terça-feira, 25 de dezembro de 2018

CADÊ O QUEIROZ?

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

João de Deus coloca responsabilidade nos espíritos em depoimento à polícia e se contradiz

ABADIÂNIA E RIO - Em depoimento à polícia, no dia 16 de dezembro, João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, afirmou que não entrega receitas ao fiéis que vão à Casa de Dom Inácio de Loyola. Na realidade, ao passarem pela fila de atendimento, os fiéis recebem das mãos do próprio João papéis com rubricas feitas pelo médium, que devem ser entregues na farmácia da Casa na hora de comprar os remédios. No depoimento, João também responsabilizou "Deus" e "o espírito" pelos procedimentos feitos na casa.
O médium João de Deus entrega receitas a pacientes durante atendimento no centro espírita Casa de Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, Goiás Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo/06-07-2018Em julho deste ano, o GLOBO esteve no “hospital espiritual” de João. Ele entregou um papel com sua rubrica à repórter. Voluntários explicaram que o papel deveria ser entregue na farmácia para comprar remédios. Foram cobrados R$ 100 por duas caixas de passiflora com 80 cápsulas cada uma. Segundo a orientação impressa na embalagem, o paciente deveria tomar o remédio duas vezes ao dia. No depoimento, João afirmou que não havia entrega de receitas escritas e que o preço seria de R$ 50 por uma embalagem com 10 comprimidos.
Ainda no depoimento, João afirma que não tem responsabilidade pelo que faz nos atendimentos espirituais. Ele diz que “as orientações são repassadas pelo espírito”. Questionado se faz tratamento com cirurgias incisivas, ele nega e diz que “Deus que faz”. As notas taquigráficas do depoimento mostram a explicação dada pelo médium:
“No atendimento não é repassada receita, as orientações são repassadas pelo espírito, ou seja, não é de maneira escrita. Esclarece que apenas atende e orienta. Informa ainda que alguns frequentadores já adquirem os produtos, mesmo sem o encaminhamento do espírito, pois são frequentadores do local há muitos anos e acreditam na eficiência do produto.”
Trecho de depoimento dado por João Teixeira à Polícia Civil de Goiás, no qual ele afirma que não é repassada receita escrita, ao contrário do que foi observado pela reportagem. (Grifo adicionado) Foto: STJ
Trecho de depoimento dado por João Teixeira à Polícia Civil de Goiás, no qual ele afirma que não é repassada receita escrita, ao contrário do que foi observado pela reportagem. (Grifo adicionado) Foto: STJ
João negou, também, ter chamado “qualquer pessoa para se submeter a um atendimento individualizado”. Segundo seu depoimento, “são as pessoas que o procuram em busca de um atendimento individualizado, vez que são os frequentadores quem solicitam tal atendimento e não o interrogado”. As vítimas, por sua vez, contam terem sido orientadas pelo próprio médium, durante a sessão coletiva, a encontrarem com ele após o atendimento geral para uma reunião.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

DAMARES e a masturbação em bebês.

Ex-assessor de Bolsonaro "não veio depor", diz chefe do MP do Rio

O ex-assessor do deputado estadual e senador eleito pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz, não compareceu à sede do MP-RJ (Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro), onde era esperado para depor nesta quarta-feira (19).
Adriano Machado - 27.nov.2018/ReutersA informação sobre a ausência de Queiroz partiu do procurador-geral de Justiça do estado, Eduardo Gussem. Ao chegar ao MP-RJ, Gussem foi questionado se o depoimento de Queiroz quanto às movimentações atípicas em uma conta em seu nome identificadas pelo Coaf já havia começado.
Gussem se limitou a dizer "ele não veio. Não veio depor". O procurador-geral do Estado não respondeu se o depoimento foi remarcado ou se pesava contra Queiroz uma intimação para comparecer ao Gaocrim-MPRJ (Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça do MP-RJ).

