sábado, 30 de setembro de 2017

INQUISIÇÃO AOS MUSEUS

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Arábia Saudita permitirá às mulheres dirigir

Resultado de imagem para islamica dirigindoAs sauditas serão autorizadas a dirigir a partir de junho de 2018, uma decisão histórica no reino ultraconservador, único país do mundo onde as mulheres não podiam conduzir.
O rei Salman ordenou "permitir a concessão da licença para dirigir às mulheres na Arábia Saudita", diz o texto do decreto real, publicado nesta terça-feira pela agência oficial de notícias SPA.
Como parte de seu ambicioso plano de reformas econômicas e sociais até 2030, Riad parece pronta para abrandar algumas destas restrições impostas às mulheres e tenta, pouco a pouco, promover formas de diversão, apesar da oposição dos ultraconservadores em um país onde a metade da população tem menos de 25 anos.
Além da proibição de dirigir, as mulheres sauditas são igualmente submetidas à tutela de um homem da família - geralmente o pai, o marido ou o irmão - para poder estudar ou viajar.
A decisão foi saudada pelo presidente americano, Donald Trump, como um "passo positivo para promover os direitos e as oportunidades das mulheres da Arábia Saudita".
Haya al-Rikayan, funcionária de 30 anos de um banco em Riad, se disse "muito animada e chocada ao mesmo tempo". "Esperava que isso acontecesse em 10 ou 20 anos".
"É um dia muito feliz! Ainda não acredito. Só vou acreditar quando vir com meus próprios olhos", disse Shatha Dusri, funcionária da companhia petroleira Aramco em Dhahran, que reconheceu ter dirigido dentro de um complexo residencial fechado onde vive, mas nunca em um espaço público.
A antiga proibição de dirigir era vista mundialmente como um símbolo de repressão às mulheres e esta permissão é dada após anos de resistência de ativistas.

Advogado negro é alvo de ataques racistas com símbolo da Ku Klux Klan

Perplexidade. Foi este o sentimento que tomou conta do advogado Marco Antonio André na segunda-feira 24 quando se deparou com um cartaz com os dizeres “Negro, comunista, antifa e macumbeiro” em frente ao seu escritório de advocacia em Blumenau (SC). Um símbolo da Ku Klux Klan (KKK), seita racista norte-americana, acompanhava os dizeres e dirigia a palavra diretamente a ele.
CartazesDiante da descrença ao ver o cartaz, o advogado recorreu às redes sociais para divulgar o ataque. A ideia inicial, no entanto, era não dar nenhuma visibilidade a ação, mas ao ver que a discussão estava tomando rumos incertos, preferiu comentar o episódio. “Tenho encarado a situação com uma oportunidade de trazer este assunto à tona e poder agregar cada vez mais pessoas nesta discussão”, conta.

STF determina que Aécio deva ser afastado do cargo

Supremo impôs restrições, mas impediu a prisão de AécioO senador Aécio Neves (PMDB) terá que entregar o seu passaporte ao STF (Supremo Tribunal Federal) para evitar uma possível fuga do país. A decisão de recolhimento do passaporte do tucano foi da primeira Turma do Supremo, na análise da ação cautelar 4327 sobre um pedido de prisão preventiva.Sem o passaporte, o ex-candidato à presidência não pode mais deixar o Brasil.

Aécio também não poderá mais sair de casa à noite e, sobretudo, entrar em contato com qualquer outro investigado ou executivos do grupo J&F. O tucano foi afastado das suas atividades como parlamentar.
Os ministros Marco Aurélio e Alexandre de Moraes votaram contra as restrições impostas a Aécio, que foi denunciado pela  PGR (Procuradoria-Geral da República) pela suposta prática dos crimes de corrupção passiva e obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
No entanto, por unanimidade, os ministros indeferiram o pedido de prisão preventiva do senador, que havia sido recomendado pela PGR. O ministro Marco Aurélio (relator), observou que a Constituição Federal permite a prisão de parlamentar federal apenas se verificado flagrante de crime inafiançável e após autorização do próprio Senado.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

