No Congresso, a oposição avalia que as acusações feitas pelo ex-líder do governo reforçam o pedido de impeachment da presidente e já fala em incluir as novas denúncias no pedido que está em discussão na Câmara.
“Essas delações do senador Delcídio do Amaral trazem a Lava Jato para dentro do Palácio do Planalto, para o colo da Dilma e também abraçam indelevelmente o ex-presidente Lula. Acho de uma gravidade extrema e comparo essa delação do Delcídio Amaral como a do Pedro Collor para o ex-presidente Fernando Collor de Mello”, disse o deputado Pauderney Avelino - DEM/AM, líder do partido.
“Seria uma omissão imperdoável das oposições não permitir que a comissão do impeachment e o plenário da Câmara dos Deputados não se debrucem também sobre essas informações. Caberá às investigações comprovar a veracidade ou não daquilo que está hoje na revista”, argumentou o senador Aécio Neves – PSDB/MG, presidente do partido.
Já os governistas tentaram desqualificar o que foi dito por Delcidio. “Eu confio plenamente na presidenta Dilma e no presidente Lula, enquanto não aparecer, e eu tenho convicção de que não aparecerá, nenhuma prova de qualquer ato ilícito, seja da presidenta Dilma, seja do presidente Lula. Eu não vou me basear em delações”, disse o deputado Henrique Fontana - PT/RS.
O PT, que já tinha aplicado uma suspensão contra Delcídio, agora fala em expulsão. O presidente do partido se reuniu com o ex-presidente Lula e disse que as declarações de Delcídio não têm credibilidade. “Não merece nenhuma credibilidade porque nunca o presidente Lula fez qualquer tipo de tratativa como aquelas mencionadas e tampouco a presidente da república interferiu em nomeações", disse Rui Falcão, presidente do PT.
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