O suposto terrorista abatido em 7 de janeiro em frente a uma delegacia em Paris viveu em um albergue de refugiados na cidade de Recklinghausen, no oeste da Alemanha, informou o Escritório de Investigação Criminal (LKA) do estado da Renânia do Norte-Westfália.
O departamento, que iniciou uma comissão de investigação, explicou que, após receber informações das forças de segurança francesas, a polícia revistou ontem o lugar em que o suspeito estava alojado dentro do albergue.
O LKA destacou que não encontraram pistas que indiquem possíveis novos atentados, mas as investigações continuam.
Segundo a revista "Der Spiegel", o homem era considerado suspeito pelas forças de segurança regionais, mas desapareceu de Recklinghausen em dezembro.
Ele morreu baleado pela polícia francesa no dia do primeiro aniversário do massacre na revista "Charlie Hebdo", quando aparentemente pretendia atacar com uma faca uma delegacia em um dos bairros mais multiétnicos de Paris.
Segundo fontes da investigação na França, o suposto terrorista tinha jurado lealdade ao líder do Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al Bagdadi. Diversos meios de comunicação o identificaram como um jovem de 20 anos de origem marroquina.
O dominical "Welt am Sonntag", citando fontes das forças de segurança alemãs, assinalou que ele tinha se registrado na Alemanha com quatro nomes diferentes e com diversas nacionalidades - síria, marroquino e georgiana - e que tinha solicitado asilo sob o nome de Walid Salihi.
Em setembro de 2015, segundo este periódico, ele tinha desenhado na parede de um albergue de refugiados de Recklinghausen o símbolo do Estado Islâmico. O "Der Spiegel" afirmou que ele tirou fotos na residência com uma bandeira do grupo terrorista.
Em comunicado, o prefeito de Recklinghausen, Christoph Tesche, disse estar comovido com a notícia e anunciou que hoje se reunirá com as autoridades competentes para analisar a situação.
A cidade de Recklinghausen, no estado Renânia do Norte- Vestfália, na fronteira com Holanda e Bélgica, tem 115 mil habitantes.
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