Motorista que teria movimentado R$ 1,2 milhão

José Carlos de Queiroz era motorista do deputado estadual e senador eleito pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PSL), na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). O nome dele consta em um relatório do Coaf que aponta uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta no seu nome. O documento foi publicado pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
O documento do Coaf revelou que a maior parte dos depósitos feitos em espécie na conta do ex-motorista de Flávio Bolsonaro coincidia com as datas de pagamento na Alerj. Nove ex-assessores do filho do presidente eleito repassaram dinheiro para o motorista.
O relatório também identificou um depósito de Queiroz no valor de R$ 24 mil na conta bancária da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O presidente eleito afirmou na semana passada que o depósito do ex-assessor do filho na conta de Michele se tratou do pagamento de uma dívida de R$ 40 mil com o próprio Bolsonaro.
De acordo com Bolsonaro, Queiroz utilizou a conta da futura primeira-dama para receber o dinheiro "por questão de mobilidade". Bolsonaro alegou que tem pouco tempo para ir ao banco em razão da rotina de trabalho.

domingo, 16 de dezembro de 2018

Leões comem caçadores na África do sul

Um dia é da caça, outro é do caçador. Não há lugar mais apropriado para esse dito popular encontrar espaço na realidade do que nas savanas africanas. Segundo a agência Reuters, pelo menos dois caçadores de rinocerontes foram devorados por leões em uma reserva de caça sul-africana nesta semana.

Um guarda florestal que leva os visitantes à Reserva de Caça de Sibuya, no Cabo Oriental, descobriu restos humanos perto de um bando de leões em uma viagem de safári na tarde de terça-feira. “Suspeitamos que dois foram mortos, possivelmente três”, disse o proprietário da Sibuya, Nick Fox.
Um machado e três pares de sapatos e luvas foram encontrados mais tarde quando a polícia e uma unidade anti-caça furtiva chegaram. Segundo relatos, barulhos feitos pelos leões foram ouvidos na madrugada de segunda-feira.

“Nós acreditávamos que eles deviam ser caçadores de rinocerontes, e o machado confirmou isso”, disse Fox. “Eles usam o rifle para atirar no animal e o machado para remover o chifre”.

Segundo a Reuters, a África do Sul abriga mais de 80% dos poucos rinocerontes restantes do mundo. Compradores no Vietnã e na China cobiçam seus chifres, que são usados como ingredientes medicinais. Mais de 1.000 rinocerontes foram mortos na África do Sul no ano passado. 

Luis Gustavo é diagnosticado com câncer no intestino

Conhecido de longa data do público, o ator Luis Gustavo, hoje com 84 anos de idade, está passando por um momento bastante difícil em sua vida
Luis GustavoDe acordo com informações divulgadas pela revista Veja, o global recentemente foi diagnosticado com um câncer no intestino.
Sem revelar detalhes sobre o estado de saúde do artista, a publicação trouxe à tona a informação de que Luis Gustavo irá fazer uma cirurgia e também o tratamento contra a doença na capital paulista, devido a proximidade de Itatiba, cidade onde mora atualmente.
Luis, vale ressaltar, tem uma carreira de bastante sucesso na TV. O ator deu vida a personagens marcantes em diversas novelas, como “Ti Ti Ti”, “Alma Gêmea”, “Eta Mundo Bom!”, “Anjo Mau”, entre outras várias produções.
Atualmente, o eterno Vavá de “Sai de Baixo” pode ser visto em “Malhação – Vidas Brasileiras”, na pele de Heitor Laroche, avô de Tito (Tom Karabachian). O veterano chegou a dar um tempo nas gravações da trama teen devido a problemas cardiovasculares recentemente.

