Nesta quinta-feira (12) o Parlamento Europeu aprovou uma resolução que classifica o reconhecimento de uniões civis e casamentos entre pessoas do mesmo sexo como um direito humano. O texto recebeu 390 votos favoráveis e 151 contrários, além de 97 abstenções.
O documento diz que um crescente número de países no mundo - atualmente 17 - está legalizando o matrimônio entre homossexuais e encoraja as instituições e nações da União Europeia a contribuírem ainda mais para as discussões sobre o tema, considerando-o como uma "questão política, social e de direitos humanos e civis".
"Essa é uma manhã que lembraremos pelos passos importantes dados pela Europa no tema dos direitos LGBT", declarou a eurodeputado italiano Daniele Viotti, integrante do bloco socialista do Parlamento da UE. "O texto evidencia a forte necessidade de melhorar a tutela dos direitos e das liberdades fundamentais das pessoas LGBT", acrescentou.
Já o seu conterrâneo e correligionário Luigi Morgano criticou a resolução, afirmando que as decisões sobre casamento entre indivíduos do mesmo sexo cabem apenas aos Estados.
"As decisões sobre essas matérias muito delicadas, que afetam os princípios e valores de cada pessoa, o modelo de família e de sociedade que queremos construir, são próprias dos países-membros, e não das instituições europeias", ressaltou o eurodeputado.
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