Nesta segunda-feira (2), o brasileiro vai sentir na pele, ou melhor no bolso o quanto será o simples tocar em um interruptor para ligar uma lâmpada, pois a conta de luz vai subir e muito. Afinal, prevalece o velho ditado, “da-se com um mão e tira com a outra”. No ano passado, vivemos a ilusão de que nossa conta de luz sofreria uma redução, no entanto, já em 2015, a pancada que está sendo dada nos consumidores brasileiros, em especial aos que moram nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste, chega ao absurdo do 39,5% de aumento sobre o que é consumido. Ao todo são 58 concessionárias que estão aplicando as novas tarifas exorbitantes.
A revisão tarifária extraordinária para essas empresas foi aprovada nesta sexta-feira (27) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e a previsão é de aumento médio de 23,4%.
Quem mais vai sentir no o aumento são aqueles brasileiros que são servidos pela AES Sul, com um aumento de 39,5%, seguida da Bragantina com 38,5%, Uhenpal de 36,8% e finalmente a Copel, com aumento de 36,4%.
Entre as distribuidoras que aplicaram os menores reajustes estão a Celpe (2,2%) e a Cosern (2,8%). Talvez a energia por lá seja mais barata, lembrando que vivemos em um único território (país), e agora a desigualdade chega também nas contas de energia elétrica.
Também começam a valer na semana que vem os novos valores para as bandeiras tarifárias, que permitem a cobrança de um valor extra na conta de luz, de acordo com o custo de geração de energia. Além da revisão extraordinária, as distribuidoras passarão neste ano pelos reajustes anuais, que variam de acordo com a data de aniversário da concessão.
Segundo a Aneel, a revisão leva em consideração diversos fatores, como o orçamento da CDE deste ano, o aumento dos custos com a compra de energia da Usina de Itaipu – por causa da falta de chuvas -, o resultado do último leilão de ajuste – que aumentou a exposição das distribuidoras ao mercado livre – e o ingresso de novas cotas de energia hidrelétrica. “No ano passado e neste ano, o custo da energia elétrica tem sido realmente alto, porque o regime hidrológico não está favorável, temos despachado todas as térmicas, que têm um custo mais alto”, explicou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.
A revisão extraordinária está prevista nos contratos de concessão das distribuidoras e permite que a Aneel revise as tarifas para manter o equilíbrio econômico e financeiro do contrato, quando forem registradas alterações significativas nos custos da distribuidora, como, por exemplo, modificações de tarifas de compra de energia, encargos setoriais e de uso das redes elétricas. Na tarde de hoje, a Aneel também aprovou o orçamento da CDE para este ano, que prevê repasse de R$ 22 bilhões para a conta dos consumidores de energia.
Entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015, várias empresas solicitaram a revisão extraordinária, por causa da falta de chuvas e da maior necessidade de compra de energia de termelétricas, que é mais cara.]
Veja abaixo os percentuais de reajuste por distribuidora:
Celpe | 2,20% |
Cosern | 2,80% |
Cemar | 3,00% |
Cepisa | 3,20% |
Celpa | 3,60% |
Energisa PB | 3,80% |
Celtins | 4,50% |
Ceal | 4,70% |
Coelba | 5,40% |
Energisa Borborema | 5,70% |
Sulgipe | 7,50% |
Energisa SE | 8,00% |
CPFL Sta Cruz | 9,20% |
Coelce | 10,30% |
Mococa | 16,20% |
Ceron | 16,90% |
CPEE | 19,10% |
João Cesa | 19,80% |
Cooperaliança | 20,50% |
Eletroacre | 21,00% |
Santamaria | 21,00% |
Chesp | 21,30% |
CSPE | 21,30% |
CEEE | 21,90% |
Light | 22,50% |
CJE | 22,80% |
Ienergia | 23,90% |
CEB | 24,10% |
Elektro | 24,20% |
Celesc | 24,80% |
Bandeirante | 24,90% |
ENF | 26,00% |
Escelsa | 26,30% |
Cemat | 26,80% |
Energisa MG | 26,90% |
Eflul | 27,00% |
Eletrocar | 27,20% |
Celg | 27,50% |
DME-PC | 27,60% |
Enersul | 27,90% |
Cemig | 28,80% |
CPFL Piratininga | 29,20% |
EDEVP | 29,40% |
CPFL Paulista | 31,80% |
Hidropan | 31,80% |
CFLO | 31,90% |
Eletropaulo | 31,90% |
Forcel | 32,20% |
Caiua | 32,40% |
Demei | 33,70% |
Muxfeldt | 34,30% |
Cocel | 34,60% |
CNEE | 35,20% |
RGE | 35,50% |
Copel | 36,40% |
Uhenpal | 36,80% |
Bragantina | 38,50% |
AES Sul | 39,50% |
*Opinião: Enfim, a questão é a seguinte: O Brasil não está e nunca esteve preparado para suprir a demanda de energia elétrica de uma forma mais limpa, que neste caso, seriam mesmo as hidrelétricas, e com a autorização do Governo Federal, o ar do Brasil passou a ser ainda mais poluído, com a utilização das Usinas Termétricas. Não dá pra saber se foi descaso ou incompetência mesmo, pois com tantos anos no poder, nem Lula, muito menos Dilma, conseguiram encontrar soluções para a crise energética no país, sofrendo durante este período vários apagões, sendo que alguns deles foram mascarados até mesmo como sendo ruptura ou falha nos sistemas de distribuição.
O país da Copa 2014, O país do Futebol, o País que almeja, veja bem, “almeja” sair da situação de emergente para chegar a um país de primeiro mundo, tem mais preocupação com determinadas ações sociais, muitas vezes também mascaradas – a intenção das máscaras, que o leitor use seu discernimento – está bem longe de deixar de ser emergente.
Com braçadas fortes no lamaçal da corrupção, nos vemos de mãos e pés atados, simplesmente à mercê, dos atuais políticos que, quer queira quer não, fomos nós mesmos que escolhemos.
A indignação quanto ao aumento da conta de Luz (energia elétrica), pode ser notada nas redes sociais, como o Facebook e Twitter.
Todo mundo falando do aumento da conta de luz, mas acabam por se esquecer de que tudo será afetado. Sabia que a quitanda, supermercado, escola de seu filho, o salão de cabeleireiro, entre outros locais de comércio prestação de serviço, utilizam energia elétrica. Bom o resultado só pode ser um: Tudo será inflacionado, tudo deverá sofrer o aumento de preços, e o consumidor que já vai pagar mais caro para ter luz em casa, ainda deverá sofrer o repasse dos gastos da conta de luz de todos os comércios e prestadores de serviço.
Indignação, com a falta de consciência. Não importa! Seja aquele que mora no Morumbi ou em Alphaville, ou mesmo os que moram nas muitas comunidades carentes de São Paulo, da Região Sul e Sudeste, receberão o mesmo tratamento, com isso recebendo bolsa família e as demais bolsas ou não, com certeza será afetado pelo aumento da conta de Luz.