João de Deus, acusado de abusos sexuais, se entrega à polícia em Goiás

Mais de 300 mulheres afirmam ter sido vítimas do religioso. A defesa nega. A prisão é preventiva – ou seja, sem prazo para terminar.
Médium João de Deus se entrega à políciaA Polícia Civil disse que João de Deus se apresentou espontaneamente ao delegado-geral e ao delegado titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Ele estava acompanhado de advogados e ainda não existe decisão sobre o local onde ele ficará detido. A polícia também informou que não foram usadas algemas na operação.
Até o sábado, a polícia tinha feito buscas em mais de 30 endereços em busca do médium sem sucesso. Ele já era considerado foragido pelo Ministério Público.
O Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO) informou à TV Anhanguera, neste sábado (15), que João de Deus pode ter tentado ocultar patrimônio e que isso levou o órgão a acelerar o pedido de prisão do líder religioso.
Segundo o jornal "O Globo", as investigações apontam que o líder religioso retirou R$ 35 milhões de contas e aplicações financeiras desde que as primeiras denúncias de abuso vieram à tona.
“A gente já tem informações de que há providências do investigado buscando ocultar patrimônio. Este fato está sendo apurado e todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas pelo MP-GO”, disse a promotora Gabriella de Queiroz Clementino.
O advogado de João de Deus, Alberto Toron, disse ao G1 que desconhece qualquer retirada de dinheiro. "Isso é da economia dele. Eu não tenho a menor informação a respeito disso. Nunca perguntei e nunca fui informado", afirmou.
Na manhã de quarta-feira, o médium compareceu à Casa Dom Inácio de Loyola, onde realiza os trabalhos espirituais, pela primeira vez desde que as denúncias vieram à tona. Durante os poucos minutos que ficou no local, ele disse que era inocente e que confiava na Justiça de Deus e dos homens.
“Meus queridos irmãos e minhas queridas irmãs, agradeço a Deus por estar aqui. Ainda sou irmão de Deus, mas quero cumprir a lei brasileira porque estou na mão da lei brasileira. João de Deus ainda está vivo. A paz de Deus esteja convosco”, diz João de Deus.
A assessora de imprensa do religioso, Edna Gomes, afirmou, após as declarações, que o médium era inocente, mas que as denúncias eram graves e deveriam ser apuradas.
O jornal "O Globo", a TV Globo e o G1 têm publicado nos últimos dias relatos de dezenas de mulheres que se sentiram abusadas sexualmente pelo médium. Não se trata de questionar os métodos de cura de João de Deus ou a fé de milhares de pessoas que o procuram.
A força-tarefa que investiga as denúncias contra João de Deus começou o trabalho de investigação na segunda-feira (10), depois que o programa Conversa com Bial divulgou o relato de 10 mulheres que disseram ter sido abusadas sexualmente pelo médium.
O Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO), que assim como a Polícia Civil, investiga a suspeita de crimes sexuais durante tratamentos feitos pelo religioso, havia contabilizado, até o fim da terça-feira (11), mais de 200 denúncias contra o médium.
Para atender às mulheres que não moram em Goiás, o MP-GO preparou uma sala de videoconferência. Nela, ficam os cinco promotores de Goiás que participam da força-tarefa, duas psicólogas e dois tradutores de línguas estrangeiras.
“Temos casos fora do Brasil, por isso, temos a necessidade de acompanhamento para ajudar a gente a esclarecer todas essas situações”, afirma o procurador-geral do órgão, Benedito Torres.

sábado, 8 de dezembro de 2018

Ex-assessor de filho de Bolsonaro chegou a fazer 5 saques em apenas 1 dia

O ex-motorista do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) fez 176 saques de dinheiro em espécie de sua conta em 2016. A movimentação dá uma média de uma retirada a cada dois dias.
O ex-assessor parlamentar e policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz em foto ao lado de Jair Bolsonaro. A imagem foi publicada no Instagram do ex-auxiliar em 21 de janeiro de 2013O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou uma movimentação financeira atípica de R$ 1,2 milhão do ex-assessor parlamentar e policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz naquele ano. Esse valor inclui tanto saques como transferências, créditos em suas contas, entre outras operações.
Cerca de um quarto do valor suspeito (R$ 324,8 mil) foi movimentado por meio de saques. Foram retiradas que variavam de R$ 100 a R$ 14.000.
O ex-assessor parlamentar e policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz em foto ao lado de Jair Bolsonaro. A imagem foi publicada no perfil do Instagram do ex-auxiliar em 21 de janeiro de 2013 - Reprodução/Instragram
No dia 10 de agosto de 2016, por exemplo, Queiroz fez cinco retiradas que, somadas, dão R$ 18.450. Todos os saques foram em valores abaixo de R$ 10 mil, a partir do qual o Coaf alerta automaticamente as autoridades fiscais.
Houve ainda 59 depósitos em dinheiro vivo na conta do policial militar. As entradas variam de R$ 400 a R$ 12.700.
Procuradores afirmam que o uso de dinheiro vivo em transações bancárias costuma ter como objetivo ocultar o destinatário ou remetente dos recursos. A prática dificulta a identificação dos responsáveis pelas transações.
As informações fazem parte do relatório do Coaf da Operação Furna da Onça, que prendeu dez deputados estaduais do Rio de Janeiro. O Ministério Público Federal solicitou ao órgão de controle financeiro os casos de movimentação atípica envolvendo funcionários da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
Os dados sobre o policial militar chamaram a atenção por, entre outros motivos, registrar "movimentações em espécie realizadas por clientes cujas atividades possuam como característica a utilização de outros instrumentos de transferência de recursos".
Queiroz também apresentou, para o Coaf, "movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira". De acordo com o órgão financeiro, ele tinha uma renda de R$ 23 mil mensais e um patrimônio de cerca de R$ 700 mil.
Nem Flávio Bolsonaro, deputado estadual, nem Queiroz são alvo de investigações. A Procuradoria ressaltou que a identificação de movimentação atípica não configura um ilícito por si só.
Boa parte das movimentações financeiras em que a outra parte é identificada se refere a transações com membros do próprio gabinete de Flávio Bolsonaro. Sete nomes que constam do relatório fizeram parte da equipe do deputado estadual.
Três são parentes de Queiroz. Estão na lista Marcia Oliveira de Aguiar (mulher), Nathalia Melo de Queiroz e Evelyn Melo de Queiroz (filhas). Todas também integraram em algum momento o gabinete de Flávio Bolsonaro.
A partir de dezembro de 2016, Nathalia saiu da Alerj para integrar a equipe do hoje presidente eleito, Jair Bolsonaro, na Câmara dos Deputados. Ela se desligou do cargo em outubro deste ano, na mesma data em que o pai deixou o gabinete do senador eleito.
Conhecida como personal trainer de famosos como os atores Bruno Gagliasso e Bruna Marquezine, Nathalia repassou quase todo o salário que recebeu naquele ano para o pai. Foram R$ 84,1 mil repassados para o policial militar.
Uma das movimentações registradas também se refere à futura primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ela foi a favorecida de um cheque de R$ 24 mil do ex-assessor parlamentar.

Bolsonaro diz que ex-assessor tinha dívida com ele e pagou à primeira-dama

Resultado de imagem para bolsonaro e a primeira damaO presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), justificou que o cheque de R$ 24 mil pago pelo ex-assessor Fabrício José de Queiroz à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro, era referente a uma dívida pessoal do político.
O depósito foi apontado como “transações atípicas” pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e anexado a uma investigação do Ministério Público Federal, na Lava Jato.
“Emprestei dinheiro para ele em outras oportunidades. Nessa última agora, ele estava com um problema financeiro e uma dívida que ele tinha comigo se acumulou. Não foram R$ 24 mil, foram R$ 40 mil. Se o Coaf quiser retroagir um pouquinho mais, vai achar os R$ 40 mil”, disse em entrevista ao site O Antagonista, nesta sexta-feira (7).
A notícia sobre a investigação foi publicada em primeira mão pelo jornal O Estado de São Paulo na quinta-feira (6) e o presidente ainda não havia se pronunciado sobre o caso.
Bolsonaro disse que os pagamentos foram feitos por meio de dez cheques de R$ 4 mil.
“Eu podia ter botado na minha conta. Foi para a conta da minha esposa, porque eu não tenho tempo de sair. Essa é a história, nada além disso. Não quero esconder nada, não é nossa intenção”, acrescentou.
O futuro presidente disse também que cortou o contato com o amigo até que ele se explique ao Ministério Público. A relação dos dois começou em 1984, na Brigada Paraquedista. Queiroz era soldado, entrou para a Polícia e abandonou a carreira no Exército.
O ex-assessor, que também é policial militar da reserva, trabalhou junto ao deputado estadual e senador eleito pelo Rio Flávio Bolsonaro (PSL), filhos mais velho de Jair Bolsonaro.
De acordo com o relatório da Coaf, divulgado pelo Estadão, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. A comunicação do Coaf, não comprova irregularidades, mas indica que os valores movimentados são incompatíveis com o patrimônio e atividade econômica do ex-assessor.
Na tarde desta sexta-feira, o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), pediu ‘trégua à imprensa’, mas abandonou entrevista após ser questionado sobre o caso Coaf envolvendo a mulher de Bolsonaro.

Ex-motorista de Flávio Bolsonaro fez 176 saques em um ano

Fabrício Queiroz, o ex-motorista do senador eleito Flávio Bolsonaro, fez 176 saques de dinheiro em espécie de sua conta em 2016, publica a Folha.
O levantamento foi feito pelo jornal com base no relatório do Coaf.
A “movimentação atípica” de R$ 1,2 milhão do ex-assessor inclui saques, transferências, créditos em suas contas e outros.
No dia 10 de agosto de 2016, relata o jornal, Queiroz fez cinco retiradas que, somadas, dão R$ 18.450.
“Houve ainda 59 depósitos em dinheiro vivo na conta do policial militar. As entradas variam de R$ 400 a R$ 12.700”.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Deputado considera escolha de Damares uma 'afronta' a Magno Malta

