Ferguson, no estado do Missouri, está de novo em pé de guerra nos EUA
A cidade americana de Ferguson, no estado do Missouri, está de novo em pé de guerra. Foi lá que um policial branco matou um adolescente negro no ano passado e provocou uma onda de protestos. Nesta semana, as manifestações voltaram. E dois policiais foram baleados.
O departamento de polícia de Ferguson foi o alvo dos manifestantes. Eles se concentraram na porta do prédio durante a madrugada. Desta vez, de maneira pacífica.
Um rapaz diz: "Vamos continuar a luta até que o sistema seja igual para todos."
Os moradores também fizeram uma vigília pela recuperação rápida dos dois policiais que, na madrugada de quinta-feira (12) foram feridos por tiros durante um outro protesto.
A polícia de Ferguson está em uma caçada para tentar descobrir e prender os responsáveis pelos disparos. Os investigadores afirmaram que têm dois suspeitos. Várias pessoas já foram detidas e interrogadas. Iresha é uma delas.
"Eu abri a porta de casa e vi que tinha uma arma apontada pro meu peito. Então eu ergui as mãos comecei a chorar e pedi: ‘por favor, não atire’”, lembra Iresha.
A onda de protestos em Ferguson, muitos deles violentos, começou em agosto do ano passado, quando um policial branco matou Michael Brown. O adolescente negro estava desarmado. Um júri popular decidiu não levar o policial Darren Wilson a julgamento.
A insatisfação aumentou depois da divulgação de um relatório do Departamento de Justiça, na semana passada. O documento afirma que os negros são tratados de maneira discriminatória pelos policiais da cidade e também pela justiça local. O chefe de polícia entregou o cargo, o que, para muitos manifestantes, não resolve o problema.
O presidente Barack Obama comentou as manifestações na cidade.
"O que aconteceu em Ferguson foi opressivo e condenável, e os protestos são justos. Mas isso não é desculpa para atos criminosos.", afirma Barack Obama.
Os policiais baleados já receberam alta do hospital.
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