sexta-feira, 31 de agosto de 2018

“Ele estava orgulhoso”, diz mãe de menino que cometeu suicídio após sofrer bullying por ser gay

O debate sobre bullying e suicídio volta à tona após a morte do menino americano Jamel Myles, de 9 anos. Ele teria tirado a própria vida, na última quinta-feira, dia 23, poucos dias após ter dito a seus colegas de classe que era gay, segundo sua mãe, Leia Pierce. Em entrevista ao jornal “Denver Post”, ela contou que atribui a atitude desesperada do filho ao deboche e aos comentários cruéis de outras crianças da Escola Fundamental Joe Shoemaker, em Denver, nos EUA.
Leia Pierce relatou ao jornal que, durante as férias de verão, o menino disse a ela pela primeira vez que era homossexual. Logo depois, ele teria contado aos colegas.
— Ele parecia tão assustado quando me contou. Ele disse: “Mamãe, eu sou gay”. Eu pensei que ele estava brincando, então olhei para trás, porque estava dirigindo, e ele estava tão assustado. E eu disse: “E eu continuo amando você” — contou Leia, acrescentando que o filho queria muito contar para seus colegas da escola. — Ele foi para a escola e disse que iria contar para as pessoas que era gay porque estava muito orgulhoso.
As aulas começaram em uma segunda-feira. Quatro dias depois, Jamel foi encontrado morto em casa.
— Quatro dias foi tudo o que durou na escola. Eu nem consigo imaginar o que disseram para ele — lamentou Leia. — Meu filho contou para a irmã mais velha que as crianças da escola disseram a ele para se matar. É tão triste que ele não tenha me procurado.

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