domingo, 19 de abril de 2015

Após destruição arqueológica, líder do Estado Islâmico prega a destruição da Esfinge e das pirâmides do Egito

Líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi conclamou os seus seguidores a destruírem a Esfinge e as pirâmides do Egito. A informação, publicada pelo site Al Alam, reforça a interpretação de que a destruição de monumentos históricos é uma “tarefa religiosa”, de acordo com al-Baghdadi. Para os extremistas, nenhum objeto material deve ser idolatrado.
A interpretação motivou a destruição de alguns dos maiores tesouros arqueológicos e culturais do mundo da antiga cidade assíria de Nimrud, no Iraque, no início do mês.
“O fato dos antigos muçulmanos que estiveram entre os seguidores do profeta Maomé não terem destruído os monumentos dos faraós após entrarem em território egípcio não significa que não devamos fazer isso agora”, pregou o líder muçulmano no Kuwait, Ibrahim Al Kandari, endossando a posição do Estado Islâmico no tema, segundo o site Al-Watan.
Além da ameaça externa, o Egito já enfrentou há três anos ameaças internas contra a herança dos faraós. Um integrante do movimento radical de origem salafista defendia a destruição das pirâmides e demais artefatos antigos, relembrando o que Maomé fez em Meca, destruindo todo objeto de idolatria. Além disso, o mesmo movimento defendia o fim do Ministério do Turismo egípcio, uma indústria comparável a “prostituição”.
Vale lembrar que essa não é a primeira e, provavelmente, não será a última vez que o legado dos faraós será posto em xeque.
Apesar das muitas lendas em torno do que teria acontecido com o nariz da Esfinge – passando por um suposto tiro de canhão ordenado por Napoleão –, historiadores acreditam que o monumento foi alvo do líder fundamentalista muçulmano Muhammad Sa'im al-Dahr, em 1378, após ele descobrir existiam adoradores da Esfinge.

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