O Serviço de Segurança Federal da Rússia (FSB) disse nesta terça-feira (17) que a queda do avião russo sobre o Sinai, no Egito, em 31 de outubro foi resultado de um ato terrorista, causado por uma bomba que explodiu a bordo.Segundo a FSB, traços de explosivos foram encontrados nos destroços da aeronave. O avião da companhia aérea russa KogalimAvia, mais conhecida como Metrojet, caiu pouco após decolar do litoral do Egito com destino a São Petersburgo, na Rússia.
As 224 pessoas a bordo morreram. O Estado Islâmico (EI) reivindicou a queda, mas não explicou como teria executado o ataque.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que vai encontrar os responsáveis pela queda do avião e ordenou que isto seja o foco dos serviços especiais russos, de acordo com a Reuters.
"Durante o voo, foi ativado um artefato explosivo de fabricação caseira com potência equivalente a um quilo de TNT", indicou Putin.
Alguns minutos antes, o diretor do FSB, Alexander Bortnikov, também havia afirmado que a catástrofe foi um atentado. “Podemos dizer inequivocamente que foi um ato terrorista”, disse ele, em um encontro com o presidente.
"De acordo com uma análise feita pelos nossos especialistas, uma bomba caseira contendo até um quilo de TNT explodiu durante o voo, levando-o a partir-se em pleno ar, o que explica o fato de a fuselagem estar espalhada por uma distância tão grande", disse Bortnikov.
Apesar das revelações russas, o ministro egípcio da Aviação Civil, Hossam Kamal, afirmou nesta terça que a investigação ainda não determinou as causas da queda do avião.
O governo egípcio afirmou em um comunicado que "levava em consideração" o anúncio feito por Moscou, que anunciou nesta terça-feira, pela primeira vez, que o acidente foi provocado pela explosão de uma bomba a bordo da aeronave.
Prisões no Egito
Autoridades egípcias prenderam, nesta terça-feira, dois funcionários do aeroporto de Sharm al-Sheikh por ligação com a derrubada de um avião de passageiros russo, informaram duas fontes da área de segurança à Reuters.
Autoridades egípcias prenderam, nesta terça-feira, dois funcionários do aeroporto de Sharm al-Sheikh por ligação com a derrubada de um avião de passageiros russo, informaram duas fontes da área de segurança à Reuters.
"Dezessete pessoas estão detidas, duas delas são suspeitas de terem ajudado quem quer que tenha plantado a bomba no avião no aeroporto de Sharm al-Sheikh", disse uma das fontes.
Primeiras hipóteses
Logo após a queda, os governos russo e egípcio rejeitaram a hipótese de ataque do Estado Islâmico. Eles disseram que as informações não eram exatas e pediram que todos esperassem os resultados da investigação.
Logo após a queda, os governos russo e egípcio rejeitaram a hipótese de ataque do Estado Islâmico. Eles disseram que as informações não eram exatas e pediram que todos esperassem os resultados da investigação.
O primeiro-ministro do Egito, Sherif Ismail, chegou a afirmar que uma falha técnica teria sido a provável causa do acidente, mas que caberia aos investigadores "comprovar ou não" a tese.
Já o ministro da Aviação Civil do país, Hossam Kamal, disse não haver sinais de problemas a bordo da aeronave, contrariando relatos iniciais de que o piloto havia requisitado um pouso de emergência após problemas técnicos. A direção da companhia aérea insistiu, no entanto, que o avião de 18 anos estava em pleno funcionamento.
Autoridades russas disseram, então, que o avião provavelmente tinha se partido no ar, deixando aberta a possibilidade de algum tipo de explosão a bordo. Já o governo do Egito afirmou que não havia provas disso.
No dia 4 de novembro, o governo britânico suspendeu os voos vindos da região do Sinai por suspeitar que o avião russo havia sido derrubado por explosivos. Fontes da inteligência norte-americana e egípcia também falaram sobre a possibilidade de uma bomba a bordo da aeronave.
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