O WhatsApp foi bloqueado na China

O WhatsApp foi bloqueado na ChinaO
New York Times está a avançar com a notícia que o WhatsApp foi bloqueado na China, com o governo chinês a ter bloqueado o protocolo NoiseSocket que a aplicação utiliza para enviar mensagens de texto.
De recordar que a aplicação de mensagens detida pelo Facebook não estava a operar em pleno dentro do território chinês, uma vez que julho já haviam sido bloqueadas a capacidade de partilhar fotografias, vídeo e mensagens de voz.
De acordo com Nadim Kobeissi, especialista da Symbolic Software que deu o alerta, este bloqueio das mensagens de texto ter-se-á dado com alguns meses de distância devido ao tempo que demorou a adaptar a ‘firewall’ chinesa.
O WhatsApp, que encripta as suas mensagens, dificultando a monitorização por terceiros, é utilizado na China por dissidentes e ativistas, como forma de evitar os serviços de mensagens domésticos, obrigados a partilhar informação com o regime.
Casos envolvendo mensagens enviadas a partir do Wechat - equivalente chinês ao WhatsApp - resultaram já em prisão.
Num caso difundido esta semana pela imprensa chinesa, um homem que escreveu "junta-te comigo ao EI [Estado Islâmico]" num grupo de chat, em jeito de brincadeira, foi condenado a nove meses de prisão, por promover o terrorismo.
O Wechat, que pertence à gigante chinesa da Internet Tencent, censura frequentemente mensagens contendo palavras politicamente sensíveis, como 04 de junho de 1989 (data do massacre de Tiananmen).
Em 18 de outubro, arranca o XIX Congresso do Partido Comunista Chinês, no qual se escolhe a liderança do país para os próximos cinco anos.
Este mês, a Administração do Ciberespaço da China publicou um regulamento, no qual estabelece que as empresas do setor devem verificar as identidades reais dos membros em grupos de conversação no espaço 'online' e reforçar o controlo sobre os comentários feitos 'online'.
A censura chinesa bloqueia o Facebook, Youtube e Google ou ferramentas como o Dropbox e o WeTransfer.
As versões eletrónicas de vários órgãos de comunicação estrangeiros também estão bloqueadas no país.
Desde de que ascendeu ao poder, em 2012, o Presidente chinês defende a noção de um "ciberespaço soberano", ou o direito de Pequim de ditar o que os 730 milhões de internautas podem fazer ou ver na rede.

Governo da Coreia do Norte acusa EUA de declararem guerra ao país

Resultado de imagem para coreia do norteO governo da Coreia do Norte acusou os Estados Unidos de declararem guerra ao país.
Depois de um domingo (24) agitado nas águas ao leste da península coreana, com bombardeiros e aviões americanos fazendo testes de demonstração de força, o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte disse, nesta segunda-feira (25), que o país tem o direito de bombardear esses aviões, mesmo que eles não invadam o espaço aéreo norte-coreano.

É que, para os norte-coreanos, a guerra já começou e foi Donald Trump quem declarou pelas redes sociais. É que o governo norte-coreano interpretou uma postagem do presidente americano, no sábado (23), como uma ameaça de morte ao líder Kim Jong-un, o que daria ao país asiático o direito de responder.

Donald Trump escreveu que os norte-coreanos “não estariam aí por muito mais tempo”.
Ri Yong-ho disse que, depois disso, o mundo deve ter certeza que foram os Estados Unidos que declararam a guerra e ameaçou: “Vamos ver quem não vai estar aí por muito mais tempo”.
 
Na tribuna das Nações Unidas, na semana passada, Donald Trump chamou Kim Jong-un de “homem-foguete” e disse que ele estava em uma missão suicida. O presidente americano afirmou que poderia destruir completamente a Coreia do Norte.
Em uma rara declaração em primeira pessoa, o ditador norte-coreano respondeu dizendo que Trump é um velho caduco, mentalmente perturbado.

No sábado (23), na ONU, o ministro norte-coreano disse que, diante das ofensas de Trump, um ataque aos Estados Unidos é inevitável. A Casa Branca disse, nesta segunda (25), que não declarou guerra contra a Coreia do Norte e que as palavras do ministro norte-coreano são “absurdas”.

Após dois adiamentos, Câmara lê hoje denúncia contra Michel Temer

A Câmara dos Deputados realiza nesta terça-feira (26) a leitura da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), acusado pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot de organização criminosa e obstrução da Justiça.
Câmara realiza a leitura para dar continuidade à peçaApós duas tentativas de ler o documento, canceladas por falta de quórum, a sessão ficou marcada para as 11h na agenda oficial da Casa.
A nova denúncia contra o presidente e dois de seus principais ministros — Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência) — foi entregue à Câmara pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na última quinta-feira (21).
A leitura da denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) é uma das exigências para a continuidade da tramitação da peça (veja todos os passos no quadro abaixo).
Depois da leitura, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), deve notificar Temer. Somente após a leitura e a notificação do presidente e dos ministros, a peça deve ser enviada para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) da Câmara.
O colegiado elaborará um relatório sobre a peça, que mais tarde será analisado no plenário da Câmara. O processo só poderá ser aberto após autorização do plenário. Sem autorização, a denúncia fica suspensa na Justiça até o fim do mandato do presidente.
Após a peça chegar na comissão, Temer tem o prazo de até 10 sessões do plenário para apresentar sua defesa, se quiser. Independentemente do parecer da CCJ, o plenário da Câmara decide se autoriza ou não a abertura de processo no STF (Supremo Tribunal Federal) contra Temer por crime comum.
De acordo com a Constituição, se o presidente da República for acusado de crime comum, o julgamento cabe ao STF. A denúncia só pode ser analisada pelo Supremo depois da aprovação de 342 deputados (dois terços do número de parlamentares que compõem a Casa).
“Admitida a acusação contra o presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade”, diz.
Em agosto deste ano, o plenário rejeitou o prosseguimento da primeira denúncia apresentada pela PGR contra Temer, por supostamente ter cometido o crime de corrupção, com o apoio de 263 deputados. A primeira acusação se baseava nas investigações feitas a partir da delação premiada dos executivos da J&F.
Falta de quórum
A leitura da nova denúncia contra Temer foi adiada para esta terça-feira (26) por falta de quórum. A primeira tentativa foi realizada na última sexta-feira (22), mas o número de deputados era insuficiente.
Na tarde desta segunda-feira (25), apenas 23 deputados marcaram presença na sessão. De acordo com o regimento interno da Casa, são necessários, no mínimo, 51 parlamentares para a sessão plenária ter início.
Teor da primeira denúncia arquivada
Baseada na delação de Joesley Batista e de executivos da J&F, a primeira denúncia contra Temer foi apresentada ao STF em 26 de junho deste ano e votada em 3 de agosto na Câmara dos Deputados. O presidente foi acusado de receber propina de R$ 500 mil de Ricardo Saud, ex-diretor de relações institucionais do grupo J&F. Esta foi a primeira vez na história do País que um presidente da República foi acusado de crime comum durante exercício do mandato.
Teor da nova denúncia
O ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusou o presidente de organização criminosa e obstrução de justiça. Além de Temer, outras oito pessoas, entre políticos e empresários, são alvo de acusações. De acordo com a denúncia da PGR, o grupo praticou "ações ilícitas em troca de propina por meio da utilização de diversos órgãos públicos, como Petrobras, Furnas, Caixa Econômica, Ministério da Integração Nacional e Câmara dos Deputados". Temer é apontado como “líder da organização criminosa desde maio de 2016”.
O pedido de investigação é baseado em três documentos: a delação de Joesley Batista, a delação de Lúcio Funaro (apontado como operador de propinas do PMDB) e a investigação da Polícia Federal sobre o chamado "quadrilhão do PMDB".
De acordo com a PF (Polícia Federal), o grupo estava dividido em quatro núcleos: o político/gerencial (líder da organização), o administrativo, o empresarial/econômico e o operacional/financeiro.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

PRECONCEITO EM CIDADE PEQUENA

Advogado Antônio Mariz de Oliveira afirma que deixará a defesa de Michel Temer

O advogado Antônio Mariz de Oliveira informou à TV Globo nesta sexta-feira (22) que deixará a defesa do presidente Michel Temer. O criminalista alegou que tomou a decisão de se desligar das ações judiciais que envolvem o presidente da República por questões éticas, em razão de ter atuado na defesa do doleiro Lúcio Funaro, que fez acusações contra Temer em seu acordo de delação premiada.
Amigo pessoaL de Temer, o advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira foi o responsável pela defesa do presidente na tramitação da denúncia de corrupção passiva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O advogado de Temer tornou pública a decisão de deixar a defesa do presidente um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) encaminhar para a Câmara dos Deputados a nova denúncia contra o peemedebista apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) por organização criminosa e obstrução de Justiça.
ENTENDA OS ÍNDICIOS CONTRA TEMER
Antônio Mariz de Oliveira disse ao repórter Valdo Cruz, da GloboNews, que apresentará nesta sexta-feira a Temer uma lista com quatro sugestões de advogados para substitui-lo no comando da defesa do presidente. O criminalista não quis adiantar os nomes que irá sugerir.
Embora esteja deixando oficialmente a defesa, Mariz disse à GloboNews que, em razão de sua amizade com o peemedebista, continuará aconselhando Temer em questões jurídicas.
Ele disse que se sentiu eticamente impedido de continuar à frente da defesa de Temer, na medida em que já atuou como advogado de Funaro.

A denúncia na Câmara

A expectativa era de que o primeiro passo da tramitação da denúncia na Câmara, a leitura em plenário, ocorresse já nesta sexta.
No entanto, a leitura foi adiada para a próxima semana porque, na manhã desta sexta, não houve presença de, pelo menos, 51 deputados, número mínimo de parlamentares para a abertura da sessão de plenário. A leitura é uma formalidade para o processo ter andamento na Casa.
Caberá aos deputados federais decidir se autorizam ou não o STF a apreciar a denúncia em meio ao mandato de Temer. A primeira denúncia, por corrupção passiva, foi rejeitada em agosto pela Câmara após 36 dias de tramitação na Câmara.
A votação da nova denúncia, avaliou o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pode ocorrer em outubro. Para a acusação da PGR contra o presidente seguir ser analisada pelo Supremo, são necessários os votos de, no mínimo, dois terços dos deputados, ou seja, 342 dos 513.
Se os deputados derem aval para a denúncia seguir para o STF, os ministros da mais alta Corte do país poderão analisar se aceitam ou não a acusação. Neste caso, Temer se tornará réu e será afastado do comando do Palácio do Planalto por até 180 dias.
Por outro lado, se a Câmara não der aval ao prosseguimento desta nova denúncia – como fizeram em agosto – a acusação do Ministério Público ficará parada até o fim do mandato de Temer, em 31 de dezembro de 2018.

A delação de Funaro

Apontado como operador de políticos do PMDB, Funaro afirmou aos procuradores da República, em um dos depoimentos de sua delação, que tem "certeza" de que Temer recebia parte da propina paga no esquema que atuou na Caixa Econômica Federal e envolvia peemedebistas da Câmara.
Funaro também disse à Procuradoria Geral da República (PGR) que o advogado José Yunes, amigo e ex-assessor de Temer, era um dos responsáveis pela gestão do dinheiro supostamente repassado a Temer. Além disso, destacou o novo delator da Lava Jato, Yunes fazia a lavagem de recursos obtidos por meio de cobrança de propina por meio da compra de imóveis para o presidente da República.
De acordo com Funaro, para lavar o dinheiro e disfarçar a origem, Yunes investia os valores ilícitos em sua incorporadora imobiliária.Os depoimentos de Lúcio Funaro ao Ministério Público Federal (MPF) foram utilizados pela Procuradoria Geral da República (PGR) na segunda denúncia apresentada contra Temer, por organização criminosa e obstrução de Justiça, e que foi enviada à Câmara dos Deputados na quinta.
Em um dos trechos da denúncia, o doleiro contou que obras das hidrelétricas do Rio Madeira realizadas por Furnas – empresa vinculada ao Ministério de Minas e Energia – resultaram no pagamento de propina a Temer e para os ex-deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
A PGR aponta também que Funaro teve participação em um esquema no Ministério da Agricultura do qual o empresário Joesley Batista, da JBS, se aproveitou.
O esquema, segundo a PGR, foi montado por Eduardo Cunha – com o aval de Henrique Eduardo Alves e Michel Temer – para obter a revogação de um ato normativo que autorizava a aplicação de vermífugos de longa duração e diluição. Assim, voltaram a ser usados vermífugos de prazo de absorção mais curto, facilitando a exportação das carnes.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Marcelo Rezende piora e tem falência múltipla dos órgãos

Resultado de imagem para marcelo rezendeNa luta contra o câncer, o apresentador da TV Record, Marcelo Rezende, teve sua situação agravada nos últimos dias. Segundo o colunista do programa "Melhor Pra Você", Vladmir Alves, da Rede TV!, Rezende teve falência múltipla dos órgãos, em decorrência de uma pneumonia. 

"O câncer avançou e comprometeu todo o aparelho digestivo. Há, também, séria falência em alguns órgãos", afirmou Alves. O jornalista está sob observação no hospital Moriah, na Zona Sul de São Paulo, desde a última terça-feira.
Em maio, Marcelo Rezende foi diagnosticado com câncer no pâncreas, que também atingiu o fígado. Durante o tratamento, ele optou por não fazer quimioterapia, por uma razão religiosa. 
Com 30 anos de profissão, o apresentador comandava o programa policial "Cidade Alerta", da Record,quando se afastou devido à doença. Rezende também tem passagens pelas organizações Globo, RedeTV! e Bandeirantes.

TU ÉS GAY?

Comissão aprova foro privilegiado a militar que cometer crime contra civil

A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou nesta quinta-feira, 14, projeto que transfere à Justiça Militar o julgamento de crimes dolosos, como homicídios, praticados por militares contra civis, desde que durante missões. Atualmente, a lei prevê que a Justiça comum seja responsável por esse tipo de caso.
Resultado de imagem para militaresA medida tem como pano de fundo o aumento da utilização das Forças Armadas em ações de segurança pública, como o policiamento em comunidades do Rio de Janeiro ou durante a greve de policiais no Espírito Santo, no início do ano.
“Um tribunal do júri é muito lento. Às vezes ocorre um crime doloso por parte do militar, em ação militar, isso demora até anos para ser julgado e ele é prejudicado tremendamente”, afirmou o senador Pedro Chaves (PSC-MS), relator da projeto no Senado. Segundo Chaves, o projeto apenas reconhece uma jurisprudência já definida pelo Superior Tribunal Militar (STM) de que eventuais crimes cometidos por militares em missões devem ser julgados por um tribunal militar.
Em manifestação no ano passado, porém, o Ministério Público Federal foi contrário e disse que o projeto é inconstitucional. Segundo nota técnica da procuradoria, a Justiça Militar deve julgar apenas os crimes relacionados diretamente com o exercício de atividades de natureza estritamente militar e, em hipótese alguma, usada para julgar civis ou violações de direitos humanos.
Originalmente, o projeto previa a validade do foro privilegiado aos militares apenas até 2016, tendo em vista a utilização do Exército na Olimpíada do Rio e na Copa de 2014. Segundo Chaves, porém, a ideia do governo é que o presidente Michel Temer vete o trecho do projeto que prevê o prazo e torne a previsão permanente.
A proposta ainda precisa ser votada pelo plenário do Senado antes de ser enviada para a sanção presidencial.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Respondendo ao video sobre o Museu Queer

