na Tunísia e conhecidos de Nice dizem que ele não era religioso, não fazia jejum no Ramadã, como a maioria dos muçulmanos e gostava de salsa e de fazer musculação.
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