Um advogado da Califórnia, estado tradicionalmente liberal dos Estados Unidos, apresentou uma proposta de referendo para proibir a homossexualidade, propondo a pena de morte como punição. A proposta, que tem pouquíssimas probabilidades de avançar (precisaria de 360 mil assinaturas), foi apresentada pelo advogado Matthew McLaughlin, do escritório do procurador-geral da Califórnia, na semana passada.
"O abominável crime contra a natureza conhecido como sodomia é um mal monstruoso que Deus todo poderoso, doador de liberdade, nos ordena reprimir sob pena de nossa destruição total, assim como destruiu Sodoma e Gomorra", diz a absurda proposta, registrada e aberta a comentários na página da internet da Procuradoria-Geral do estado.
"Dado que é melhor que os delinquentes morram antes de que todos nós sejamos assassinados pela justa ira de Deus (...) o povo da Califórnia pede sabiamente, em temor a Deus, que qualquer pessoa que voluntariamente toque a outra pessoa do mesmo sexo para obter satisfação sexual deve morrer com um tiro na cabeça ou por qualquer outro método conveniente", escreveu.
McLaughlin, que pagou uma taxa de US$ 200 para apresentar esta proposta de legislação chamada "Lei de supressão da sodomia", não estava disponível para fazer comentários sobre a iniciativa.
O endereço apresentado pelo advogado em sua proposta é Huntington Beach, uma área ao sul de Los Angeles conhecida por ser um reduto republicano na democrata e socialmente liberal sociedade californiana.
A Califórnia, assim como outros estados norte-americanos, costuma fazer consultas por referendo durante as eleições. Para isso, é preciso que as propostas a serem referendadas passem pela coleta de um número mínimo de assinaturas.
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