Irmão de Joesley, Wesley Batista é preso em São Paulo

Polícia Federal prende Wesley Batista, irmão de Joesley Miro de Souza/Agencia RBSA Polícia Federal (PF) prendeu temporariamente, na manhã desta quarta-feira (13), o empresário Wesley Batista, um dos donos da JBS, irmão de Joesley Batista. Ambos são investigados por manipularem o mercado financeiro ao usarem as próprias delações premiadas, cuja divulgação traria impactos na cotação do dólar e no valor das ações da empresa, para obter lucros. As irregularidades teriam ocorrido entre abril e maio deste ano.
A ordem foi expedida pela 6ª Vara Criminal de São Paulo, a pedido da PF. Joesley, já preso desde domingo (10) após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, também é alvo da ação da PF, com mais um mandado de prisão. Foram cumpridos, ainda, dois mandados de busca e apreensão. 
A operação recebeu o nome Acerto de Contas e é a 2ª fase da Operação Tendão de Aquiles, que, em 9 de junho, apreendeu documentos, mídias, telefones celulares e informações de HDs em dois endereços da JBS.
A primeira fase da Operação Tendão de Aquiles foi acompanhada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM – responsável por apurar irregularidades no mercado financeiro) e cumpriu três mandados de busca e apreensão, além de quatro de condução coercitiva.
Entenda a investigaçãoA Polícia Federal atua em duas frentes. Uma foi a venda de ações da JBS na Bolsa de Valores, entre 24 de abril e 17 de maio, por sua controladora, a FB Participações, durante o programa de recompra de ações da empresa, reiniciado em fevereiro de 2017.
A segunda investigação foi a compra de dólar no mercado futuro (com valor da cotação acertado previamente) horas antes da divulgação de Joesley e Wesley fizeram delação premiada. O volume de compra, diz a PF, não foi como de costume da empresa, o que demontra o uso irregular de informação privilegiada. 
As autoridades afirmam que Joesley e Wesley foram responsáveis pelas duas irregularidades.
Em nota, o advogado dos irmãos Batista, Pierpaolo Bottini, afirma que a prisão é "injusta e absurda". “Sobre a prisão dos irmãos Batista no inquérito de insider information, é injusta, absurda e lamentável a prisão preventiva de alguém que sempre esteve à disposição da Justiça, prestou depoimentos e apresentou todos os documentos requeridos. O Estado brasileiro usa de todos os meios para promover uma vingança contra aqueles que colaboraram com a Justiça”.
Os investigados poderão ser responsabilizados pelo crime previsto no artigo 27-D da Lei 6.385/76, com penas de 1 a 5 anos de reclusão e multa de até três vezes o valor da vantagem ilícita obtida.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Polícia e Ministério Público realizam operação para prender bombeiros do RJ

Suspeito preso na operação chega à Cidade da Polícia, no Jacarezinho (Foto: Bruno Albernaz / G1)A polícia e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam 28 pessoas, até as 9h15 desta terça-feira (12), em uma operação que visa cumprir mandados de prisão contra 38 pessoas, das quais 35 são bombeiros suspeitos de receber propina para conceder licenças a estabelecimentos comerciais.
Durante as investigações, foram interceptadas conversas telefônicas sobre um esquema de corrupção para expedir alvarás mediante o pagamento de propina aos militares. Os comandantes de alguns batalhões estão entre os citados na operação.
Entre os 35 bombeiros denunciados estão dez coronéis, sendo dois da ativa e oito da reserva, oito tenentes coronéis, dois majores, oito capitães, um primeiro tenente, um subtenente, três segundos sargentos, um terceiro sargento e um cabo bombeiro. Também estão sendo cumpridos 67 mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos e na Diretoria de Serviços Técnicos e nos gabinetes e armários de denunciados.
O esquema de corrupção ocorria principalmente no setor de engenharia do 4.º Grupamento do Bombeiro Militar de Nova Iguaçu, do 14.º Grupamento do Bombeiro Militar de Duque de Caxias e do Grupamento de Operações com Produtos Perigosos, do qual participavam oficiais bombeiros militares responsáveis por expedir documentação indispensável para o funcionamento de qualquer estabelecimento comercial. Os presos estão sendo levados para a Cidade da Polícia.As investigações começaram a apurar a prática criminosa no grupamento de Nova Iguaçu, mas a polícia identificou que o grupo atuava em um âmbito maior e a prática criminosa atuava em outros municípios.
Dentre os mandados de prisão, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, estão os de dois assessores especiais do Comandante Geral do CBMERJ, dos comandantes da Baixada Fluminense, Nova Iguaçu, Irajá, (ex-comandante de Duque de Caxias), GOPP, Copacabana, Campinho, Jacarepaguá e do Destacamento de Paracambi, além de sete coronéis da reserva.
Os militares recebiam propina para expedir os laudos técnicos de diversos estabelecimentos comerciias, tanto de pequeno, médio e grande portes. Para conceder essas licenças os bombeiros deveriam avaliar as instalações hidráulica e elétrica, assim como o posicionamento da saída de emergência e outros aspectos ligados a segurança do local. As licenças eram vendidas por R$ 750 até R$ 30 mil, dependendo do tamanho do estabelecimento.De acordo com a denúncia do Ministério Público, três grupos atuavam no Corpo de Bombeiros. O primeiro era o núcleo da liderança, composto por assessores especiais de um comandante da corporação. Desse núcleo faziam parte Ricardo Luiz Ferreira de Aguiar e José Augusto da Cunha Bandeira, contra os quais estão sendo cumpridos mandados de prisão. A dupla indicava os responsáveis pelos quartéis apenas para aqueles que aceitassem participar do esquema.
O segundo núcleo era o da engenharia, composto pelos bombeiros responsáveis pela liberação dos alvarás e licenças dos estabelecimentos comerciais. O terceiro núcleo era composto por bombeiros da ativa e da reserva responsáveis por intermediar o esquema de propina, ou seja, era eles que recebiam o dinheiro dos comerciantes.
O primeiro militar preso que chegou à Cidade da Polícia, por volta das 6h40, foi um capitão do Corpo de Bombeiro do Recreio, na Zona Oeste.

domingo, 10 de setembro de 2017

A mulher que se prepara para o Alzheimer aos 27 anos: 'Entro em pânico cada vez que me esqueço de algo'

Jayde GreenEla acaba de descobrir, por um teste genético, que tem a mesma mutação em seu DNA que fez com que seu pai apresentasse os primeiros sintomas do mal de Alzheimer aos 42 anos. Jayde tinha 12 anos.
"Quando eu fiz 14, ele praticamente já tinha esquecido quem eu era", diz ela à jornalista Hannah Morrison, do programa Victoria Derbyshire da BBC.
Jayde morava sozinha com seu pai quando ele ficou doente. Começou a notar que ele estava tendo brancos e de repente passava a repetir as mesmas perguntas sem se lembrar de conversas que eles já haviam tido sobre aquele assunto.
A saúde dele se deteriorou rapidamente e, logo depois, a jovem passou a morar com seus avós. Seu pai foi internado numa clínica.
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Esquecimento

"Quando fui visitá-lo, ele não fazia ideia de quem eu era. Ele sorria, mas não estava me vendo. Seu olhar estava fixo", diz.
Ela conta que ter que lidar com essas dificuldades enquanto ainda era adolescente foi tão brutal que acabou deixando de visitar seu pai com frequência.
"O tempo foi passando e um dia me disseram que ele havia morrido", afirma ela.
O pai de Jayde tinha um irmão gêmeo que também teve a doença antes dos 45 anos.
Em geral, o mal de Alzheimer costuma ser diagnosticado em pessoas com mais de 65 anos. Quando aparece antes dessa idade, é considerado precoce.
Pesquisadores já identificaram várias mutações genéticas que desencadeiam a doença prematuramente ao longo de várias gerações.

Problema de família

Jayde sabia que tinha um risco de desenvolver o mal de Alzheimer precocemente, mas não se preocupava muito com isso - até ter um filho, Freddy.
"Você sente o peso da responsabilidade quando tem um filho. Você começa a se preocupar com o futuro e com sua saúde, porque tem que estar presente para ele", afirma.
Por isso, ela decidiu fazer uma análise genética. Três semanas depois, chegaram os resultados, confirmando que ela tinha as mesmas mutações que seu pai.
"Praticamente desde o dia em que ele nasceu tenho um caderno no qual escrevo coisas para o Freddy. Quero que ele saiba como me sinto, porque pode ser que eu não esteja presente em seu futuro para contar", explica.Agora, Jayde sabe que há 50% de chances de que seu filho, hoje com um ano, também tenha Alzheimer precocemente.
"É meu maior medo. Não aguento pensar que ele pode passar por isso e que sua vida seja encurtada. Meu segundo maior medo é que não consiga vê-lo crescer, que não esteja ao seu lado para apoiá-lo", lamenta.
No momento, Jayde não tem nenhum sintoma da doença e participa de vários testes clínicos.
"Me apego à ideia de que ainda tenho mais 15 anos antes de ficar doente", diz ela. "(Mas) cada vez que me esqueço de algo, entro em pânico", completa.Ela diz que se obriga a lutar contra esse medo e se pensar no tempo de uma maneira positiva.
"Quero viver no presente, fazer tudo o que puder desde já", resume.
Como as causas exatas do mal de Alzheimer são desconhecidas, pesquisadores ainda não chegaram a conclusões sobre como se prevenir.
Mas existem pistas.
O NHS, o sistema de saúde pública britânico, recomenda não fumar, reduzir o consumo de álcool, manter um peso saudável e um dieta balanceada.
Também diz que estar sempre física e mentalmente ativo pode reduzir o risco de desenvolver a doença ou pelo menos retardar seu aparecimento.

Ex-astro mirim americano é encontrado morto em casa

Blake HeronO ator Blake Heron, famoso por protagonizar Shiloh: O Melhor Amigo, foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira, dentro de sua casa em Los Angeles. Segundo o site americano TMZ, o ator havia saído da reabilitação poucos dias antes.

Delação de Funaro: Temer recebeu e intermediou propinas

Durante mais de uma década, o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, de 43 anos, atuou como consultor financeiro e banqueiro informal do PMDB. Funaro é aquilo que no jargão político-policial também é chamado de “operador”, o encarregado de fazer a aproximação entre quem paga e quem recebe propina, o elo entre políticos corruptos e empresários corruptores.

 Depois de três meses de negociações, o Supremo Tribunal Federal homologou, na terça-feira 5, o acordo de delação do doleiro, que está preso há 434 dias. VEJA teve acesso ao roteiro com os detalhes sobre o que ele se comprometeu a contar às autoridades. Na lista de revelações estão subornos a parlamentares, venda de legislação e grandes esquemas de corrupção. A parte mais delicada envolve o presidente Michel Temer. São relatos em que o presidente aparece fazendo lobby para políticos, cobrando repasses de caixa dois e, também, como destinatário de propina.

