domingo, 8 de janeiro de 2017

Vereador do MBL quer fim das cotas raciais e do Dia da Consciência Negra

O vereador Fernando Holiday (DEM), de São Paulo, vai apresentar uma proposta para revogar o Dia da Consciência Negra. Ele, que é negro, afirma que o feriado "ajuda a reforçar o racismo".

Kim Kataguiri e Fernando Holiday são amigos do Movimento Brasil Livre. Holiday foi o vereador mais novo e ser eleitoEleito com pouco mais de 48 mil votos, Holiday tem 20 anos – o mais jovem da cidade – e é também coordenador nacional do Movimento Brasil Livre (MBL).
Além do feriado no dia 20 de novembro, o vereador também é contra as cotas raciais nos concursos públicos municipais da capital paulista. O motivo é o mesmo: ele crê que tal medida não combate o racismo, mas o reforça.
"É um debate que há muito tempo eu venho encampando contrário às cotas, porque eu acredito que ela reforça o racismo ao invés de ajudar os negros", afirma. "O Dia da Consciência Negra é um feriado complicado e muitas vezes pode atrapalhar nesse combate", defendeu o vereador em uma entrevista divulgada nesta quarta-feira (4) pela TV Câmara.

Em novembro do ano passado, o jovem publicou em uma rede social que é “um absurdo” existir uma data como o Dia da Consciência Negra, que “homenageie um homem assassino escravagista.” O dia 20 de novembro foi escolhido como homenagem à morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, assassinado neste dia.
Em todo o Brasil, o Dia da Consciência Negra é considerado um feriado facultativo. Porém, a cada ano, aumenta o número de cidades que decidem paralisar os serviços públicos na data.

Holiday e Kim

Holiday se tornou uma das principais lideranças do MBL, ao lado de Kim Kataguiri, nas manifestações pró-impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em agosto do ano passado, o jovem foi detido após destruir um banner durante uma homenagem ao líder cubano Fidel Castro na Câmara Municipal de São Paulo.

Em agosto, durante o depoimento de Dilma no Senado, em sua defesa contra o impeachment, Holiday e Kataguiri foram flagrados andando pelos corredores da Casa rodeados por quatro seguranças. Pelo menos dois deles foram identificados por servidores como funcionários do Senado.

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