Um advogado de Mary Jane Veloso, uma das condenadas à morte por tráfico de drogas na Indonésia, disse a repórteres em Cilacap que a filipina foi poupada nesta terça-feira (28.04).
"Estamos trabalhando para confirmar essa informação", disse ele durante entrevista ao jornal local "The Jakarta Post".
A confirmação oficial pode levar algum tempo, mas duas estações de televisão indonésias, além do Jakarta Post, relatam que a mulher está viva.
Mary Jane Fiesta Veloso teria sido poupada após mulher que supostamente a recrutou para agir como entregadora de drogas se entregar à polícia das Filipinas nesta terça.
Já o brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos, e outros sete condenados, seis deles estrangeiros e um indonésio, não tiveram a mesma sorte. Eles foram fuzilados às 0h30 - horário local - de acordo com porta-voz do procurador-geral indonésio, Tony Spontana.
Apesar de ter sido diagnosticado com esquizofrenia, o paranaense não teve a pena revista pela justiça da Indonésia. Gularte passou as últimas horas na penitenciária de Nusakambangan, na ilha de Java. Antes de ser fuzilado, ele recebeu a visita da prima Angelita Muxfeldt.
Outro condenado, o francês Serge Atlaoui, de 51 anos, foi retirado dessa lista de execuções no sábado devido a um recurso que está tramitando na Justiça indonésia.
Entretanto, Spontana reafirmou que, caso o recurso seja rejeitado, Atlaoui será executado sozinho e as autoridades não esperarão "muito tempo".
Segundo o porta-voz, os corpos dos dois australianos voltarão para seus países de origem para serem sepultados. Um oficial da polícia de Cilacap disse que após as execuções, orações foram feitas para cada um dos presos de acordo com seus respectivos países. "As execuções ocorreram bem, sem interrupções", disse ele.
O presidente indonésio, Joko Widodo, está implementando uma linha dura contra os traficantes de drogas no país e se recusa a desistir das execuções.
Mesmo assim, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon pediu, no domingo (26.04) para o governo indonésio não executar os nove presos, reiterando a tradicional oposição da instituição à pena capital.
Gularte foi condenado à morte em 2005, um ano após ter sido preso ao tentar entrar na Indonésia com 6 kg de cocaína em pranchas de surfe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário