domingo, 2 de agosto de 2015

Netanyahu liga para Abbas após morte de bebê palestino queimado

Homem mostra foto de um bebê palestino que morreu queimado e cujos pais ficaram feridos em estado grave em um ataque de colonos israelenses que atearam fogo a sua casa na Cisjordânia ocupada. O ato doi classificado como terrorista por Israel (Foto: Majdi Mohammed/AP)O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ligou nesta sexta-feira (31) para o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, com quem não mantém contatos habituais, depois que um bebê palestino morreu em um incêndio iniciado por colonos israelenses, um ato classificado pelos palestinos como "um crime de guerra".


Pouco depois do ataque, Netanyahu classificou o ataque como um "ato terrorista", um termo que voltou a repetir na conversa com Abbas, informaram os gabinetes dos dois dirigentes. "Temos que lutar juntos contra o terrorismo sem importar de que lado venha", enfatizou.
Palestinos olham estragos causados após incêndio em casa na Cisjordânia nesta quinta-feira (30); um bebê morreu (Foto: Jaafar Ashtiyeh/AFP)
Na conversa por telefone, Netanyahu afirmou ter visitado a mãe do menor, Riham Dawabcheh, de 26 anos, e seu irmão, Ahmed, de quatro, em um hospital de Tel Aviv, onde foram internados, enquanto Ali, de 18 meses, morreu calcinado.
"Todos em Israel estão abalados com este ato terrorista condenável que atingiu a família", expressou Netanyahu a Abbas, segundo seu gabinete.
O caso aconteceu em Duma, uma aldeia perto da cidade de Nablus.
Os extremistas quebraram as janelas da casa e jogaram bombas incendiárias, pouco antes do amanhecer, quando a família dormia, disseram militares israelenses e testemunhas. Do lado de fora havia pichações em hebraico com a palavra "vingança".
Palestinos carregam o corpo do menino de 1 ano e meio que morreu durante um incêndio em sua casa em Duma, na Cisjordânia, nesta sexta-feira (31) (Foto: Majdi Mohammed/AP)Palestinos carregam o corpo do menino de 1 ano e meio que morreu durante um incêndio em sua casa em Duma, na Cisjordânia, nesta sexta-feira (31) (Foto: Majdi Mohammed/AP)
Esse seria o pior ataque de extremistas israelenses desde que um adolescente palestino foi queimado vivo em Jerusalém um ano atrás, depois do sequestro e assassinato de três adolescentes israelenses por militantes palestinos na Cisjordânia.
Tribunal internacional
O presidente palestino, Mahmud Abbas, advertiu que levará ao Tribunal Penal Internacional (TPI) a morte.
"Preparamos imediatamente o dossiê que será submetido ao TPI e nada nos deterá em nossa vontade de apresentar uma denúncia", afirmou Abbas em Ramallah, na Cisjordânia ocupada.
As autoridades preveem manifestações depois da oração desta sexta-feira nos territórios ocupados e o movimento islamita Hamas, no poder na Faixa de Gaza, fez nesta sexta-feira uma convocação a um "dia da ira" contra as agressões israelenses.


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