A psicóloga Marisa Lobo obteve uma vitória simbólica no Conselho Federal de Psicologia (CFP), em Brasília (DF), na última sexta-feira, 22 de maio, quando os integrantes da direção da entidade optaram por não levar adiante o processo de cassação de seu registro profissional.
O imbróglio começou há alguns anos, quando o Conselho Regional de Psicologia (CRP) do Paraná abriu um processo de cassação do registro de Marisa Lobo, acusando-a de descumprir regras da entidade ao externar sua fé cristã nas redes sociais.
Quando o caso tornou-se de conhecimento nacional, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Paraná se posicionou considerando absurda a postura do CRP, que resolveu levar adiante a cassação do registro da profissional. Marisa recorreu à Justiça Federal do estado e obteve ganho de causa.
A direção do CRP-PR ignorou a decisão da Justiça e apresentou o caso no CFP, em Brasília, e ao mesmo tempo, preparava recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar a decisão de Justiça Federal em primeira instância.
Na defesa de Marisa Lobo, Damares expôs ao CFP uma série de questões ligadas às liberdades civis da profissional, que estão acima das normas da entidade, e destacou que se empenharia em derrubar a decisão do Conselho se esta fosse contrária à psicóloga: “Queria dizer aos senhores que sou uma advogada ‘terrivelmente’ cristã”, ironizou.
Marisa Lobo afirmou que os responsáveis pela acusação contra ela não compareceram à sessão, e quando recebeu a palavra, reiterou suas convicções de fé e profissionais: “Eu sou psicóloga e cristã! Eu não nego a minha fé! Também quero afirmar que nunca ‘curei gay’, nunca tratei a homossexualidade como ‘doença’ ou com qualquer outro tipo de preconceito. Também afirmo que ex-homossexuais existem. Isto não é objeto de ocupação minha. Eu, apenas, como psicóloga especializada em Direitos Humanos, dou o direito ao sujeito, dele existir da maneira que ele próprio desejar”, relatou.
Agora, segundo informações do portal Guia-me, Marisa vai processar o CRP-PR: “Vou processá-los por todas as humilhações, perseguições, por eles terem destruído a minha profissão no mundo secular”, destacou.
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