O ataque a posições do PKK, realizado com recurso a meios aéreos, foi levado a cabo na noite desta sexta-feira e envolveu, segundo vários meios de informação locais, um forte dispositivo militar.
O ataque ao PKK surge depois deste grupo armado ter reivindicado esta semana o assassínio de dois polícias em protesto pela falta de acção contra os jihadistas.
A informação divulgada pelo Governo da Turquia, que tem sido acusado de nada fazer contra os dois grupos armados, refere que foram atingidos alvos do PKK, em vários locais, e adianta que foram visados "pontos de logística, alojamentos e edifícios de armazenamento”.
O ataque ao PKK poderá desferir um golpe nas negociações com os curdos, iniciadas no final de 2012, com vista a pôr fim à guerra civil que já dura desde 1984 e já fez 40 mil mortos.
O Governo de Ancara também confirmou o ataque a posições dos jihadistas do proclamado Estado Islâmico (EI), na cidade síria de Ar Rai, na fronteira com a Turquia. Trata-se do segundo ataque levado a cabo esta semana contra posições deste grupo terrorista, que acontecem poucos dias depois do atentado suicida que fez 32 mortos e uma centena de feridos num encontro de activistas pró-curdos em Suruç, no Sul da Turquia, atribuído ao EI.
Esta sexta-feira, em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, garantiu que as operações iniciadas esta semana iriam continuar. Horas antes dessa declaração, um comunicado do gabinete de Davutoglu dizia que o Governo está decidido a combater o EI e os curdos “sem distinção”.
A Turquia não quer que os curdos beneficiem da decisão turca de começar a dar luta aos jihadistas. “Ancara quer travar as aspirações autonómicas curdas, e garantir o seu domínio sobre os grupos armados da oposição na Síria”, sublinha o especialista em questões turcas Ege Seckin, numa análise difundida pelo Instituto de Estudos Geopolíticos IHS.
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