O doleiro diz que nunca conversou sobre dinheiro diretamente com Temer, “pois essa interface era feita por Eduardo Cunha”, mas declara que era informado por Cunha sobre as divisões da propina. Ele garante que Temer “sempre soube” de todos os esquemas tocados pelo ex-deputado. “Temer participava do esquema de arrecadações de valores ilícitos dentro do PMDB. Cunha narrava as tratativas e as divisões (de propina) com Temer”, acusa. O delator cita dois repasses a Temer. Um deles, de 1,5 milhão de reais, veio do grupo Bertin. O segundo, em 2014, saiu de um acerto com a JBS. Funaro conta ter intermediado um pagamento de 7 milhões de reais da JBS que tinha como destinatários Temer, Cunha e o ministro da Agricultura na ocasião, Antônio Andrade. O presidente ainda teria intermediado um pagamento de 5 milhões de reais de Henrique Constantino, do Grupo Constantino, à campanha do então deputado Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo, em 2012.

Fachin determina prisão de Joesley Batista e Ricardo Saud

Empresário Joesley Batista em São PauloO ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin mandou prender os empresários Joesley Batista e Ricardo Saud, do grupo J&F, em atendimento ao pedido enviado pelo Procurador-Geral da República Rodrigo Janot nesta sexta-feira. Fachin negou, no entanto,  edido para deter o ex-procurador da República Marcelo Miller. Os mandados podem ser cumpridos ainda neste domingo.



Fachin determinou que os dois terão de cumprir inicialmente prisão temporária, com prazo inicial de cinco dias e que poderá posteriormente ser estendido por igual período, ou convertida em prisão preventiva, quando não há prazo para acabar.
O pedido para prender os dois delatores da J&F e Miller havia sido apresentado ao STF sob sigilo pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na noite da sexta-feira, no momento em que o ex-procurador estava depondo no procedimento aberto pelo chefe do Ministério Público Federal (MPF) para revisar o acordo de delação premiada de Joesley, Saud e do advogado Francisco de Assis e Silva, também diretor do grupo.

A Escravidão e os Evangélicos.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Grito dos Excluídos pede direitos e cidadania em várias cidades do Brasil

