sábado, 7 de julho de 2018

Leões devoram caçadores de rinocerontes em reserva na África do Sul

Pelo menos duas pessoas suspeitas de caça ilegal de rinocerontes foram atacadas e comidas por leões numa reserva da África do Sul, segundo autoridades do país.
Família de leões da reserva de SibuyaGuardas locais descobriram os restos mortais num local habitado por leões na reserva Sibuya, próxima da cidade de Kenton-on-Sea, no sudeste do país. A Sibuya é considerada uma reserva de caça, onde alguns animais podem ser abatidos por caçadores regularizados.

Um rifle de alta potência e um machado também foram encontrados junto aos corpos.
A caça ilegal de rinocerontes explodiu no continente africano nos últimos anos, graças ao aumento da demanda pelos chifres dos animais em países asiáticos como a China. A medicina tradicional do país acredita - sem qualquer base científica - que o chifre de rinoceronte moído pode curar várias doenças. Na verdade, o chifre é feito de queratina, mesmo material das unhas e cabelos humanos.
Na China, no Vietnã e em outros países, acredita-se também que o chifre moído tenha propriedades afrodisíacas.

Criminosos invadiram

O dono da reserva Sibuya, Nick Fox, disse acreditar que os caçadores ilegais tenham entrado na reserva na madrugada de segunda-feira.
"Eles deram de cara com um grupo de leões. Como era um grupo grande, não tiveram muito tempo (para reagir)", disse Fox à agência de notícias AFP.
"Não temos certeza de quantos caçadores eram - sobrou pouca coisa deles", disse Fox.
Os restos mortais foram vistos pela primeira vez por volta das 16h30 (hora local) desta terça-feira.
Uma equipe de guardas encontrou também alicates para cortar cercas - equipamento que geralmente é carregado pelos caçadores ilegais. Vários leões tiveram que ser sedados com dardos tranquilizantes antes que os restos pudessem ser recuperados.
A polícia local também passou a patrulhar a área, para o caso de algum outro caçador ilegal ser encontrado.

Só neste ano, nove rinocerontes foram mortos na província de Eastern Cape, onde está a reserva. E mais de 7 mil animais foram mortos na África do Sul na última década.

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