O grupo terrorista disse que a morte de Al Libi, assassinado em junho em uma ofensiva dos EUA no Paquistão, é "o fogo que queimou os inimigos da nação muçulmana", segundo um comunicado difundido em uma página da internet usada habitualmente pelos islâmicos.
O ataque ao consulado dos EUA ocorreu na terça (11), mesmo dia em que começaram investidas de multidões muçulmanas a representações diplomáticas americanas desencadeadas pela divulgação de trechos de um filme norte-americano de baixo orçamento que, segundo os islamitas, ofendem o Islã e o profeta Maomé.
Neste sábado, a al-Qaeda na Península Arábica pediu aos muçulmanos que se unam para continuar os protestos e conseguir o fechamento das embaixadas dos Estados Unidos em seus países, segundo comunicado divulgado pelo grupo terrorista.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, rejeitou qualquer difamação contra o Islã, e disse que não há desculpa para ataques à embaixadas dos EUA. "Nunca há qualquer justificativa para a violência... Não há desculpa para ataques contra nossas embaixadas e consulados", disse o presidente em discurso no rádio neste sábado.
O parlamento do Afeganistão pediu aos Estados Unidos que proíba o filme anti-islâmico e julgue os produtores do filme. Nos EUA, um suspeito de produzir o filme foi levado para ser interrogado por autoridades de Los Angeles. O morador do estado norte-americano da Califórnia é condenado por fraude bancária e está sendo investigado por possível violação de liberdade condicional. Autoridades dos Estados Unidos disseram que não estão investigando o projeto do filme e a simples produção não pode ser considerada um crime no país, cujas leis garantem plena liberdade de expressão.
Protestos
Os protestos conta o filme continuaram neste sábado. Na Austrália, a polícia teve de usar gás lacrimogênio e spray de pimenta para dispersar manifestantes que protestavam em Sidney. O protesto começou perto do consulado dos Estados Unidos em Sidney, onde centenas de pessoas se concentraram e se espalhou por diversas ruas do centro da cidade.
Os protestos conta o filme continuaram neste sábado. Na Austrália, a polícia teve de usar gás lacrimogênio e spray de pimenta para dispersar manifestantes que protestavam em Sidney. O protesto começou perto do consulado dos Estados Unidos em Sidney, onde centenas de pessoas se concentraram e se espalhou por diversas ruas do centro da cidade.
No Paquistão, muçulmanos protestaram contra o filme, gritando contra os EUA e dizendo "estamos prontos a dar nossa vida pelo profeta".
No Egito, centenas de manifestantes e a polícia entraram em conflito nas proximidades da embaixada do Cairo. Participantes do protesto jogaram pedras na polícia, que respondeu com gás de pimenta. Na sexta, o presidente Mohammed Morsi apelou, em rede nacional de televisão, para que os muçulmanos não atacassem as embaixadas.
No leste do Afeganistão, universitários protestaram queimando figuras do presidente dos EUA Barack Obama e gritando "morte aos EUA". Na Índia, cartazes de Obama e bandeiras dos EUA foram queimados nas ruas. Em Doha, no Catar, houve protestos pacíficos.
Até esta sexta-feira (14), oito pessoas haviam morrido durante as manifestações, sendo três mortes na Tunísia, uma no Líbano, país que recebe a visita do papa Bento XVI, três no Sudão e uma no Egito.
Na noite de sexta-feira, insurgentes do Talebã atacaram a base de alta segurança da Otan no Afeganistão em que está baseado o príncipe Harry, matando dois soldados americanos. Neste sábado, o Talebã disse que o ataque à base de Camp Bastion, na província de Helmand, foi uma reação ao filme Innocence of Muslims ("Inocência dos Muçulmanos", em tradução livre), que provocou uma onda de protestos pelo mundo muçulmano.
Planejamento
O presidente da Assembleia Nacional líbia, Mohamed Al Megaryef, disse que o ataque contra o consulado norte-americano em Benghazi foi "planejado" e "meticulosamente" executado, segundo entrevista neste sábado (15) à agência AFP.
O presidente da Assembleia Nacional líbia, Mohamed Al Megaryef, disse que o ataque contra o consulado norte-americano em Benghazi foi "planejado" e "meticulosamente" executado, segundo entrevista neste sábado (15) à agência AFP.
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