sexta-feira, 2 de junho de 2017

Escola pede para menino tirar batom e alunos se mobilizam na internet

Depois de ser orientado pela coordenação da escola onde estuda a não usar mais batom no local, um  adolescente de 17 anos, de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, fez um desabafo no Facebook que “viralizou” na internet.
Alunos passam batom em solidariedade a colega censurado por colégio
O post resultou nesta quinta-feira (1º) numa mobilização de estudantes contra a homofobia. Em apoio a Diego Archanjo, de 17 anos, alunos do Sistema Elite de Ensino publicaram diversas fotos com toda a turma maquiada. As imagens acompanham a hashtag “BatomPodeHomofobiaNão" e o assunto foi um dos mais comentados do Twitter.No Facebook, Diego Archanjo contou assim o que aconteceu: “Hoje eu fui chamado na coordenação da minha escola e orientado a não usar mais o batom porque ele não pode ser usado dentro da escola, alguém foi reclamar, e minha coordenadora disse que era também para evitar algum tipo de preconceito. Eu agradeço a preocupação dela, só não entendi o porque de não poder usar, já que outros alunos usam. Não entendi o porque de ser orientado a não atrair a opressão ao em vez de orientar o opressor a não oprimir”, desabafou.

Ao jornal “Extra”, Diego afirmou que ao chegar na escola viu que a maioria dos colegas estava de batom. “Tinha até gente da turma militar, fiquei impressionado! Depois acabaram hostilizando a coordenadora, mas ela só se preocupou que eu poderia sofrer algum tipo de repressão. Essa orientação veio de um machismo enraizado. Ela teve boa intenção, mas de maneira errada”, disse.
Segundo o “Extra”, além dos colegas de Diego, alunos de outras unidades da escola aderiram ao movimento e postaram fotos usando batom nas redes sociais. Diego contou que foi chamado para conversar novamente com a coordenadora, que pediu desculpas pela colocação. O aluno disse que o diretor inclusive se propôs a fazer um debate entre os alunos.
Em nota, o Sistema Elite de Ensino disse que “não houve nenhuma atitude discriminatória dentro da instituição”. A escola ressaltou ainda que “preza pelo acolhimento à diversidade e respeito ao ser humano”. 

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