A presidente Dilma Rousseff receberá nesta terça-feira (1º) no Palácio do Planalto o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência. Este será o primeiro encontro entre os dois desde que o peemedebista anunciou o “rompimento” com o Palácio do Planalto.
Em julho, Cunha anunciou “rompimento político” com o governo e informou que faria parte da oposição. Desde então, ele e Dilma não se reuniram mais. À época do anúncio, a Presidência divulgou uma nota na qual afirmou esperar que a decisão de Cunha não se refletisse em seus atos como presidente da Câmara. O partido de Cunha, o PMDB, presidido pelo vice-presidente da República, Michel Temer, chegou a divulgar uma nota na qual disse que o anúncio era “estritamente pessoal”.O encontro entre Dilma e Cunha ocorre em meio a uma crise política no governo. A popularidade da petista é a mais baixa desde que ela assumiu o Palácio do Planalto, em 2011, e setores da oposição defendem o afastamento dela do poder.
No Legislativo, o governo tem sofrido sucessivas derrotas, como ocorreu na votação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), aprovada em primeiro turno pelos deputados, que eleva os gastos do governo com reajuste para as carreiras da Avocacia-Geral da União (AGU).
A reunião entre a presidente e o peemedebista se dá também em um contexto de aproximação entre Dilma e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que chegou a divulgar uma série de propostas para reaquecer a economia e que foi elogiada por Dilma.
O 'rompimento'
O anúncio de Cunha de que havia rompido com o Palácio do Planalto ocorreu um dia após o consultor da empresa Toyo Setal, um dos delatores na Operação Lava Jato, dizer que o presidente da Câmara havia lhe pedido propina de US$ 5 milhões.
O 'rompimento'
O anúncio de Cunha de que havia rompido com o Palácio do Planalto ocorreu um dia após o consultor da empresa Toyo Setal, um dos delatores na Operação Lava Jato, dizer que o presidente da Câmara havia lhe pedido propina de US$ 5 milhões.
Na ocasião, Eduardo Cunha acusou o Palácio Planalto de ter se articulado com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para incriminá-lo na operação. Ele também chegou a dizer, sem citar nomes, que há no Planalto “brando de aloprados” que age contra ele.
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