O empresário Paulo Cesar de Barros Morato foi encontrado sem vida em um motel de Olinda, em Recife, na noite desta quarta-feira, 22. A morte de Paulo ocorreu poucas horas depois dele ser considerado foragido na "Operação Turbulência". A investigação que começou a partir de uma apuração sobre o acidente aéreo que matou o então candidato à presidência Eduardo Campos, PSB, acabou ligando à um enorme esquema de corrupção e lavagem de dinheiro. Acredita-se que Paulo, por exemplo, pudesse ajudar a entender porque Campos recebeu o benefício do jatinho que o matou em 2014.
O assessor de comunicação da Polícia Federal, Giovani Santoro, disseque inicialmente o trabalho é da Polícia Civil, mas que um agente federal já foi encaminhado ao local devido a estranheza dos fatos. Ele acompanhará toda a perícia para entender como o empresário morreu. As duas principais hipóteses apontadas (não oficialmente) são de "queima de arquivo" ou "suicídio". Essa segunda opção foi dada pela advogada de Morato, Marcela Moreira Lopes, que confessou que o homem procurado pela Polícia Federal já havia dado cabo da própria vida. O homem morto, segundo uma testemunha entrevistada pelo G1, entrou no hotel de Olinda no início da tarde. A Polícia só foi chamada algumas horas depois, às 19h, quando o corpo foi encontrado sem vida no local. Um dia antes da morte do empresário, agentes federais tinham prendido quatro pessoas na mesma operação em que ele é investigado. A suspeita é que o homem morto tenha ajudado a financiar de forma ilícita a campanha de Eduardo Campos.
Amigos e familiares do ex-governador de Pernambuco negam qualquer irregularidade nas campanhas de Campos. Ele faleceu em circunstâncias que chocaram os brasileiros. Eduardo morreu um dia depois de dar uma entrevista ao vivo ao 'Jornal Nacional'. Com sua morte, quem assumiu a cabeça de chapa do PSB foi a ex-Senadora Marina Silva, hoje na Rede. A morte do ex-candidato à presidência é tratada com acidente, mas nunca foi completamente esclarecida.
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