Resultado de imagem para Sóstenes CavalcanteO deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) considerou uma provocação a escolha de Damares Alves para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. "Se antes parecia uma ingratidão, agora fica claro que há uma intenção de afrontar o Magno Malta", disse à reportagem o parlamentar que é membro do núcleo duro da frente evangélica na Câmara.
Desde o início da campanha de Jair Bolsonaro, o senador do PR era um dos cotados para assumir uma posição no primeiro escalão do presidente eleito. "Eu gosto muito da Damares, mas acho que ela também erra ao aceitar o convite, ignorando o Magno Malta", completou Sóstenes. Damares é assessora lotada no gabinete do senador e candidato derrotado à reeleição.
Mais cedo, o presidente da frente parlamentar evangélica, deputado Takayama (PSC-PR), aplaudiu a escolha da pastora e advogada e disse que ela é "amada pela frente".

"É o momento de a igreja governar", disse nova ministra de Bolsonaro

Programa O futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou nesta quinta-feira (6) que a advogada e pastora evangélica Damares Alves – assessora do senador Magno Malta (PR-ES) desde 2015 – será a ministra de Mulher, Família e Direitos Humanos no governo Jair Bolsonaro.
Ainda de acordo com Onyx, a pasta que será comandada pela assessora parlamentar do Senado ficará responsável pela gestão da Fundação Nacional do Índio (Funai), entidade que dá assistência aos povos indígenas. A Funai vai deixar o guarda-chuva do Ministério da Justiça a partir do ano que vem.
Com a indicação de Damares para a Esplanada dos Ministérios, Bolsonaro já definiu 21 dos 22 ministérios de seu governo. Falta apenas definir e anunciar o titular do Ministério do Meio Ambiente.O anúncio de Damares para o comando do novo Ministério dos Direitos Humanos ocorreu durante uma entrevista coletiva concedida na sede do governo de transição, em Brasília. A futura ministra estava ao lado de Onyx e chegou a conversar com a imprensa.
Alvo de três processos relacionados à Lei Maria da Penha, o deputado federal eleito Juliam Lemos (PSL-PB), que integra a equipe de transição, também acompanhou a indicação oficial da futura ministra das Mulheres. Dois dos três processos que ele responde foram arquivados a pedido da ex-mulher dele. Lemos nega as acusações.Em meio à entrevista, Damares Alves disse que pretende dar protagonismo no governo a políticas públicas voltadas às mulheres.
Damares também ressaltou que pretende propor um "pacto pela infância" à frente do ministério, que terá uma secretaria dedicada exclusivamente ao tema, segundo informou a futura ministra. Ela destacou que, em média, 30 crianças são assassinadas por dia no Brasil.
"Nunca a infância foi tão atingida como nos dias de hoje. Nós vamos propor um pacto pela infância [...] A infância vai ser prioridade nesse governo", enfatizou.
Ela declarou aos repórteres que, se depender dela, vai para porta de empresa na qual funcionário homem ganhe mais do que mulher para protestar por equiparação salarial de gênero.A futura ministra observou ainda que o Brasil ganhou o título de "pior país da América do Sul" para se nascer menina. Damares destacou aos repórteres que o plano à frente do ministério é combater essa realidade com ações integradas com outros ministérios, como saúde e educação.
"Nosso objetivo é que em poucos anos essa vai ser a melhor nação do mundo para se nascer menina."

Pauta LGBT

A futura ministra também informou que, no comando do ministério responsável pelas políticas para minorias, pretende dialogar com representantes de movimentos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros). Segundo ela, é possível haver "paz" com grupos conservadores.
"Eu tenho entendido que dá para ter um governo de paz entre o movimento conservador, o movimento LBGT e os demais movimentos", ressaltou.A definição de que a Funai vai ser transferida do Ministério da Justiça para a nova pasta de Mulheres, Direitos Humanos e Família põe fim à indefinição em torno do destino do órgão na gestão Bolsonaro.
Nesta manhã, um grupo de cerca de 80 índios de várias etnias foi à sede do governo de transição cobrar que a Funai permanecesse vinculada ao Ministério da Justiça. Eles queriam conversar com algum integrante do futuro governo, mas conseguiram apenas autorização para entrar no prédio e protocolar uma carta aberta direcionada a Bolsonaro.
A polêmica sobre a fundação que cuida dos índios teve início quando o futuro chefe da Casa Civil afirmou que o presidente eleito cogitava transferir a fundação responsável pela assistência dos povos indígenas para o Ministério da Agricultura, que cuida dos interesses do agronegócio.
Na terça-feira (4), após a possibilidade de a Funai ser realocada no Ministério da Agricultura gerar protestos, Bolsonaro afirmou a jornalistas que o destino da entidade dos índios ainda não está definido. Segundo ele, a fundação iria "para algum lugar", mas, possivelmente, não seria para a Agricultura.
No dia seguinte, o futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, reafirmou à imprensa que o destino da Funai estava indefinido e destacou, inclusive, que a entidade poderia permanecer sob os cuidados da pasta que ele vai comandar no próximo governo.
Até mesmo a futura ministra da Agricultura, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), disse nesta quinta que considerava "difícil" a Funai ser transferida para a pasta dela.
No final das contas, Bolsonaro decidiu realocar a fundação de amparo aos povos indígenas na nova pasta de Direitos Humanos, que também ficará responsável por políticas para mulheres e para a "família".

Demarcação de terra

Questionada por repórteres sobre as críticas de Bolsonaro a demarcações de terras indígenas, Damares afirmou que o assunto será discutido no governo.
"Demarcação de área é um tema delicado, um tema polêmico [...] Esse novo governo vem com novas propostas", declarou.
Em outro trecho da entrevista, ao ser indagada a respeito da posição do presidente eleito de que não demarcaria "um milímetro a mais" de terras indígenas, a futura ministra disse que tinha "embasamento" para dar a opinião.
"Ele tinha embasamento para isso. Eu, particularmente, questiono algumas áreas indígenas, mas isso é um assunto que vamos falar muito e vamos discutir", acrescentou Damares.

Ciganos

Damares Alves anunciou em sua primeira entrevista como ministra a intenção de desenvolver políticas públicas voltadas aos ciganos, mas não especificou quais ações. Ela disse que o governo trabalhará, segundo ele, junto aos acampamentos dos ciganos.
"A mulher cigana circula nas ruas desta nação de uma forma invisível. Essa mulher vai ser vista por esse governo. [...] O cigano não é mentiroso, enganador, trapeceiro. Ele é cidadão brasileiro, vai ser respeitado", defendeu a futura ministra.

'Riscos' à família

Em uma palestra de 2014 cujo tema era "Riscos que corre a família brasileira", Damares Alves disse que, à época, estava preocupada com um decreto presidencial editado em 2009 pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ela, o texto declarava "que a família brasileira tem que ser destruída".
O decreto mencionado na palestra pela futura ministra trata do Programa Nacional de Direitos Humanos e estabelece a "desconstrução da heteronormatividade" sob o argumento de que é preciso "incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais".
"Eles querem muito mais que construir no Brasil a homonormatividade. Eles querem, pior, destruir a heteronormatividade. Isso me preocupa muito, mas eu gostaria que esta nação tivesse outro decreto. Sou cristã, pastora e a minha regra de fé é a Bíblia", disse Damares na ocasião.
O decreto preva, também, a desconstrução de estereótipos relativos às profissionais do sexo e de estereótipos relacionados a diferenças étnico-raciais, etárias, de identidade e orientação sexual, de pessoas com deficiência, ou segmentos profissionais socialmente discriminados.

Quase ministro

Magno Malta (dir) conversa com o senador Jorge Viana no plenário do Senado na sessão desta quarta (5) — Foto: Marcos Oliveira/Agência SenadoMagno Malta (dir) conversa com o senador Jorge Viana no plenário do Senado na sessão desta quarta (5) — Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Magno Malta (dir) conversa com o senador Jorge Viana no plenário do Senado na sessão desta quarta (5) — Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Após a vitória de Bolsonaro na disputa presidencial, o nome de Magno Malta passou a ser cotado como ministeriável. Nesta quarta (5), o presidente eleito descartou indicar o parlamentar do Espírito Santo para o primeiro escalão.
Segundo Bolsonaro, ele avaliou que não considerou "adequado"oferecer um ministério para Magno Malta, um dos principais defensores da candidatura dele à Presidência da República. Embora tenha elogiado o "amigo", o futuro presidente disse que o "perfil" do parlamentar do PR "não se enquadrou" no desenho do futuro ministério.
Magno Malta, que não conseguiu se reeleger em outubro, chegou a ser convidado antes do início da campanha eleitoral para ser vice na chapa de Bolsonaro, mas recusou o convite para tentar mais um mandato no Senado.