quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Bancada evangélica abre guerra contra Bolsonaro

A indicação de Osmar Terra para o Ministério da Cidadania irritou a bancada evangélica, que ameaça se rebelar caso não tenha cargos na Esplanada. Formado por 180 deputados, o grupo foi consultado por Jair Bolsonaro sobre nomes para a nova pasta, mas acabou surpreendido com a escolha. “Quem é Osmar Terra comparado ao Magno Malta?”, questiona o pastor Silas Malafaia, que diz manter o apoio “intransigente” a Bolsonaro, porém com liberdade para críticas. Este já é o segundo nocaute no colegiado. O primeiro foi quando Bolsonaro indicou Ricardo Vélez Rodríguez para a Educação sem aguardar a sugestão dos evangélicos.
Banco de reserva. A lista de “abandonados” inclui, além de Magno Malta, os deputados Fernando Francischini, Alberto Fraga (ambos da bancada da bala) e Pauderney Avelino. Os amigos brincam que eles entrarão na segunda fase.
Batata quente. O pecuarista Nabhan Garcia não chegou a ficar de fora do time, mas sobrou com um cargo de segundo escalão. Ninguém quer a missão de contar para ele que não terá status de ministro.
O choro é livre. Magno Malta jogou a toalha na noite de segunda-feira, quando deixou Brasília dizendo-se “magoado e machucado” para se isolar num sítio. Reclamava de estar entre os últimos a serem convocados. “Vou receber a marmita?” Até agora nem isso.
Os culpados. Malta acusa os filhos de Bolsonaro e o general Hamilton Mourão pelo veto ao seu nome.
Mega-Sena. Com a nomeação de Osmar Terra para o Ministério da Cidadania, Bolsonaro ressuscita Darcísio Perondi (MDB-RS), aliado de Michel Temer e principal defensor da reforma da Previdência. Ele ficou na suplência.
Recepção calorosa. O clima não é dos melhores para o futuro chanceler Ernesto Araújo. Em grupos de WhatsApp de diplomatas, é chamado de “pastor das Relações Exteriores” e acusado de conhecer o povo brasileiro por meio da TV.
Novos tempos. Aécio Neves voltou a participar das atividades do PSDB. Em discurso ontem, contou ter sido presidente da Câmara em cenário de bancada enxuta e que, à época, fizeram a melhor legislatura. Recebeu aplausos.
Famoso quem. Reunidos em Brasília, reitores de universidades públicas concluíram que o futuro ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, é desconhecido do grupo. Decidiram pedir uma audiência para levantar bandeira branca e dizer que ninguém é contra Bolsonaro.
Lar doce lar. Para garantir a segurança de Antonio Palocci, a defesa não diz para qual endereço ele irá quando for para a prisão domiciliar. À Justiça, no entanto, tem informado que mora em São Paulo, no famoso apartamento de R$ 6 milhões pivô da sua queda.
CLICK. Em campanha para Presidência da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) e Fábio Ramalho (MDB) foram à inauguração de painel de fotos na liderança do PSB.
Na conta. O Ministério da Educação liberou R$ 4,6 milhões para equipar o centro cirúrgico do novo hospital da Unifesp que será inaugurado em dezembro na cidade de São Paulo. A capacidade será de 60 mil procedimentos entre consultas e atendimentos por mês.
Posso ajudar? Após fazer um aceno para a direita, o presidente do Supremo, Dias Toffoli, começou a abrir sua agenda para a esquerda. Nesta semana, ele recebeu o PSOL. Toffoli quer atuar como uma ponte. Para isso, precisa de interlocutores dos dois lados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário