Miwa Sado, de 31 anos, que trabalhava na editoria política em Tóquio, foi encontrada morta em sua cama em julho de 2013.
Um ano depois, as autoridades japonesas concluíram que a morte foi provocada por uma quantidade excessiva de horas extras. Ela teve apenas dois dias de descanso no mês que precedeu o falecimento.
A NHK decidiu divulgar o tema quatro anos depois da tragédia, pressionada pelos pais da jovem repórter, que exigem medidas para evitar casos similares.
Este caso evidencia o problema conhecido como "karoshi", a morte por excesso de trabalho, em um país famoso por suas jornadas de trabalho intermináveis. E é constrangedor para a NHK, que faz campanha contra a prática.
Miwa Sado cobriu as eleições para a Assembleia da cidade de Tóquio em junho de 2013. No mês seguinte trabalhou na cobertura das eleições para o Senado e faleceu três dias depois da votação.
A notícia deixou o país consternado, depois que o canal NHK fez muitas reportagens de casos parecidos ocorridos em diversas empresas.
"Lamentamos ter perdido uma excelente jornalistas e levamos muito a sério o fato de que foi detectado um vínculo entre sua morte e o trabalho", afirmou o presidente da NHK, Ryoichi Ueda.
"Vamos continuar trabalhando a favor de uma reforma, com a ajuda de seus pais", completou.
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