O Supremo Tribunal Federal rejeitou na noite de quinta-feira (3) duas ações de deputados do PT e do PC do B para barrar o processo de impeachment contra a predidente Dilma Rousseff. O PT também tentou tentou retirar a ação, mas o ministro Gilmar Mendes recusou.
Das três ações de aliados da presidente no STF, falta decisão sobre uma. Sobre essa ação dos deputados do PT, eles pediram a desistência depois que o ministro Gilmar Mendes foi sorteado para o caso.
Os deputados disseram que precisavam fazer mudanças na ação, mas o ministro Gilmar Mendes negou essa desistência. Ele entendeu que a desistência seria uma forma de tentar burlar o sorteio. Gilmar Mendes já fez duras críticas ao governo e ao PT.
Os deputados dizem que tentaram desistir da ação porque precisavam fazer essas mudanças, mas o que se comenta é que eles tentaram fazer isso mesmo pelo sorteio de Gilmar Mendes.
O ministro negou a desistência e também rejeitou o pedido deles de suspender o processo de impeachment contra a presidente na Câmara dos Deputados. O argumento dos deputados era que Eduardo Cunha só aceitou o pedido em retaliação à Dilma porque os petistas do Conselho de Ética disseram que iam votar contra ele.
Para o ministro, Eduardo Cunha fez apenas um ato formal. O outro ministro, Celso de Mello , também determinou o arquivamento de pedido de um deputado do PC do B. O deputado questionou o fato de Dilma não ter sido ouvida antes do acolhimento do pedido.
A estratégia de defesa da presidente Dilma também foi tratada na reunião com 23 ministros de oito partidos. Na avaliação do Planalto, o pedido não tem fundamento.
"Um processo de impeachment no presidencialismo não passa por discussões políticas, se é conveniente ou não conveniente que o mandato seja respeitado. Para que nós tenhamos o impeachment é necessário que nós tenhamos um crime de responsabilidade, um fato imputado a quem governa. E se esse fato não existe não há possibilidade de impeachment. Diante deste contexto parece claro também que nós demonstrar indiscutivelmente que os motivos alegados para o impeachment não procedem", diz José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça.
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