Resultado de imagem para grito dos excluidosEm várias cidades de todas as regiões do Brasil, a 23ª edição do Grito dos Excluídos reuniu milhares de pessoas no feriado de 7 de Setembro. O mote deste ano da tradicional mobilização é "Por direito e cidadania, a luta é todo dia". Entre as reivindicações, estão a preservação, a ampliação de direitos sociais e críticas às reformas propostas pelo governo, como a trabalhista e a previdenciária, e a reversão do decreto que extingue uma reserva mineral na Amazônia.
Em Brasília, a concentração começou às 9h. De um lado da Esplanada dos Ministérios, a cúpula do governo federal assistia, ladeada por milhares de pessoas, o desfile cívico-militar. Do outro, próximo ao Museu da República, movimentos sociais e ativistas protestavam em defesa da democracia e contra as reformas propostas pelo governo, como a trabalhista e a previdenciária. O número de participantes não foi divulgado.
Ao longo de toda a manhã, cantadores, rappers, batuqueiros e outros integrantes da articulação "Artistas pela Democracia" dividiram o palco com organizações da sociedade civil que, uma a uma, apresentaram suas reivindicações. Crianças também participaram do ato, pintando e erguendo cartazes em defesa da Amazônia, da reforma agrária, da demarcação de terras indígenas e de direitos sociais, como educação.
Por volta das 11h30, o grupo saiu em caminhada em direção ao Congresso Nacional, pedindo a saída do presidente da República Michel Temer. "O Grito dos Excluídos sempre faz a defesa da vida. Neste ano, acrescentamos a questão da defesa da democracia e também a luta por direitos, por conta da conjuntura que estamos vivendo. Por isso, várias pessoas entoaram a palavra de ordem: 'nenhum direito a menos'", disse José Boaventura Teixeira, educador popular e integrante da Cáritas Arquidiocesana de Brasília.
Um dos organizadores do ato, Teixeira explicou que o Grito dos Excluídos nasceu da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e, ao longo de mais de duas décadas, sai às ruas no 7 de setembro para denunciar a injustiça social. "É uma prática que, de certa forma, sempre foi feita com o envolvimento de grupos populares e fortemente da Igreja, na perspetiva da opção pelos pobres e pelos excluídos, que é uma mensagem antiga e que está sendo fortalecida pelo papa Francisco", relembrou.
Apesar de nem a polícia nem a organização do movimento terem divulgado o número de participantes, Teixeira diz que número de participantes diminuiu em relação aos 10 mil manifestantes do ano passado. Para ele, a situação reflete o desânimo provocado pela crise política e pelo comportamento da mídia. "A mídia não tem incentivado, de forma alguma, a participação política, a organização do povo para repensar [a sociedade]. Ao contrário, a mídia tem levado a sociedade a ficar cada vez mais descrente com a Política, em letra maiúscula", criticou. Ele acrescentou que Executivo, Legislativo e Judiciário também têm efetivado ações importantes sem a participação popular.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, o 23º Grito dos Excluídos saiu pouco depois de 12h da Rua Uruguaiana e seguiu pela Avenida Presidente Vargas até a Avenida Rio Branco, logo após o fim do desfile cívico-militar de 7 de setembro. A passeata ocupou cerca de um quarteirão e chegou à Praça Mauá às 12h30, sem nenhuma violência ou confronto.
Durante o trajeto, muitas palavras de ordem em cartazes, faixas e no carro de som em defesa dos direitos da população e dos trabalhadores e contra as reformas propostas pelo governo. O fechamento do ato está previsto para as 16h, na Cinelândia.
Participaram representantes de diversos movimentos sociais e centrais sindicais, como Frente Internacionalista dos Sem Teto (Fist), Central de Movimentos Populares, Quilombo da Gamboa, SOS Jaconé Porto Não, Movimento dos Atingidos por Barragem, de mulheres, movimentos LGBT, Movimento Contra a Violência na Maré, Movimento Antimanicomial. Também estiveram presentes trabalhadores da educação, da Fiocruz e do setor de óleo e gás, além de representantes dos Fóruns de Saúde do Rio de Janeiro e em Defesa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
O advogado da Fist, André de Paula, explicou que a manifestação ocorre em todo o país e é o grito da maioria. "É o grito dos excluídos, que é a maioria, denunciando que o Brasil, na verdade, não é independente, mas sim subordinado ao capital internacional. A Fist tem como bandeira denunciar as remoções e despejos. Temos hoje 5 mil prédios vazios enquanto tem pessoas morando nas ruas", disse.
O diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz, Gutemberg Brito, disse que a entidade participa do ato para defender o Sistema Único de Saúde (SUS). "A Fiocruz é de estado, trabalhamos para a população brasileira e a nossa defesa é a defesa do SUS público e de qualidade, contra os retrocessos que temos visto nos últimos tempos no Brasil. Eles tiram os nossos direitos e nós tiramos o sossego deles".
Diretora do Sindipetro-RJ, Ana Patrícia Laier explica que o sindicato é contra a venda de ativos da Petrobras. "Estamos tentando fazer uma reação a essa privatização fatiada da Petrobrás, que vem vendendo os nossos ativos, malha de gás, campos gigantes do pré-sal, como Carcará, agora vai atacar o excedente da cessão onerosa", declarou.
Belo Horizonte
Na capital mineira, movimentos sociais reuniram-se na Praça Rio Branco, em frente à rodoviária, de onde seguiram pelas ruas do centro da capital mineira. A principal bandeira desta edição foi a revogação da reforma trabalhista.
"Foi lançada uma campanha em todo o país para colher assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular que prevê a anulação dos efeitos da reforma trabalhista. Nosso objetivo é construir uma resistência pra impedirmos que as mudanças entrem em vigor em 11 de novembro, conforme a data prevista na lei", explicou Beatriz Cerqueira, presidente da Central Única dos Trabalhadores em Minas Gerais (CUT-MG).
Os manifestantes também protestaram com faixas e gritos de ordem contra o Poder Judiciário, a quem acusam de atuar de forma seletiva. De acordo com Beatriz Cerqueira, alguns partidos estão sendo criminalizados em detrimento de outros. Segundo ela, há pessoas sendo presas apenas com base nas delações e outros, mesmo com provas concretas de corrupção, permanecem soltos. A presidente da CUT-MG também criticou o instituto da delação premiada.
"Honestamente, acho que é um novo mecanismo de tortura. No regime militar, as pessoas eram colocadas no pau-de-arara e forçadas a entregar seus companheiros. Agora, eles prendem as pessoas sem provas até minar a resistência e elas falarem o que os procuradores querem ouvir. E as pessoas acabam falando o que pedem para poder reduzir a pena e restabelecer o mínimo de seu direito à liberdade", reclamou Beatriz.
Também hoje, cerca de 70 famílias sem-teto ocuparam um imóvel na Pedreira Prado Lopes, comunidade na região noroeste de Belo Horizonte. Movimentos sociais ligados à moradia dão suporte à Ocupação Pátria Livre, como foi apelidada. Eles alegam que o local está abandonado há mais de 10 anos e não cumpre função social, conforme estabelecido pela Constituição Federal.
De acordo com os sem-teto, a Polícia Militar ameaçou dar início à reintegração de posse, mas recuou após o governo de Minas Gerais concordar em receber as famílias para uma reunião na terça-feira (12). A Agência Brasil tentou fazer contato com o governo mineiro para confirmar o encontro, mas não obteve sucesso. A PM informou ter sido acionada pelo proprietário do imóvel e foi até o local para atender a ocorrência, mas negou que tivesse a intenção de fazer a reintegração de posse.
Histórico
O Grito dos Excluídos surgiu dentro da Igreja Católica, em 1995, com o objetivo de aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade do mesmo ano. Em 1999, o Grito rompeu fronteiras e estendeu-se para as Américas. No Brasil, os atos ocorrem em diferentes cidades, no dia da Independência, e reúnem pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos.