sábado, 8 de agosto de 2015

Sem chuva, nível de água nos seis reservatórios de SP cai mais uma vez

Represa do Sistema Cantareira em agosto de 2015 (Foto: Luis Moura/Estadão Conteúdo)Sem registro de chuvas, o nível dos reservatórios do Sistema Cantareira voltou a cair neste sábado (8), segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo(Sabesp). Houve redução de 0,1 ponto percentual e o sistema agora opera com 18% da capacidade.




O mês de agosto, considerado o mais seco do ano na Grande São Paulo, começou com registro de apenas 0,7 mm de chuva nas represas do Cantareira que abastecem 5,3 milhões de pessoas na região metropolitana. A média história de chuvas para o mês no manancial é de 34,4 mm.
Os outros cinco reservatórios que abastecem a Grande São Paulo também tiveram queda nos seus reservatórios nas últimas 24 horas.
O Alto Tietê teve queda de 0,2 pontos percentuais e passou de 17,4% nesta sexta (7) para 17,2%. Já a Guarapiranga a queda foi de 0,3 pontos percentuais e foi de 74,4% para 74,1%. O sistema Rio Grande também registrou a mesma baixa passando de 87,4% para 87,1%.A falta de chuvas afetou ainda mais os sistemas Alto Cotia e Rio Claro, onde a queda nos reservatórios chegou aos 0,4 pontos percentuais. O Alto Cotia diminuiu de 59,5% para 59,1% e o Rio Claro de 69,5% para 69,1%.
O índice de chuva na primeira semana de agosto nos reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo ficou abaixo do registrado no mesmo período em 2014, ano considerado o mais seco da história pela Sabesp. Desde o começo deste mês, o nível dos seis sistemas teve queda consecutivas.
Chuvas
O Cantareira terminou junho com menos chuvas que o previsto, a exemplo do que também ocorreu em abril e maio. A chuva do mês passado também não foi suficiente para os demais reservatórios que abastecem a Grande São Paulo. Com exceção do Sistema Rio Claro, que recebeu mais que o dobro do previsto, todos os demais ficaram abaixo do esperado.
O Guarapiranga é atualmente o principal sistema da Grande São Paulo, com 5,6 milhões de pessoas atendidas.
Mês seco do ano
Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), órgão vinculado à Prefeitura, agosto é tradicionalmente o mês mais seco do ano. Há 13 dias não chove na capital paulista.
O meteorologista do CGE Adilson Nazário afirmou que embora a previsão para agosto indique chuva dentro do esperado para a cidade, os registros até o momento apontam que dificilmente esse patamar será atingido até o fim do mês.
O tempo seco registrado nos últimos dias em São Paulo é consequência de um bloqueio formado por um sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre grande parte do país.
Por isso, a massa de ar seco continua atuando sobre o estado paulista, o que mantém o tempo estável com temperaturas baixas nas madrugadas e em elevação no decorrer do dia.

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