Ocorre, entretanto, que as conquistas democráticas adquiridas pelo povo brasileiro foram resultado de anos de lutas. Conquistas históricas não se perdem do dia para a noite. Não veríamos o conservadorismo varrer o que de bom foi construído sem respostas. Frentes de luta foram construídas para enfrentar o ajuste fiscal e a terceirização. No último dia 29, estradas foram paradas, categorias cruzaram os braços, órgãos públicos foram ocupados para que todo o país soubesse que não se aceitará retirada de direitos. Queremos mais direitos, não menos.
A vida social, já é sabido, não se faz somente de reivindicações econômicas. As pessoas querem ser livres para exercerem em plenitude as suas identidades. O direito de ser quem são. Se no dia 15 de março a Paulista foi ocupada por vozes conservadoras, ou influenciadas pelo conservadorismo e pela mídia, no último domingo, a Paulista foi palco da liberdade pintada pelas cores do arco-íris. A PM não disse que um milhão acompanharam a Parada do Orgulho LGBT, mas a avenida estava tão cheia quanto no dia 15 de março. Logo, também tinham um milhão de pessoas gritando contra a ofensiva homofóbica, o fundamentalismo e contra a angústia social que não tolera a liberdade sexual de cada um.
Os defensores da democracia estão bem vivos. Não querem retrocessos, nem aceitam que Cunhas, Malafaias, Levys, Geraldos, ou quem quer seja, atentem contra a liberdade à duras penas construída por brasileiras e brasileiros. No último domingo, as milhares de pessoas na Paulista avisaram que não será fácil para o conservadorismo passar.
Mandato Ivan Valente PSOL/SP
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